Capítulo XXXVIII

Atravessamos as ruas de Nova York em um ritmo ágil, acompanhando o fluxo apressado de trabalhadores que se espalham pelas calçadas como um verdadeiro formigueiro humano. O burburinho incessante da cidade se mistura ao som de buzinas e conversas apressadas, mas Gabriel caminha ao meu lado como se estivesse imune ao caos ao redor.

Ao chegarmos ao restaurante, ele segura a porta de vidro aberta para mim, um gesto que, vindo dele, parece tão natural quanto inesperado. Apesar de tudo que podemos dizer sobre Gabriel, ele tem um lado cavalheiro que, devo admitir, é bem atraente.

Felipe, o garçom que já nos conhece, nos recebe com um sorriso caloroso e nos guia até uma mesa junto à janela. A vista dali é ótima — um espetáculo de concreto, luzes e pessoas correndo para lá e para cá.

Assim que nos sentamos, Gabriel entrelaça os dedos sobre a mesa e me observa com aquele olhar que sempre parece analisar tudo ao redor.

— Quer beber alguma coisa? — ele pergunta.

— Vou no que você for.

Se vou
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