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– Que merda de roupa é essa?Encarei aquele sanguessuga vestido em uns trapos e havia feito um coque horroroso no cabelo que estava parecendo mais um ninho de pássaros. Ele me encarava de volta querendo que eu o respondesse.– O que há de errado com a minha roupa? Já se olhou no espelho? Você parece um doente vestindo esses trapos.– Você está parecendo um lorde ou algo assim. – Ele levantou o braço na minha direção como se eu tivesse cometido algum crime. O olhei da cabeça aos pés como se ele fosse algum lunático.– Eu sou um Alfa, é claro que vou me vestir dessa forma.– Você não pode parecer um Alfa, tem que fingir ser algum camponês, vamos pegar o caminho que passa pelo território dos humanos para chegarmos ao Império, muitos vão querer nos parar para roubar nosso ouro.– Você está com medo de ladrões? Me poupe! Cadê os cavalos? – Olhei ao redor procurando.– Não vamos montados nos cavalos.– Como vamos então? – O encarei desconfiado.– Ali. – Ele apontou para um negócio entre as
KAROLINAA pele em que o Alec tocava se arrepiou com seu toque, fiquei tensa com essa aproximação repentina e o modo em que me olhava, parecia ter reacendido uma chama que talvez nunca tivesse apagado. Aumentei a velocidade dos meus passos para que eu pudesse me desvencilhar do seu toque, mas ele continuou firme no seu abraço, eu só pude baixar a cabeça e rezar para chegarmos logo ao castelo.– Irei me arrumar, partiremos em alguns minutos. – Falei escapando do seu aperto gentil e indo em direção ao meu quarto.– Ficarei te aguardando na entrada do castelo. – Ele falou com a voz rouca e suave, havia um brilho estranho em seus olhos verdes.Desviei a cabeça para o lado e saí de lá, pois não queria mais encará-lo.O que deu no Alec? Como ele pode ter mudado assim tão de repente? Será se foi por causa do que eu contei sobre nosso casamento e a gravidez? Aaaaaah!Resolvi não pensar mais naquilo e fui colocar minha roupa que o Drakon e a Maria Elena havia me dado. Minutos depois pus minha
Já estávamos na estrada novamente após descansarmos, a viagem era um pouco longa, levava praticamente um dia, o Sol já estava se pondo, durante esse tempo não consegui olhar nos olhos do Alec, apesar de ainda falarmos sobre os assuntos da viagem, minhas pernas começavam a formigar, nunca tinha andado de cavalo tanto tempo assim e era muito incômodo, mas não reclamei, pois deveria ser mais difícil ainda quem usava seus pés para movimentar-se.Tivemos que fazer uma nova parada, os humanos não aguentavam mais de tanto caminhar, então decidimos acender umas fogueiras para preparar alimentos.– Karolina, o Bispo Carlos quer falar com você. – Alec falou quando eu descia do cavalo.– Se ele quer falar comigo então que venha até mim. – Eu não queria ser rude, muito menos arrogante, mas o Carlos pediu por esse tratamento. Comecei a caminhar até minha tenda que já havia sedo armada.– Minha Rainha. – O Bispo falou quando chegou à tenda, eu permaneci sentada e o ignorei.Agora é minha rainha?? C
Algum tempo depois Felipe foi me chamar no lugar do Alec para partirmos, quando eu já estava entrando na carroça, o vi passar por mim, mas fingiu que não me viu. Ele realmente estava me evitando. Encurvei meus ombros e baixei a cabeça entrando na carroça, era a primeira vez que tínhamos brigado e eu não gostei nada disso. Alec não merece passar por isso, ele merece ter uma companheira e família. Peguei na minha barriga, imaginando o suposto filho que nunca tive. – Seria um bom pai. – Sussurrei. Fechei os olhos e adormeci. Acordei com o som da carroça parando, abri a cortina e já estava tudo escuro, a luz que vinha era das tochas acesas pelos soldados, não parecia que tínhamos chegado. – Por que paramos? – Perguntei confusa para o Felipe que estava em cima do seu cavalo ao meu lado. – Estamos no cruzamento entre Valiska e o Império, o Alfa escutou algo e foi averiguar. – O que escutou? – Meu coração apetou, senti que tinha algo de errado. – Um choro. – O quê? Quem foi com ele?
Ela cravou suas garras no peitoral dele, que foi pego de surpresa com o ataque e grunhiu de dor, mesmo ferido, Alec agarrou seu pescoço, retirou a garra pálida com unhas grandes e imundas de dentro dele e a jogou contra a árvore. Ela, de joelhos, começou a movimentar seu tronco para cima e para baixo como um ser louco e lunático e dava gemidos grotescos, olhando para o Alec. – Oooh... Oooh... Oooh... – A mulher gemia com sons parecidos com o de um porco e começou a sorrir dele, de repente ela girou sua coluna, batendo a cabeça nas pernas e continuava rindo. Todos estavam paralisados de medo, nenhum ser conseguiria ficar naquela posição. A mulher levantou as pernas e girou sua coluna de volta para o lugar, ficando em pé novamente de frente para o Alec, ele se posicionou esperando o ataque. Ela deu um grito horrível desestabilizando todos, fazendo os ouvidos de alguns sangrarem. O semblante de dor no Alec era mais perceptível, mas ele não baixou a guarda e continuou na posição de at
Sozinha, com o coração acelerado, adrenalina entorpecendo meu corpo, corria loucamente atrás deles e das criaturas que o capturaram. Elas ficaram mais longe, comecei a correr mais rápido, o meu grupo de soldados já não conseguiam acompanhar meus passos, o único jeito era tentar salvar a mim, Álvaro e os outros lutando até a morte.– ÁLVARO! – Gritei perdendo todos de vista.– SUPREMA! – Ele gritava pela minha ajuda, com sua voz consegui distinguir a direção que eles tinham ido. Corri novamente.De repente tudo ficou em silêncio, o som de pessoas lutando se dissipou, restando apenas o barulho da minha respiração desregular. Meu instinto de sobrevivência gritava para eu ir embora, fugir dali, mas meu dever como Suprema Alfa me fazia seguir adiante. Olhei ao redor procurando pelo Álvaro que sumiu de vista, tive que seguir meu olfato para localizá-lo. Tudo estava quieto. Quieto demais! Medo era só o que sentia, desde quando aquela coisa atacou o Alec, medo do desconhecido, eu não sabia o
Chutei no maxilar de quem segurava meu tornozelo e fui agarrada por trás de quem havia subido na pedra, com os braços pálidos, ele segurou minha cintura com força, me joguei de costas por cima daquelas pessoas, o corpo do homem que me agarrava amorteceu a queda, ele ficou sem forças para me segurar, apoiei minha duas mãos no chão e dei uma cambalhota para trás ficando de joelhos em frente a sua cabeça, cravei minhas garras lá mesmo. Outros seguraram meus braços deixando-os esticados nas laterais do meu corpo, em pé chutei os que estavam na frente, alguns queriam me morder, outros queriam me forçar a beber o sangue. Com os dois braços presos, utilizando apenas as pernas para lutar, senti uma mordida no ombro que queimou me fazendo gritar. Fechei os punhos e retraí os braços que ainda estavam sendo segurados pelas criaturas, que mesmo podendo ser humanos possuídos, tinham mais força. Consegui chegar perto da pedra e impulsionei meus pés chutando, os que me seguraram perderam o equilíbri
Senti alguém segurar meu braço e levantei a cabeça pousando a mão no pescoço dolorido. Abri os olhos e vi que estava na base do meu exército, o dia já estava amanhecendo.– Karol! – Elena correu na minha direção. – Karol, você está bem? – Ela me abraçou, eu permanecia sentada no Alec.– Sim. – Falei meio grogue.– Suprema, pensei que tivesse morrido. – Álvaro disse me ajudando a sair de cima do Alec.– Nossa Suprema é forte! Ela não morre assim tão fácil. – Revirei os olhos para o comentário do Felipe. Todos me ajudaram a descer e ir direto para minha carruagem. Havia alguns panos macios forrando o chão, sem pensar muito me deitei e voltei a dormir.****Horas depois acordei, já estava entardecendo, havia uma comida e água dentro da carruagem para mim, bebi e comi um pouco, depois saí. Olhei para a estrada e tinha um grupo de pessoas reunidas olhando para o caminho, eles cochichavam entre si e pareciam estar aflitos.– Algum problema? – Perguntei por alto.– Suprema! – Felipe correu n