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“E naquela noite,” continuo, minha voz mais baixa, marcada pela raiva que começa a se formar em meu peito, “ele decidiu sozinho tirar você da minha vida. Ele achou que isso era a coisa certa. E depois, ele me assistiu definhar. Ele sabia que eu estava no fundo do poço porque tinha perdido você. E, mesmo assim, ele escolheu, dia após dia, se calar, fingir que foi um acidente, e não um crime que ele cometeu.” Sinto a raiva crescer mais dentro de mim, como um fogo que queima lentamente, mas constantemente.

Blair estende a mão e, de maneira quase instintiva, acaricia meu joelho. O toque dela, suave e reconfortante, é a única coisa que ainda me mantém ancorado à realidade. Mas, ao mesmo tempo, é como se ela me puxasse de volta para um lugar que eu não consigo escapar.

Eu coloco minha mão sobre a dela, sentindo sua pele quente e pequena contra a minha, buscando alguma calma que, por mais que tente, não consigo encontrar.

“Eu não sei o que vou fazer quando ver ele,” admito, a raiva tomando
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