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Volkov dirige por uma rodovia deserta, uma linha de asfalto esmaecida serpenteando entre pinheiros que se erguem como sentinelas frias.

O inverno já mostra seus dentes: as árvores estão parcialmente cobertas por neve, e o chão, engolido por folhas mortas e congeladas, estala sob o peso do vento cortante. O céu, uma extensão densa de nuvens carregadas, pesa sobre nós, sugando qualquer vestígio de luz enquanto o fim da tarde se arrasta para a escuridão total.

Os faróis do carro rasgam a neblina rala que se arrasta pela estrada como uma presença silenciosa e insidiosa. A luz hesitante ilumina apenas alguns metros à frente antes de ser devorada pelo breu.

O ronco do motor preenche o silêncio sepulcral, interrompido apenas pelo ocasional sussurro do vento e pelo rangido seco das árvores balançando sob sua fúria.

Meu Deus…

Volkov mantém as mãos firmes no volante, os nós dos dedos pálidos contra o couro negro. Há um propósito em seu olhar, algo afiado e calculista, como se já tivesse plane
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