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“Sim, senhor, e eu…” Alex começa a dizer, mas minha paciência já não existe.

Interrompo-o antes que ele termine, antes que ele possa começar com alguma desculpa, alguma ladainha que só vai alimentar minha fúria.

Dou um passo à frente, minha visão turva, não pela escuridão ao redor, mas pela raiva que começa a ferver dentro de mim, crescendo como uma onda imparável. Cinco anos. Cinco anos de dor, de vazio, de noites afogadas em álcool, de momentos tão baixos que eu sequer me reconhecia.

Cinco anos em que estive sozinho.

Poora, Alex estava lá, sempre lá, mas nunca fez nada para ajudar. E Blair… Ela esteve em algum lugar, escondida, fugindo, temendo algo. Temendo a mim. Isso me corrói mais do que qualquer coisa.

Minha mente é tomada por pensamentos fodidos e sombrios, e quando percebo, meus dedos já agarraram Alex pelo colarinho do terno. Seus olhos se arregalam, talvez surpresos, talvez assustados. Pela primeira vez, ele não parece imperturbável, e isso só alimenta minha fúria.

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