AMANDAA cada chicotada que recebo,sinto minha pele rasgar. Não importa, quanto eu implorei para ela parar, ela continua batendo em mim. As lágrimas se misturam com sangue. Se tudo aquilo que li naquele diário é verdade, é merecido, a natureza é cruel. Nos tratam como lixo.Isso dói tanto, mamãe.O que eu fiz para merecer estar aqui? Porque essa mulher me odeia tanto?Nunca na minha vida senti tanta dor, merecer tal punição. Meu corpo todo arder, sinto que vou entrar em colapso. É como se estivessem arrancando a minha pele.Socorro. Peço aos céus que escutem a minha oração. Se eu não posso existir entre os homens, por favor tirem a minha vida.Um grito estrangulado sai da minha garganta.-- Trinta.—ela joga o chicote no chão, sou jogada no chão e caiu de joelhos. Não consigo parar de chorar. O sorriso nos lábios e o olhar dela me enlouquecem.Eu vou embora daqui, por mais que a punição seja a morte.Ela e suas criadas estão me dando as costas e se afastando. Começo a sentir algo dentr
PRÍNCIPE HERDEIRO.Eu estava numa reunião com um mensageiro do país do fogo, o mesmo traz um convite por parte do rei do país do fogo, para uma festa que acontecerá dentro de algumas noites. A reunião mal terminou e o meu rouxinol apareceu me informando de que a Amanda para além de entrar no meu escritório e ficar fuçando os meus livros, foi pega pela Larissa que está a punido com chicotes.Merece, ela merece por mexer nas minhas coisas. Mas confortavel, a Larissa estar batendo nela eu não estou, é como se ela estivesse tentando danificar algo que eu tenho o direito de fazer.-- O que está acontecendo?—Derek meu secretário, conhece o rouxinol, há anos que trabalham juntos. Quando criei o espírito do rouxinol, Derek estava presente.-- Voltemos para os meus aposentos, parece que está rolando alguma confusão. –mal saí da sala de reuniões percebi que o tempo ficou estranho.A pouco estava um dia de sol, agora a relâmpagos e ventania, algo está acontecendo. Consigo ver os rastros de energ
-- O que aconteceu aqui, não deve ser reportado a ninguém, se eu souber que a história vazou, alguém vai perder a cabeça. -- aviso a Derek antes de seguir para o meu quarto.—podem sair.—digo as servas que ficaram cuidando dela.Os braços e as costas cobertas pelo tecido fino da camisola de dormir, escondem os ferimentos dela.-- Até dormindo é linda. Tão serena que faz meu coração doer. Queria entender o que foi que eu vi em ti, quando te escolhi pra ser minha imperatriz.—Seguro delicadamente seu rosto avermelhado, como uma maçã.Treze anos atrás.---Tem certeza que é por aqui. -- pergunto a Derek que está olhando em seu mapa.---Absolutamente. Olha. Em frente. A entrada para a floresta. Eu nunca te perderia a vossa majestade. Eu consultei com os meus pais, e eles me ofereceram o mapa que nos leva a qualquer canto, do império. E outra, o guarda do meu pai já veio a floresta uma vez, e ele me assegurou que existe uma família morando no meio dela.Derek quando começa a falar, não para
No dia seguinte como prometido voltamos, Antonieta estava em casa, Amanda só veio nos receber e saiu sorrateiramente, deixei passar, porque queria conhecer melhor Antonieta. Derek, já explicou a Glets e Dimeranca o que está acontecendo e a necessidade de sigilo. Derek também recolheu a informação relevante sobre elas, idade, nome dos pais das crianças, e se tem algum outro familiar vivo, a resposta foi não, e ambas nunca tiveram informação fidedigna sobre os pais dos filhos. O que sei é que pai de Amanda está morto, de Antonieta, seguindo sua vida, em algum canto do reino.--- Quer que investigue mais sobre os pais delas?—Derek--- Não, não é relevante.Antonieta daria uma ótima esposa, é mansa como a mãe e a tia. A outra por outro lado parece me odiar, me evita, e não me dirige a palavra.--- Hoje vim ver Amanda, onde ela está?--- Na floresta, posso chamá-la. -- Glets.--- Melhor, me leve até lá. Quero saber que lugar é esse mais importante que eu, no qual ela prefere estar, inv
De volta à atualidade...-- Se sente bem?—fiquei a noite inteira velando pelo sono dela. E só agora pelo amanhecer é que desperta.—sente dor em algum canto.Ela olha em volta, depois para mim.-- Esse não é o meu quarto.—a voz sai arranhada. -- dói todo o meu corpo.-- É o meu, vai ficar nele até se sentir bem. Irei chamar os médicos para virem te ver. Não faça esforços desnecessários, e sobre o que aconteceu ontem-- Eu não sei como fiz tudo aquilo, sinto muito se causei algum prejuízo à vossa majestade.-- Agora que virou uma mulher, consegue falar perfeitamente todas as palavras.—Ela me olha sem entender, ela não se lembre. Faz sentido, só tinha 7 anos na época.--Quando, me chamava de Momo, era encantador.-- O que disse?—me olha ainda mais confusa.Suspiro.- Tenho que sair, voltarei em três dias. Não se meta em confusão. E não destrua o meu palácio, na minha ausência.--Sim, vossa majestade.—Essa não é a Amanda que eu escolhi. Até duas luas cheias atrás, eu ainda conseguia ver a
Estou saindo do banho quando me deparo com a Larissa me esperando.-- Senhora Larissa.-- Saiam. Quero falar com a vossa senhoria a sós. -- Lola e Sara me encaram, pedem autorização e eu consigo. Mal elas saíram ela começou a cuspir fogo.—Não se ache especial só porque está dormindo no quarto dele, eu já dormi ai, várias vezes, e ele no meu quarto. E outra ele me ama, e sabe qual é a prova disso ele não me matou. Mesmo sabendo que fui eu quem te bati, em mim ele não tocou. Ele matou vários outros, menos a mim. Porque eu tenho seu coração, e você é apenas uma personagem secundária em nossa história, Christopher não te ama, e nunca vai te amar. Ele está contigo só por causa da maldição. Do castigo dos deuses. Você não é nada, além de um sacrifício,--ela se virou e saiu,As lágrimas caiam sem que eu pudesse controlar. Aquilo que ela disse me machucou tanto que nem soube me defender. E o mais doloroso de tudo é que ela tem razão, o príncipe gosta dela, se não gostasse não a deixava sair
Assim que voltei para o meu quarto, pedi para as minhas servas me deixarem sozinha. Sentei-me na cama, e quis chorar. Eu não entendo porque eu sou assim, porque as pequenas coisas me machucam tanto, olhei para meu braço, e vi o vermelhão em meu ombro desnudo. Coloquei minha mão sobre a região, e tentei me curar, mas não consegui.Se quiser usar magia pelos outros, não poderá usá-lo para ti. Não poderá se curar, ou matar.Ouço a voz da deusa na minha cabeça. Espero ela me repreender mas ela nada diz.Se essa é a regra, acredito que o inverso é o contrário. Mas eu não me arrependo, mesmo que eu não possa me curar. Coloco os seus pés sobre a cama e abraço os meus joelhos, repousando minha cabeça sobre eles.Não sei, porque me sinto assim tão melancólica.A porta é aberta bruscamente, e o príncipe herdeiro se faz à minha frente. Me levantei bruscamente e faço uma vénia.-- Vossa Majestade, aqui devo a honra.—Mantenho meu olhar embaixo e espero que ele se pronuncie.- Levante-se Amanda. F
Depois da conversa, foi servido o jantar, o príncipe mais novo também estava e ele me olhava estranho.- Você é uma bruxa? Seus cabelos pegam fogo? Você é do país do fogo?-- Alon, não seja indelicado com a futura princesa.—Richard-- Eu não me incomodo.—dei um meio sorriso, depois olhei para o príncipe Alon—sim eu sou uma bruxa, tenho uma vassoura e um gato, todas as noites sobrevoam os céus, Eu leio os astros e as runas nas pedras enquanto lanço feitiços. Procuro meus presságios nas cores das pedras, nos rostos dos gatos, nas quedas das penas, danço no fogo e na curva dos ossos velhos.-- Assustador.—dou risada.—ei, está mentindo para mim.- Não estou não.-- Hmm, me prove.—disse emburrado me enchendo o ar nas bochechas.—eu sou o principe do vento, olha o que eu faço. -- ele fez levitar a mesa, e assim mesmo.-- OH.—bati palmas.—impressionante vossa alteza. Como uma mera bruxa como eu poderia comparar, aos seus talentos magníficos.- Eu tenho doze anos, não aceito seus bajulamentos