Capítulo 0017
- Seja boazinha, pare de fazer cena, tenho negócios a tratar.

Douglas abaixou a cabeça, estreitou levemente os olhos e olhou para a mulher congelada em seus braços. Ele não imaginava que essa mulher fosse tão ingênua, ainda queria denunciá-lo por cometer um crime na frente dele?

Ela achava que ele não existia?

- Eu não...

Os dedos do homem eram calejados, não macios, e uma sensação estranha percorreu seus lábios quando ele os pressionou, fazendo com que Stéfanie congelasse por um momento. Quando reagiu, ela ficou tão envergonhada que se irritou, abrindo a boca para retrucar. Nessa hora, Douglas se abaixou para adverti-la sombriamente em seu ouvido:

- Se comporte! Mais uma palavra e você será expulsa da Cidade de Sinara hoje mesmo!

A voz do homem era dura, mas suas ações eram íntimas e gentis, e ele até mesmo esfregou o cabelo de Stéfanie enquanto se inclinava, fazendo com que parecesse um flerte entre um homem e uma mulher, para quem estivesse vendo ao lado.

Stéfanie mordeu o lábio, desejando poder dar um tapa na cara desse vagabundo agora mesmo, mas não podia.

Porque sabia que Douglas não estava brincando com ela, e se ele disse que a expulsaria da Cidade de Sinara hoje, definitivamente não a deixaria aqui até amanhã.

Ela não podia ir embora, ainda tinha que salvar seu irmão!

- Ok, chega de brincadeiras. Pensei que tinha dito para você ficar quietinha lá, estarei lá para te fazer companhia quando terminar meus negócios aqui, está bem? - Douglas disse enquanto se endireitava, sentindo a resignação e a aceitação da mulher.

A voz do homem era carinhosa, mas seus olhos não eram nada sorridentes, eram frios e insensíveis, e ele deu outro olhar para Stéfanie.

Certificando-se de que ela tinha se aquietado, ele se virou, com um comportamento casual e calmo, para um par de policiais e disse:

- Sinto muito pela interrupção, mas a minha amante está tendo um acesso de raiva hoje, se vocês me entendem.

- Entendemos, e obrigado ao Presidente Catelli por estar disposto a cooperar conosco hoje.

Os policias não desconfiaram nem um pouco. Hoje era o noivado de Douglas, não era normal que a sua jovem amante ficasse insatisfeita e criasse problemas?

Esse tipo de coisa, eles não podiam se meter, um homem rico ter uma jovem amante não era nenhum problema.

- É o meu dever. - Douglas assentiu levemente com a cabeça, seu olhar varreu friamente os dois guarda-costas que vieram atrás dele. - Cuidem bem dela.

- Sim, Presidente.

Douglas soltou Stéfanie para sair, mas Stéfanie de repente deu um passo à frente e abraçou a cintura do homem.

- Então, querido, você deve manter sua palavra, vou esperar por você! - Ela disse “carinhosamente” com os dentes cerrados, mas seu pé pisou com força no pé do homem e o esmagou com o salto agudo de seu salto alto.

O homem se enrijeceu e grunhiu “em concordância” antes que Stéfanie se afastasse com um sorriso no rosto e acenasse com a mão de forma provocativa para Douglas.

Os olhos de Douglas fitaram o rosto dela por alguns segundos, seus olhos como facas. Retirando o olhar, ele se virou e foi embora.

E enquanto ele e os policiais se afastavam, Stéfanie foi imediatamente jogada de volta para o quarto do hotel por dois guarda-costas.

Com o corpo caindo pesadamente no chão, Stéfanie cerrou os dentes:

- Seu desgraçado! Quem é sua amante aqui?

Douglas foi até a sala do delegado para tomar uma xícara de café, mas em menos de cinco minutos, o próprio delegado já estava escoltando o homem para fora da delegacia.

Depois de um aperto de mão, o homem se curvou e entrou em seu carro, com o rosto frio e mal-humorado. Lucca não se atreveu a dizer uma palavra até que o chefe afrouxou a gravata e abriu a boca para instruí-lo:

- Encontrem aquela criança para mim, mesmo que tenha que revirar a cidade toda!

- Sim, Presidente.

Naquele momento, o telefone do Lucca tocou. Ele atendeu e seu rosto foi mudando de cor levemente.

- Presidente, dona Lurdes disse que a Sra. Débora desmaiou quando voltou, devemos voltar para a Mansão dos Catelli agora?

Douglas esfregou e apertou as têmporas, inexplicavelmente irritado.

Ele voltou para a Mansão dos Catelli, mas estava tudo quieto, e não havia sequer uma luz acesa na sala de estar.

Não disseram que Débora tinha desmaiado? Por que não havia nem uma empregada ocupada correndo pela casa? Ele franziu a testa.

De repente, houve o som de um leve atrito.

Com esse ruído, ele viu que, próximo à mesma de centro, Carolina havia acendido um fósforo. Ela estava sentada no chão, e sobre a mesa de centro havia castiçais de prata e taças de vinho tinto. Ela rapidamente acendeu as velas e se levantou.

- Dougie, você finalmente voltou para casa...

Carolina caminhou em direção a ele. Sua camisola de cetim, ao ser iluminada pela luz das velas, era como se fosse transparente.
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