– Esses lobos são diferentes, eles não são tão grandes e fortes como o de costume. – Falei para a Deusa Daiana enquanto os observava.
– Estamos em uma época antes do Victor Stevens, o Supremo Alfa que trouxe sabedoria e força para seu povo, que unificou as raças ao invés de lutar, que os aprimorou transformando esses meros lobos em lobisomens, transformando todos vocês em metade lobo e metade homem. Essa matilha que você vê na sua frente, não passa de seres ferozes e um tanto irracionais. – Ela me guiava na direção deles enquanto falava.
– E que animal é esse que eles estão perseguindo? – Perguntei.
– Eles são os que comandavam o mundo antes de vocês e de qualquer humano.
– Eles que estavam acima da cadeia alimentar antes de nós?
– Sim.
Continuamos seguindo-os e paramos a alguns metros de distância quando os lobos alcançaram aquele ser. O animal, com seus braços longos, era ágil, veloz e forte, no entanto, os lobos estavam em bando e rapidamente o mobilizaram. Comecei a escutar os gritos de agonia daquele bicho enquanto era cruelmente ferido pelos lobos e, até que enfim, após vários gritos e lutas constantes, ele finalmente morreu de forma dolorosa e cruel, mesmo sem ter feito nada, além de se defender.
Meu estômago revirou e eu tive um sentimento misto de culpa e tristeza. Apesar da sua aparência peculiar, ele era inofensivo.
Os lobos não pararam por aí, eles começaram a sentir o cheiro do animal mutilado e poucos segundos começaram a correr na mesma direção em que estavam indo.
Com um movimento de mãos, a Deusa nos levou ao que parecia uma aldeia. Ao invés de casas, eram caverninhas pequenas, bem trabalhadas e bonitas. As rosas gigantes preenchiam o local com sua beleza, os morcerix voavam, corriam e brincavam ao redor. Havia vários daqueles seres espalhados por todo o local, eles pareciam estar fazendo suas rotinas diárias. Os machos eram carecas e as fêmeas possuíam cabelos compridos e carregavam consigo seus filhotes, mas todos andavam encurvados e pareciam ser tão inocentes, puros, sem nenhuma maldade no coração.
Pude notar que eles tinham certa inteligência e não eram irracionais, havia uma hierarquia entre eles e o líder era uma fêmea. A líder tinha mais força, altura e não era tão corcunda quanto os demais, seus cabelos longos eram esverdeados como a grama por onde pisava, sua pele era cinza azulada, corpo magro, e quando ela ficou de frente para mim, mesmo à distância, eu vi seus olhos pretos.
Ela parecia estar dando ordens ao resto do bando, enquanto eles faziam o que era mandado. As ordens eram somente dar comida aos animais ao redor, plantar árvores, cuidar das que já estavam plantadas, orar em grupo a alguma entidade deles, dançar ao redor de uma fogueira, brincar com os morcerix. Os alimentos que consumiam eram frutas, verduras e hortaliças, eles faziam uma reverência em agradecimento às plantas quando acolhiam sua comida.
A líder parou de dar ordens e se aproximou em uma das cavernas e de lá saiu um filhotinho carregando um morcerix no colo, eles estavam animados e brincando, o filhote se aproximou da mãe e eles enroscaram a cabeça uma da outra, como uma espécie de carinho.
A Deusa, que estava ao meu lado, parou de observá-los e olhou para uma colina ao longe, segui seu olhar e vi um bando de lobos observando aquela aldeia.
– Não vamos poder ficar muito tempo aqui, vou aguentar até onde posso para que você veja e entenda tudo. – Ela disse. No seu tom de voz, eu percebi um pouco de receio.
Os lobos apareceram em milhares enquanto avançavam ferozmente para aqueles seres puros e inocentes, era como se aqueles lobos estivessem carregando consigo a morte, a dor e destruição.
A líder gritou para o bando que se posicionaram em defesa dos demais, ela pegou seu filhote e o levou a uma caverna com outros filhotinhos, aquela aldeia harmoniosa, em segundos, tornou-se um caos com a chegada de milhares de lobos selvagens. Foi em pouco tempo, mas parecia se passar em câmera lenta. Os lobos, mesmo irracionais, atacavam aqueles seres com muita ferocidade, e em contrapartida, aquela raça, mesmo forte, não parecia estar preparada para uma batalha, era como se eles nunca tivessem lutado na vida. Os lobos destruíram a beleza do local, as plantas, as cavernas, matavam os morcerix e os outros animais inofensivos, matavam os seres, a única que estava mantendo-se em pé era a líder, talvez por instinto materno na tentativa de proteger seu filho.
– Se eles são mais fortes e poderosos que os lobos e estão acima da cadeia alimentar, como que os lobos conseguem matá-los com tanta facilidade? – Questionei.
– Porque esses seres não são destrutivos, eles dão vida e cultivam, mas nunca tiram, é contra os costumes desse povo, suas inocências e purezas os tornavam únicos.
– Tornavam?
– Sim, tornavam, agora não mais.
– Então quer dizer que ainda existem? Que não entraram em extinção?
A Deusa ficou calada e voltou a observar o massacre, com poucos daqueles animais vivos, os lobos invadiram a caverna onde o filhote da líder estava, e na tentativa de proteger a vida do seu filho, ela matou os lobos que tentavam mordê-lo. Eu pude ver em seu semblante a dor que sentiu quando teve que abandonar o restante do seu povo e fugiu para dentro da floresta carregando somente seu filho e o morcerix.
Todos os outros, até quem estavam dentro da caverna, morreram mutilados aos gritos e prantos.
Olá, está gostando da continuação do livro A Suprema Alfa? Se sim, deixe nos comentários, curte o livro e não se esqueça de seguir minha página do autor para ficar por dentro das outras obras que virão. Abraços e que a Deusa da Lua nos Ilumine!
Acompanhamos de perto a trajetória da Líder enquanto carregava seu filho consigo, ela estava um pouco ferida devido à luta que teve dentro da caverna, mesmo com dores, ela continuava alimentando e cuidado do seu filhote, mas quando ele pegava no sono, ela chorava. Vi de perto ela brincar com seu filho durante o dia, o ensinava a colher alimentos, a louvar o deus deles, ela passava os costumes e tradições para ele, mesmo com a mancha negra da tragédia do seu povo, eles pareciam estar cada vez mais superando o luto e conseguindo seguir suas vidas juntos, como mãe e filho unidos sempre, porém quando a noite chegava, eles se escondiam e usavam ervas ou lama para camuflar seus cheiros dos predados que saíam para caçar na escuridão: Os lobos. Como num passe de mágica, o tempo foi passando, mãe e filho seguindo suas rotinas juntos, sem se esquecerem das precauções que tomavam à noite, e durante o dia, eles sentiam-se seguros. O filho cresceu, mas ele continuava jovem, esses seres viviam mai
No momento em que a Daiana parou de falar, ouvi um estrondo vindo debaixo do chão bem ao centro daquele pentagrama invertido feito de sangue. A terra começou a se mover e um buraco se abriu, de lá saiu garras pretas, deformadas e horríveis. Vi chifres saindo de dentro do buraco, em seguida de uma cabeça de bode, corpo de homem e patas também de bode, tudo negro, e um fedor de enxofre exalava nele. Gritos de tormento eram escutados vindos daquela coisa, e em segundos, ele ficou em pé com suas patas horrendas, olhando fixamente para a fêmea ajoelhada. A áurea daquele ser era a mais perversa que já senti na vida, ele era a maldade personificada e eu só conseguia sentir muito, muito medo. Até a Deusa ao meu lado, que a vejo como alguém divino e poderoso, estava paralisada com a presença dele. – Não... se... mova... – Ela sussurrou com a voz trêmula. Meu corpo tremia todo, o coração faltava sair pela boca e eu prendi a respiração. Não sei o que ele pode fazer se descobrir nossa presença,
– KAROLINA! – Daiana gritou e esticou o braço para pegar minha mão, eu a segurei. Uma luz forte cor dourada surgiu atrás de nós duas enquanto fugíamos, mas a fumaça preta atravessou por essa luz como se a estivesse cortando, nossas mãos foram separadas e eu fui atingida por algo invisível extremamente poderoso, então caí de costas para o chão, fiquei em posição fetal agarrada aos meus joelhos de tanta dor. Forcei meus olhos a abrirem e quando consegui, a dois metros de distância estava Daiana caída de bruços com os cabelos esparramados no chão, ela estava inconsciente. Ele a atacou diretamente, eu só peguei um pouco do seu golpe por estar bem perto da Deusa, ela que recebeu quase tudo. Tentei me levantar, mas meu corpo não correspondia, comecei a tossir fortemente, senti um gosto metálico sair pela minha boca e cuspi o sangue no chão. Comecei a me rastejar para perto da Deusa, eu tinha que acordá-la, ela era nossa única chance de sair daqui. Antes que eu a alcançasse, uma fumaça ne
Ainda de joelhos na floresta, eu permanecia perdida em meus pensamentos, tenho que saber por onde começar, não posso mais ignorar os assuntos dos humanos, tenho que ir o quanto antes e principalmente, preciso preparar meu povo e ajudá-los a deter o futuro catastrófico de todos. Olhei para minhas mãos brancas e unhas vermelhas. – Se eu tenho esse poder divino, o que posso fazer com ele? Também consigo ter visões do passado e futuro como quando eu apareci para o Lúcius em sonho, mas como fiz aquilo? E o Lúcius... Não consigo acreditar que ele me rejeitou porque não me ama, ele ama, eu sei que sim, mas preciso descobrir o motivo por trás de sua rejeição. Suspirei. Como eu precisava sentir seu abraço agora, passei tanto tempo acreditando que nunca mais o veria acordado, e agora com a ausência da Daiana me sinto mais sozinha ainda. Não posso contar para ninguém as coisas que presenciei, as pessoas iriam achar que sou louca, mas preciso treiná-las e alertá-las contra um inimigo que só
– Você não pode voltar para lá, não pode permanecer no Palácio Imperial. – Falei na esperança de convencê-lo. Ele me olhou com indiferença. – Eu sei sobre os riscos, mas o Império é meu lar, devo defendê-lo até o final, não posso permitir que aquele monstro domine minha casa. – Mas o Império está em declínio, o que pretende fazer lá? Seu lugar é aqui ao nosso lado, ao lado da Elena. – Você não entende, Karolina. – Ele disse enquanto se sentava na cadeira e apoiava seus braços na mesa. – Se eu for embora, quantas pessoas irão morrer... Sei que fiz um juramento de lealdade para você, mas como Imperador devo isso ao meu povo, depois de séculos que eles ficaram ao meu lado sendo fiéis a mim, mesmo depois de todas as atrocidades que cometi. – E quanto a Elena, ela te ama sabia? – Sentei na cadeira a sua frente. Ele ficou encarando a mulher deitada na cama. – Eu sei que ela me ama, apesar de tudo... E é por ela que eu devo permanecer no Império e defender meu povo, por ela que eu vou p
– Moleque imprestável! Culpa da vagabunda da sua mãe você ser assim... Fraco! Desprezível! Uma vergonha para os Alfas Calmon. Paaah! O impacto do tapa no meu rosto me fez cair no chão, senti minha bochecha latejando de dor e uma fina camada de sangue sair do lábio cortado. Meus olhos ficaram lacrimejados. Não posso chorar! Não posso chorar! Não posso chorar!... Meu couro cabeludo começou a arder e no impulso segurei a mão dele que estava na minha cabeça puxando meus cabelos, me obrigando a ficar em pé, porém minhas pernas não correspondem, não consigo permanecer em pé, caio de novo, ele se enfurece mais ainda e chuta minha barriga quebrando uma das minhas costelas. Como eu sou fraco! Não consigo me regenerar, não tenho idade o suficiente, tenho apenas dez anos, não tenho forças contra ele, contra meu pai. A lágrima caiu dos meus olhos. Não consegui me controlar... Não, não, não, não... Não pode ser! – Você está chorando? – Seu tom de voz era de descrença e irritação. Seus olho
Eu matei meu próprio tio... minha mãe está morta... meu pai é um psicopata... eu estou sozinho agora...– Lúcius? – Uma voz bonita ecoou pelo quarto no escuro, não tenho visão ampliada de lobo, não consigo enxergar.Olhei na direção da voz e vi um par de olhos vermelhos flamejantes fixos em mim. Poderia ser um demônio para me levar ao inferno depois de ter matado essas pessoas?Apertei meus joelhos contra o peito e prendi a respiração.É um demônio e ele vai me levar e me torturar.A silhueta do demônio foi aparecendo gradualmente e era uma mulher de camisola branca com cabelos longos na cor vermelho-escarlate, fiquei embasbacado. Ela era linda! Tão linda quanto uma deusa, tão radiante quanto o pôr do sol, ela era... um anjo... meu anjo... O cheiro de sangue que ecoava pela sala se dissipou, eu só conseguia sentir o perfume de rosas vermelhas que vinha dela. A dor do luto e a solidão foram embora, através do seu semblante eu via paz, a paz que minha mãe um dia me prometeu, que eu tant
Eu ainda estava duro, precisava de mais. Segurei a Karolina pela nunca e beijei seu pescoço e clavícula, passei meu braço pela sua cintura estimulando-a para continuar rebolando em cima de mim, ela começou a rebolar devagar, mas parecia estar sem forças. – Você está cansada? – Sussurrei no seu ouvido. Ela confirmou com a cabeça enterrada no meu pescoço. – Quer dormir? – N-Não... quero mais. – Disse baixinho, meio grogue. Depositei-a na cama e fiquei por cima, penetrei novamente meu pau na sua bucetinha molhada e ela gemeu baixinho, quase pegando no sono. – Fique acordada... Serei gentil. – Murmurei. Ela abriu seus olhos e fixou em mim. Comecei a beijá-la novamente devagar enquanto a penetrava lentamente. Aproveitei cada momento para sentir seu gosto, seu cheiro, deleitar essa mulher. Acariciei seu rosto, corpo e cabelo, beijei e lambi cada centímetro dela, minhas estocadas eram profundas e lentas enquanto brincava com seus clitóris até ela chamar meu nome no seu segundo orgasmo, la