O olhar de Douglas era hostil, ele deu alguns passos até a frente do carro e estendeu a mão para abrir a porta.

Stéfanie trancou a porta o mais rápido que pôde e olhou para o homem de expressão gélida do lado de fora, seu olhar percorrendo o grande galo inchada na testa dele, pensando que tinha acabado de cometer um erro ao não dar ré no carro antes de bater nele.

- Saia!

Stéfanie baixou um pouco a janela do carro e, ao ouvir a voz fria de Douglas, disse com sinceridade:

- Sinto muito, vou pagar o conserto do seu carro.

Ele não dinheiro para pagar o conserto do carro?

Douglas simplesmente queria rir de tanta raiva que estava sentindo dessa mulher, ela realmente não tinha noção nenhuma!

- Lucca, chame a polícia! - Douglas ordenou, soltando a maçaneta da porta.

Ao ver que Lucca realmente pegou seu celular e discou o número, Stéfanie cerrou os dentes e teve que abrir a porta do carro.

Sabendo que o carro estava em frente a uma delegacia, a polícia não demoraria para chegar.

Assim que a porta do carro se abriu, ela foi arrastada para fora pelo homem e pressionada contra a porta do veículo pelos ombros. O homem a encarou com um olhar tão gélido que ela se sentiu como se estivesse sendo coberta por uma avalanche de neve.

- Você está procurando a morte!

O carro preto estava queimado pelo sol, Stéfanie só sentia suas costas arderem. Porém, as mãos do homem em seus ombros estavam ainda mais quentes, como ferro em brasa.

Ela se debateu:

- Me solta! Eu só pisei no acelerador errado sem querer, não é como se eu não fosse pagar por isso. Não é necessário você, um homem adulto, ter uma atitude tão mesquinha... Ah!

Antes que ela pudesse terminar de falar, o homem a agarrou pela gola da roupa e a levantou, fazendo com que seus pés deixassem o chão. Ela ficou pálida de medo.

- Quem diabos é você? Por que bateu no meu carro de propósito? - Douglas questionou, seus olhos mais uma vez examinando o rosto da mulher.

- Eu... Me coloca no chão! Eu já disse que não fiz isso de propósito!

Stéfanie chutou as pernas, mas Douglas obviamente não acreditou em suas palavras, sua voz ficando cada vez mais grave:

- Não se faça de louca!

Essa mulher claramente fez isso de propósito. Se ela era apenas uma estranha, por que ela teria tanta hostilidade com ele e ousaria bater nele com o carro? Ele não acreditava que não havia nada oculto nessa história toda.

- Quem está agindo como louco agora? Se você não me soltar, vou chamar a polícia também! Socorro, sequestro! - Stéfanie sentiu um pouco de pânico e gritou imediatamente.

Naquele momento, ela viu ao longe o Adv. Robson, que parecia ter percebido a situação e correu na direção dela. Ela sentiu um aperto no coração.

Se esse cachorro descobrisse que ela havia contratado o advogado Robson para cuidar do caso de Alison, será que ele adivinharia que ela era Stéfanie?

Enquanto ela estava desesperada de preocupação, Lucca atendeu a uma ligação e, nervoso, foi até Douglas e disse:

- Presidente, houve um acidente na festa de noivado, o jovem senhor Vinícius foi ferido.

Ah, ela quase já tinha se esquecido, o noivado desse cachorro era hoje.

Então que ele vazasse dali logo!

Justamente quando Stéfanie estava relaxando, Douglas até a arrastou em direção ao Rolls-Royce dele. Stéfanie ficou um pouco atordoada.

O que ele estava fazendo? Se ele queria ir embora, que fosse embora! Por que a estava arrastando junto?

- Me solte, eu não vou com você!

Ela se debateu, mas foi inútil diante da força do homem, sendo arrastada até a porta do carro. Stéfanie agarrou a porta com uma das mãos, decidida a não entrar.

- Eu já te disse que pagarei pelo conserto do carro, por que ainda está me incomodando?

Douglas franziu a testa. O quê? Ele a estava incomodando?

Que cara de pau! Ele não deixaria essa mulher ir embora de jeito nenhum até que ela deixasse as coisas claras.

- É melhor você entrar aí antes que eu quebre sua mão! - Disse Douglas com uma voz fria.

Seu olhar afiado recaiu sobre o pulso fino de Stéfanie, que estava agarrando a porta do carro, como se estivesse querendo quebrá-las diretamente.