Lúcius Calmon

Eu matei meu próprio tio... minha mãe está morta... meu pai é um psicopata... eu estou sozinho agora...

– Lúcius? – Uma voz bonita ecoou pelo quarto no escuro, não tenho visão ampliada de lobo, não consigo enxergar.

Olhei na direção da voz e vi um par de olhos vermelhos flamejantes fixos em mim. Poderia ser um demônio para me levar ao inferno depois de ter matado essas pessoas?

Apertei meus joelhos contra o peito e prendi a respiração.

É um demônio e ele vai me levar e me torturar.

A silhueta do demônio foi aparecendo gradualmente e era uma mulher de camisola branca com cabelos longos na cor vermelho-escarlate, fiquei embasbacado. Ela era linda! Tão linda quanto uma deusa, tão radiante quanto o pôr do sol, ela era... um anjo... meu anjo... O cheiro de sangue que ecoava pela sala se dissipou, eu só conseguia sentir o perfume de rosas vermelhas que vinha dela. A dor do luto e a solidão foram embora, através do seu semblante eu via paz, a paz que minha mãe um dia me prometeu, que eu tant
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