“– Terra... Água... Fogo. Três elementos da natureza separados há centenas de anos, finalmente irão se juntar...”.“O Imperador está morto! O Alfa Calmon desapareceu! Os mortos caminham!”“– FAÇA ALGUMA COISA, KAROLINA!”“– Estou chegando... – Ele dizia. – Me espera... Falta pouco, vamos ficar juntos para sempre, Karolina. – Os cortes não estavam se regenerando. – Vamos fazer amor, minha mulher morta... Vem... Vamos cuidar dos nossos filhos mortos...”“– Firellis”.Meus olhos assustados abriram rapidamente ao acordar dos pesadelos.Preciso fazer alguma coisa... preciso fazer alguma coisa... Preciso aprender a usar esse livro, esse livro maldito que conversa comigo, que tenta me induzir a cometer atos cruéis, ele sabe tudo sobre mim, ele me entende, mas utiliza a verdade para me enganar, ele quer que eu o use, mas não com bons propósitos.– Está acordada? – Escutei Elena ao meu lado dentro da carruagem, era noite, a estrada que pegamos desde que saímos de Valiska estava calma, mas eu s
Eu não conseguia acreditar no que estava vendo. Como isso aconteceu? Não deveria ter sido uma versão alternativa de mim? Mas eu não fiz isso! Não pode ser!Kamilla estava deitada de olhos fechados num caixão pequeno com rosas ao redor, havia uma protuberância no seu pescoço indicando que foi quebrado, Karolina permanecia paralisada de joelhos olhando sua pequena filha adormecida.Todos na sala estavam sem reação, ninguém falava nada.Aos poucos, Karolina levantou e se aproximou da Kamilla, ela começou a acariciar seu rosto para saber se o que estava vendo era verdade, e pela primeira vez, eu senti suas emoções devido ao vínculo de sangue.Confusão, dor, tristeza... Me senti afetado com tudo aquilo.Karolina levantou sua filha e a abraçou, acariciou seus cabelinhos e a beijou.– Kamilla? – Silêncio. – Filha? – Sussurrava em lágrimas. – Mamãe está aqui... Mamãe voltou, desculpe a demora... Por que você não responde?Não consegui me controlar e me aproximei delas, Karolina olhou para mim
– Como você a possuiu? – Perguntei olhando para Clara que agora se parecia com Anealix na minha frente.Todos se entreolharam confusos com a minha pergunta, exceto Alec.– Na masmorra em Valiska, quando ela atacou o assassino do seu irmão, o luto e a fúria foram perfeitos para se tornar alvo fácil.– Então isso foi um plano seu?!– Digamos... que agir contra sua filha foi sim um pouco pessoal.Engoli seco impedindo das lágrimas aparecerem, eu não ia chorar na frente dela, nunca ia dar esse gosto.– Como? – Perguntei séria.– Você pegou algo que me pertence.– O livro?– Sim.– Você fez tudo isso por causa de um livro? – Perguntei incrédula.Ela riu.– É claro! Foi um presente que ganhei de alguém especial.Senti como se fosse desmaiar novamente.– Você matou minha menina por causa de um livro? Anealix, você não tem escrúpulos? – Indaguei.– Escrúpulos? – Perguntou zangada. – Escrúpulos em razão de quê?! Eu não sigo essa falsa moral e ética de vocês para fingir que a sociedade é boa e
Na maior cidade dentro do território humano, chamada Valiska, localizada próxima à fronteira que separa o território dos lobos, estava presente a mais alta patente do clero na principal Basílica, todos reunidos com seus fiéis para escutarem o tão esperado discurso do Papa João César. Aos gritos e palmas de euforia dos fiéis, ele apareceu sentado em uma cadeira de ouro sendo carregado pelos seus escravos em cada lado daquela cadeira pesada enquanto uma escrava mulata de corpo curvilíneo caminhava ao lado da cadeira luxuosa do papa com uma bandeja na mão, oferecendo-lhe frutas. Apesar de todo luxo, euforia e alegria ao seu redor, o papa não estava contente com os acontecimentos dessas semanas e ele precisava da ajuda do seu povo para rever e reparar os absurdos causados por aqueles que antes eram seus aliados, no entanto quebraram o pacto feito há milhares de anos por seus antepassados e se juntaram com o ser amaldiçoado que não tem alma e que carrega a morte para onde quer que vá, o D
Horas antes...Todos estavam se divertindo no grande salão de festas dentro do castelo, a maioria eram vampiros, depois dos lobisomens que após a junção das duas tribos, os companheiros escolhidos pela Deusa da Lua finalmente se encontraram, o que era algo raro de acontecer, agora se tornou natural. Trazendo muitos benefícios, pois os maridos infiéis serão mais devotos por causa do vínculo, e nossa raça iria se evoluir.No meio da pista de dança estavam meus casais favoritos: princesa e futura Gama Clara dançando com seu companheiro Marcus e do outro lado vi Maria Elena com o Drakon, ela pode até negar, mas o ama demais para conseguir evitá-lo.– Você me daria esta hora para dançar comigo? – Um sorriso genuíno se formou no meu rosto quando escutei a voz dele, Alec.Segurei sua mão estendida, peguei na lateral do meu vestido longo, levantando um pouco a bainha para caminhar no centro da pista. Ficamos de frente um para o outro, senti sua mão na minha cintura enquanto eu depositava a mi
– Droga! – Esbravejei quando tropecei em algo, mas me segurei em uma árvore antes de cair. Tirei meus sapatos e continuei correndo segurando o vestido dos dois lados para não tropeçar na bainha. Meus cabelos soltos voavam com a coroa em cima da cabeça sem sair. Eu enxergava a floresta com o reflexo do luar que batia nas árvores e no chão. Minhas emoções se intensificavam: raiva, medo, cansaço, confusão...Vi as tochas da aldeia que estava praticamente vazia por causa da festa de coroação, corri para a cabana em que o Lúcius encontrava-se, abri a porta e arfei quando vi que a cama estava vazia.Cadê o Lúcius?Sai do quarto e olhei ao redor o procurando, mas não vi nada além das casas e da floresta ao redor.Fechei os olhos e tentei farejá-lo, mas seu cheiro estava muito fraco. Fiquei frustrada.Então usei a ligação de sangue que temos para procurá-lo do mesmo jeito que usei quando eu briguei com o Betha Lucas e procurei o Lúcius em frente à fronteira das duas tribos.Abri os olhos e ol
À medida que o Lúcius se acalmava nos meus braços, percebi que ele se tremia muito, sua respiração tornou-se desregular até que ele caiu no chão tão rápido que só pude perceber quando o vi caído nos meus pés.Vendo aquele homem que antes era forte, musculoso e que tinha uma áurea poderosa, agora não passava de uma pessoa esquelética e fraca, mais fraca que uma criança. Ele deve ter usado muito do restante de suas forças para conseguir vir até aqui e me derrubar no chão, e a adrenalina da raiva que também estava presente, agora se dissipou.Ajoelhei-me ao seu lado e segurei sua cabeça no meu colo.– O que está acontecendo comigo? – Sussurrou ofegante.– Você só está fraco, mas eu posso te ajudar.– Me ajudar?! – Ele franziu o cenho. – Por favor, me mate! – Suplicou.– O quê!? Não! – Disse perplexa.– Eu não aguento mais! Por favor, Karolina, me mate!– Lúciu, e-eu não posso te matar, não depois de você finalmente estar de volta! Deixe-me ajudá-lo.Ele balançou a cabeça em negação.– Po
Ele me de um selinho demorado, e com a língua pediu passagem, cedi, ele estava sendo bem delicado e calmo dessa vez, até que nosso beijo se aprofundou enquanto sugávamos os lábios um do outro, lambendo. Lúcius me apertou mais contra seu corpo e soltou um gemido baixo na minha boca, era mais de alívio do que excitação. Passei a mão pela sua nunca e depois acariciei seus cabelos, eu estava extasiada e feliz por tê-lo de volta, por ter conseguido salvar sua vida, era como se nosso beijo profundo fosse a prova concreta de dizer para nós dois que estava tudo bem. Nossas respirações ficaram ofegantes, mas nenhum queria interromper o beijo, ao contrário, nos apertávamos mais ainda enquanto eu permanecia sentada nos seus braços.Com as mãos no seu cabelo e outra na nuca enquanto ele me segurava forte pela cintura, buscamos ar nos pulmões enquanto nos abraçávamos de olhos fechados.Até que ele respirou fundo, seus pensamentos o consumiam, ele parecia estar sofrendo por algo. Lúcius estava estr