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E é nesse momento que o chão sob meus pés parece desabar, porque ele não para ali. Ele continua, e cada palavra é uma lâmina fina, cortando tudo o que tentei ignorar, tudo o que tentei enterrar.

“E eu precisava explicar, Blair,” ele diz, e seus dedos, quase com urgência desesperada, acariciam meu rosto. O toque é gentil, quase suave demais, como se ele tivesse medo de quebrar o que sobrou entre nós. “Não era eu naquele carro.” Sua voz é baixa, quase um sussurro, mas é o suficiente para me fazer congelar no lugar.

Meu coração para. Estou sem fôlego, e tudo ao meu redor parece girar, distorcendo.

Aquele carro. Aquela noite.

De repente, como uma avalanche caindo sobre mim, todas as memórias voltam correndo, rápidas e implacáveis. A escuridão da noite, o som do motor rugindo, o acidente. E por mais que eu tentasse apagar, esqueci o que aconteceu depois. Mas agora, ele está aqui, me dizendo que não foi ele.

E com isso, tudo muda.

Aquele toque no meu rosto, aquela confissão, me faz dar um p
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