Capítulo 0015
Não, ele tinha que sair dessa rapidamente, não podia colocar a mamãe em apuros. Os olhos de Liam giraram nas órbitas, tendo uma ideia.

- Aaaaaaah! Você é um tio malvado que maltrata criancinhas! - Ele começou a chorar.

Ele correu até Douglas e esfregou o ranho e as lágrimas na perna da calça de Douglas.

Douglas, que era um grande maníaco por limpeza, sentiu seu couro cabeludo explodir e quase não conseguiu resistir a dar um chute no garoto.

Ele afastou a criança dele com paciência e o repreendeu friamente:

- Sabe ter medo agora? É tarde demais! Vá lavar suas lágrimas e ranho, depois saia para contar a verdade!

Liam parecia realmente estar com medo e correu para o banheiro com o rosto coberto de lágrimas.

Douglas estava com um olhar sombrio. Esse pirralho tinha uma boca cheia de mentiras. Que mamãe doente? As novelas tinham poluído a mente até mesmo de uma criança tão pequena?

Mas por que diabos aquele pirralho era tão parecido com ele?

Ele franziu a testa, refletindo. Nessa hora, a porta do quarto foi aberta e uma Carolina chorosa, com os olhos vermelhos e inchados, entrou de braços dados com Débora, seguida pela família Bastos.

- O que está acontecendo aqui? Douglas, aquela criança é mesmo seu filho? Você precisa dar uma explicação para a minha Carol! - Disse o pai de Carolina, Sr. Bastos, com cara de mau humor.

- Isso mesmo! Olha que absurdo aconteceu aqui hoje! Onde está aquele garoto? - A Sra. Bastos abraçou Carolina, que ainda estava derramando lágrimas, e enxugou as lágrimas da filha com muito dó.

Douglas bufou friamente enquanto levantava seus olhos na direção deles:

- Explicação? Eu me lembro que não concordei em ficar noivo, qual é o significado da festa de noivado de hoje, quem vai me dar uma explicação?

Os olhares do Sr. Bastos e da Sra. Bastos instantaneamente se tornaram embaraçosos e estranhos, até mesmo a soluçante Carolina parou de chorar, seu rosto ora vermelho, ora branco.

Débora pegou Carolina pela mão e repreendeu Douglas:

- Douglas, a Carol é sua amiga de infância e tem estado ao seu lado todos esses anos sem reclamar, então você deveria ter dado um título a ela há muito tempo! Se não fosse por aquela vagabunda da Stéfanie, a Carol teria sido minha nora há muito tempo...

Ao mencionar o nome de Stéfanie, o rosto frio e elegante de Douglas instantaneamente se tornou gelado como se estivesse coberto por uma camada de geada, e o ar parecia solidificar como se um tabu tivesse sido desencadeado.

Débora teve uma leve mudança em seu semblante diante da atmosfera gélida que envolvia seu filho. Ela estava prestes a tomar uma atitude, quando de repente avistou uma pequena figura se movendo furtivamente em direção à porta. Ela se virou rapidamente, gritando furiosa:

- Pare aí mesmo! Quem é você e como entrou aqui?

A pequena figura na porta usava um moletom com estampa de um gato bobo e fofo de cara gorda todo colorido. Ele virou a cabeça, revelando um rosto delicado e adorável.

Era um pequeno menino desconhecido, muito bonito, com olhos grandes e tímidos. Ele parecia assustado, suas duas pequenas mãos gorduchas torciam nervosamente. Sua voz infantil tinha um tom choroso.

- Eu... Eu estou procurando pelo meu avô, ele está no quarto 307...

Estava claro que a criança havia entrado no quarto errado. Débora impacientemente acenou com a mão, dizendo:

- Este é o quarto 407, saia imediatamente!

O menino encolheu o pescoço e correu para fora, abrindo a porta do quarto.

Douglas ficou olhando para a porta fechada, com a sensação de que algo estava errado. Antes que ele pudesse reagir, Débora e os outros já estavam brigando novamente, e Douglas, distraído com o tumulto, disse em uma voz fria:

- Não saberemos o que está acontecendo até perguntarmos ao garoto!

- Pois é, e onde está o garoto?

Douglas apontou para a porta do banheiro. Carolina foi até lá com muita ansiedade e abriu a porta.

Esse pirralho bastardo que apareceu do nada! Como ele se atreveu a estragar a festa de noivado dela? Ela daria um belo beliscão nas coxas dele primeiro quando entrasse!
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