Douglas levou Leonardo de volta para a mansão da família e estava prestes a voltar para o escritório, mas no meio do caminho, de repente, recebeu uma ligação da delegacia e soube que havia uma situação lá, então correu para lá.

Ele não esperava ver aquela figura familiar assim que desceu do carro.

Era ela!

A mulher que o traiu e se atreveu a morrer na frente dele sem sua permissão!

Seus olhos pareciam um maremoto de emoções quando ele deu um grande passo à frente e a segurou com força pelo pulso.

- Ah!

Com os pulsos parecendo se quebrar de tanta dor, Stéfanie tropeçou um passo ao ser puxada em um momento indefeso, batendo no peito duro do homem quando uma voz familiar, porém havia tempos desconhecida, veio de cima de sua cabeça:

- Levante a cabeça!

Era Douglas! Como poderia ser ele!

Como se estivesse acordando de um sonho, Stéfanie pensou que já havia esquecido completamente a voz dele, mas agora percebeu que algumas pessoas eram como veneno, que por muito tempo corroeu seus ossos e sangue.

Ela estava completamente paralisada, mordendo os lábios com força, tentando acalmar a raiva e a dor que a consumiam loucamente.

- Eu te disse para levantar a cabeça!

O homem estava impaciente, seus dedos finos apertaram o queixo da mulher, levantando seu rosto pequeno com força e dominância.

Seus olhos estavam ardentes, como se estivessem queimando com fogo, mas quando ele viu o rosto da mulher à sua frente, sua expressão congelou.

Os olhos amendoados dessa mulher eram como superfície da água, e ela tinha um nariz delicado, pele alva como a neve e aparência de uma bela flor, e nesse momento ela estava olhando para ele com descrença e espanto. Sem dúvida, ela era extremamente bonita, mas não era aquela pessoa.

Embora sua aparência fosse bem semelhante à daquela mulher, seu jeito era muito diferente. O estilo de se vestir e a maquiagem eram ainda mais requintados, nada parecia com aquela mulher que nunca se maquiava, e ela olhava para os olhos dele de forma extremamente estranha.

Não era ela.

- Gato, flertar com uma mulher bonita não é desse jeito, você está sendo muito rude! - O coração de Stéfanie estava batendo rápido e ela estava tentando manter a compostura.

Douglas voltou a si e imediatamente afrouxou o aperto de mão.

Mas, quando o soltou, ele também o sacudiu subconscientemente como se estivesse sacudindo algo sujo, fazendo com que Stéfanie quase caísse.

Ela estava furiosa, com suas sobrancelhas desenhadas delicadamente bem franzidas, e realmente não entendia como estava tão cega naquela época, se apaixonando por esse tipo de cachorro que era tão desprezível e sem modos!

- O que está fazendo? Se está doente, vá para o hospital, o que está fazendo na delegacia?

Um par de olhos brilhantes da mulher a encarou com raiva, o que fez com que Douglas ficasse atônito por um instante.

Esses olhos, quando zangados, eram parecidos com os daquela mulher.

Ele deu um passo à frente e segurou o pulso dela novamente, questionando:

- Quem é você? Qual é o seu nome?

O coração de Stéfanie se apertou, será que esse homem estava suspeitando dela e a reconheceu?

Se ela soubesse, deveria ter segurado a língua e saído correndo, não deveria ter discutido com ele. Ela não podia ser reconhecida. Se esse canalha soubesse que ela não estava morta, ele certamente seguiria a trilha e descobriria a existência da dupla limonada.

Dentro da família Catelli, era impensável deixar um descendente de sangue se tornar um membro bastardo e vagar mundo à fora desamparado. Eles com certeza fariam a questão de conseguir a custódia das crianças. Stéfanie temia não conseguir proteger as crianças.

Ela sabia que o canalha tinha mania de limpeza e também odiava mulheres que tomavam a iniciativa de se jogarem nele, então ela franziu os lábios e sorriu, levantando a mão para enganchar o pescoço do homem e se inclinando de forma sedutora na direção dele.

- Quer saber meu nome? Por que o senhor não me convida para sentar um pouco na cafeteria do outro lado da rua e vamos nos conhecer aos poucos?

- Vaza daqui!

Douglas ficou enojado com a aparência sedutora e fácil da mulher e a empurrou para longe. Em seguida, ele tirou a gravata que ela havia puxado e a jogou para Lucca, ordenando:

- Jogue isso fora!

Sem mais nenhum interesse nessa mulher, ele se virou e foi embora com passos largos. Lucca jogou a gravata na lixeira e correu atrás dele.