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Minha pele ficou um pouco vermelha, por causa de todos os procedimentos, com os quais elas me fizeram passar. Depois disso me vestiram um lindo vestido, cor de vinho, colocaram brincos de pedras de jaspe, e um colar de ouro branco.
-- Ouro branco, senhora?—questionou uma das serviçais.
--Sim. -- disse Ruth com um estranho brilho nos olhos. -- Simboliza pureza.
Quando me levaram, até a sala de jantar, que por acaso fica de portas abertas, para a lagoa, que está cercada, pelos pilares do palaniços, com lanternas amarelas iluminando o lago.
O sol já havia se escondido, dando abertura para lua minguante. Apesar do olhar emocionado da imperatriz, o príncipe não deixou de passar seu olhar de reprovação por terem chegado atrasadas. A família real está no centro da sala, enquanto que os servos, devidamente organizados, servem. As serviçais entram comigo até o centro da sala, elas fizeram uma curva e se retiraram. Me deixando à própria sorte. Olhei em volta , e o único rosto que eu reconhecia era do príncipe por ter lhe visto horas atrás, mas nem isso me dava uma vantagem, já que ele não parece gostar muito de mim, e olha com desdém, como se a minha presença o incomoda e talvez. Incômodo.
Os banquetes aconteciam em salas amplas e bem ventiladas, afastadas do calor e da fumaça da cozinha. A sala de jantar é na verdade um salão nobre do palácio com vista ao pátio descoberto. Tapeçarias penduradas nas paredes, pavimentos elegantes e grandes aparadores exibindo louças na decoração.
--Amanda.—aquela coragem toda que eu estava sentindo, quando tentei fugir, acabou de sair da minha alma agora. O homem mais velho que me chamou de expressão severa, e presença marcante, me faz sentir um coelho encurralado na toca de frente para a cobra. Quero falar mais nao consigo. Meu instinto me diz para fazer, o mesmo que as servas fizeram e é isso que faço, me curvo, de olhos fechados. --Acomode-se.--Lentamente abro os olhos e vejo a mesa preparada para mim.
O rei e sua esposa estão sentados lado a lado , ocupando a mesma mesa, por outro lado, o príncipe, está numa mesa solo, à esquerda. Seguido por uma criança, na fila a direita estão outros convidados, a quem julgo ser da classe nobre. Olho em volta até achar uma mesa solo, na fila a direita, o vestido aperta minhas ancas de tal forma que mal consigo me mover. Ainda assim dobro os meus pés sobre a almofada, me sentando. Uma serva, coloca a comida para mim. As mesas dos convidados formavam um “U” ao redor da mesa dos anfitriões. Os comensais, vestidos luxuosamente, sentavam-se em bancos de um lado da mesa para permitir o movimento dos criados no espaço central. Músicos animaram a noite com suas melodia
-- Amanda, é a nova concubina do príncipe herdeiro. Ela junto da filha do primeiro ministro das finanças estão disputando o título de futuras princesas do império Wend.—o imperador diz com suavidade me deixando atordoada. Ele não falou com tom de quem está pedindo permissão, mas sim, de quem está avisando o que está acontecendo. ,mas nem isso é o suficiente para tirar o burburinho da sala. As pessoas olham para mim com desdém, se perguntando minha origem, por outro lado, eu encaro tudo em volta me sentindo tonta e confusa. Olho para o imperador, mas não sou capaz de sustentar seu olhar, encaro para o príncipe que me encara de forma severa.
-- Serão realizados, uma série de exames, para se determinar quem será a futura princesa. E por último, a minha palavra irá determinar quem será a esposa do meu sucessor.
Seguido a isso não consegui prestar atenção em mais nada. Seria esmagada pela nobreza, não existem chances nem hipóteses de eu ganhar. Me pergunto porque eles me tiram do conforto da minha casa para ser humilhada aqui. Mas, o que mais eu poderia esperar da realeza? Eles são egoístas egocêntricos, eles se esquecem dos pobres, e nos usam de chacota nos seus eventos cerimônias, não somos nada além de entretenimento para eles.
Geralmente sou uma pessoa de grande apetite, mas nem com as iguarias que vi, tive vontade de comer. Grandes travessas com carne assada, como faisão, lebre ou javali, eram servidas. Saleiros, copos, facas e tábuas de cortar estavam nas mesas. Os criados destacavam jarras, vertiam líquidos em bacias (possivelmente para lavar as mãos) e garantem que nada faltasse.
Não sei quanto tempo passou, quando terminou o jantar e fui conduzida até aos meus aposentos.
Estão todos enganados se pensam que eu irei ficar aqui, eu vou-me embora pra longe, vou fugir, ninguém vai pisar em mim, ninguém vai me fazer chorar, e se isso significa abandonar Cry, tudo bem, eu irei suportar.
Depois que as servas se retiraram troquei as roupas que vestia por tecidos mais confortáveis, tirei as joias, tirei as sandálias, ficando descalça, desliguei as lanternas e atrás das frestas das janelas, fiquei esperando a lua chegar ao topo. As janelas são médias, e apesar de ter um corpo razoavelmente grande sou capaz de passar por ele.
Eu levei horas, para chegar à fronteira, mas com o cavalo real, foram apenas alguns instantes para voltarmos ao palácio, dessa vez ele me conduziu aos meus aposentos. Ele ficou me vigiando, enquanto os servos, colocavam grades, nas janelas e tranquetas nas portas. Como punição por tentar fugir, ele disse que ficaria sem jantar, e ficaria o dia todo trancada no quarto.Eu prometi me casar, com aquele príncipe desprezível. Isso nem sequer faz sentido, não me recordo de alguma vez ter visto. Ele me humilhou. Nunca. Nunca. Nunca. Vou amar um homem assim. Eu o odeio. Odeio. Odeio. Odeio.-- A Partir de hoje, terá aulas de etiqueta, e retórica. Daqui a três luas cheia, será o dia da competição, e a imperatriz a quer pronta para qualquer desafio. -- Ruth informou.-- Porque a imperatriz, está tão interessada, que eu aprenda tudo isso?—Ruth sorriu.-- Não sei ao certo, meu chute é que você conquistou o favor da imperatriz.-- Mas. Eu mal a conheço. Quero dizer, não conheço ninguém.Depois de
Daqui a algumas noites será a terceira lua cheia, por um lado as aulas teóricas abrandaram, por outro, as aulas de música se intensificaram, mas pelo menos agora eles me deixam com algum tempo livre. Acho que ganhei o favor do príncipe, para que ele me de alguma liberdade.Se ele confia em mim, então ele é louco, assim que eu encontrar uma brecha vou dar o fora, mas por outro lado, se eu for fugir, viro fugitiva, e o príncipe Christopher vai colocar minha cabeça a prêmio. Ao mesmo tempo que não quero me tornar sua esposa, quer dizer, já sou sua concubina, mas diferente da Senhora Larissa eu ainda não estou cumprindo meus deveres conjugais. Para nobreza se o príncipe não te visita, te despreza, ou seja, se ele ainda não veio consumar o acto, provavelmente não virá, que ele me despreza ele mesmo o disse.Como hoje tenho o dia de folga decidi sair para conhecer melhor o palácio, como andei muito ocupada andando de um ponto fixo para o outro que mal tive tempo de conhecer o palácio.-- A
A passos de fantasma entrou no escritório do príncipe. Que possui várias estantes de livros, uma secretaria, com documentos por cima, um pequeno sofá de descanso do lado esquerdo. Tem duas cadeiras para visitas, e uma pequena carinha, que contém uma bandeja com o almoço do príncipe.Leio e vasculho tudo quanto é lado, e nao encontro nada relevante aqui, a maior parte dos documentos se não todos tem haver com a administração do reino, nas aulas de ciência política aprendi, que a administração do nosso reino, é centralizada no imperador, o seja a última palavra será sempre do imperador. Por outro lado, o imperador pode delegar funções, investindo certos nobres, de poder administrativos, jurisdicionais e legislativos, a última parte é mais complexa, sendo que todas as leis criadas, devem estar em consonância com a vontade do imperador. O imperador da mesma forma que lhes investe de poder pode destituí-los a qualquer altura.Um tiro no escuro.Hoje está no poder, amanhã não está.Quanto
LARISSA.A chegada daquela mulher estragou todos os meus planos, me deixou possessa de raiva, estava tudo tão certo. Mesmo Christopher sendo frio, ele gostava um pouco de mim, me via mais vezes em relação a outras mulheres, me deu o título de concubina e me deu a função de gerir as escravas que vem para o palácio. Mas um pouco e ele seria meu.Não, ele é meu, eu sou a única que merece ser sua esposa. fomos feitos um para o outro, o conheço mais que qualquer pessoa. Maldito imperador e sua maldita lei. Se não ele, eu e Christopher já estávamos casados. Seríamos os imperadores, mas não, ele tinha de trazer aquela mulher para aqui.Minhas servas me contaram, que ela tentou fugir, duas vezes aqui no palácio, e soube por um dos oficiais, que mesmo quando era para vir ao palácio ela tentou fugir. Eu não entendo porque fazem tanta questão de a ter aqui.Mandei alguém procurar saber mais sobre ela, e as informações me fizeram rir, aquela mulher não tem nenhum título, não tem nada, é pobre, cr
AMANDAA cada chicotada que recebo,sinto minha pele rasgar. Não importa, quanto eu implorei para ela parar, ela continua batendo em mim. As lágrimas se misturam com sangue. Se tudo aquilo que li naquele diário é verdade, é merecido, a natureza é cruel. Nos tratam como lixo.Isso dói tanto, mamãe.O que eu fiz para merecer estar aqui? Porque essa mulher me odeia tanto?Nunca na minha vida senti tanta dor, merecer tal punição. Meu corpo todo arder, sinto que vou entrar em colapso. É como se estivessem arrancando a minha pele.Socorro. Peço aos céus que escutem a minha oração. Se eu não posso existir entre os homens, por favor tirem a minha vida.Um grito estrangulado sai da minha garganta.-- Trinta.—ela joga o chicote no chão, sou jogada no chão e caiu de joelhos. Não consigo parar de chorar. O sorriso nos lábios e o olhar dela me enlouquecem.Eu vou embora daqui, por mais que a punição seja a morte.Ela e suas criadas estão me dando as costas e se afastando. Começo a sentir algo dentr
PRÍNCIPE HERDEIRO.Eu estava numa reunião com um mensageiro do país do fogo, o mesmo traz um convite por parte do rei do país do fogo, para uma festa que acontecerá dentro de algumas noites. A reunião mal terminou e o meu rouxinol apareceu me informando de que a Amanda para além de entrar no meu escritório e ficar fuçando os meus livros, foi pega pela Larissa que está a punido com chicotes.Merece, ela merece por mexer nas minhas coisas. Mas confortavel, a Larissa estar batendo nela eu não estou, é como se ela estivesse tentando danificar algo que eu tenho o direito de fazer.-- O que está acontecendo?—Derek meu secretário, conhece o rouxinol, há anos que trabalham juntos. Quando criei o espírito do rouxinol, Derek estava presente.-- Voltemos para os meus aposentos, parece que está rolando alguma confusão. –mal saí da sala de reuniões percebi que o tempo ficou estranho.A pouco estava um dia de sol, agora a relâmpagos e ventania, algo está acontecendo. Consigo ver os rastros de energ
-- O que aconteceu aqui, não deve ser reportado a ninguém, se eu souber que a história vazou, alguém vai perder a cabeça. -- aviso a Derek antes de seguir para o meu quarto.—podem sair.—digo as servas que ficaram cuidando dela.Os braços e as costas cobertas pelo tecido fino da camisola de dormir, escondem os ferimentos dela.-- Até dormindo é linda. Tão serena que faz meu coração doer. Queria entender o que foi que eu vi em ti, quando te escolhi pra ser minha imperatriz.—Seguro delicadamente seu rosto avermelhado, como uma maçã.Treze anos atrás.---Tem certeza que é por aqui. -- pergunto a Derek que está olhando em seu mapa.---Absolutamente. Olha. Em frente. A entrada para a floresta. Eu nunca te perderia a vossa majestade. Eu consultei com os meus pais, e eles me ofereceram o mapa que nos leva a qualquer canto, do império. E outra, o guarda do meu pai já veio a floresta uma vez, e ele me assegurou que existe uma família morando no meio dela.Derek quando começa a falar, não para
No dia seguinte como prometido voltamos, Antonieta estava em casa, Amanda só veio nos receber e saiu sorrateiramente, deixei passar, porque queria conhecer melhor Antonieta. Derek, já explicou a Glets e Dimeranca o que está acontecendo e a necessidade de sigilo. Derek também recolheu a informação relevante sobre elas, idade, nome dos pais das crianças, e se tem algum outro familiar vivo, a resposta foi não, e ambas nunca tiveram informação fidedigna sobre os pais dos filhos. O que sei é que pai de Amanda está morto, de Antonieta, seguindo sua vida, em algum canto do reino.--- Quer que investigue mais sobre os pais delas?—Derek--- Não, não é relevante.Antonieta daria uma ótima esposa, é mansa como a mãe e a tia. A outra por outro lado parece me odiar, me evita, e não me dirige a palavra.--- Hoje vim ver Amanda, onde ela está?--- Na floresta, posso chamá-la. -- Glets.--- Melhor, me leve até lá. Quero saber que lugar é esse mais importante que eu, no qual ela prefere estar, inv