Víctor, um jovem rei forçado a assumir o trono aos 20 anos de idade, estava a caçar com os seus guerreiros longe do reino. Enquanto exploravam a floresta em busca dos melhores servos para caçar, depararam-se com o belo cavalo de Luna, que estava mal amarrado e caminhava sozinho. Preocupado com a segurança do animal, Víctor pediu aos seus súbditos que o amarrassem e decidiu dar um passeio solitário pelo bosque. Aí encontrou Luna a dormir tranquilamente, encostada a um carvalho. Impressionado com a beleza da jovem, decidiu se aproximar dela, mas apenas se escondeu entre os arbustos e a observou de longe, esperando que ela acordasse para se aproximar.Luna acordou de repente, assustada e com a sensação de estar a ser observada. Quando se virou para olhar para a árvore onde o seu cavalo estava amarrado, ficou assustada ao perceber que este tinha fugido. Agora estava sozinha em território hostil e sem o seu meio de transporte, o que só aumentava a sua angústia e medo.Determinada a encontr
Luna se viu diante de uma dolorosa encruzilhada, tendo que escolher entre viver com o rei a quem fora designada para assassinar ou fugir para um destino incerto. Ela sabia que não queria se casar e que seu verdadeiro desejo era viver livremente, ajudando aqueles necessitados no reino. No entanto, a maldição que a afligia a impedia de interagir com os outros, tornando seu sonho quase inatingível. Estava enfrentando uma combinação mortal de licantropia e uma sede de sangue da qual não tinha consciência.Com uma expressão cansada e conflituosa, Luna expressou sua necessidade de tempo para pensar. A próxima lua cheia estava se aproximando rapidamente, em apenas seis dias, e se o feiticeiro fosse capaz de encontrar uma poção que controlasse sua maldição, então ela poderia considerar a proposta de casamento de Victor.― Eu preciso de tempo. A próxima lua cheia virá em seis dias. Se até lá seu feiticeiro desenvolver uma poção para aprisionar a maldição, então eu posso considerar sua proposta
Victor e a jovem princesa permaneceram na cabana. Luna, apesar de sentir uma crescente conexão com o rei, ainda estava descobrindo seu papel e seus sentimentos em relação a ele. Ela se perguntava como deveria agir, com medo de parecer muito submissa ou distante. A maldição que a afligia também a impedia de se abrir completamente e expressar seus verdadeiros sentimentos. ― Vou preparar algo para o jantar. Não sei preparar muita coisa, mas vou tentar! ― Luna quis agradar seu protetor, mesmo sem ter aptidão para a culinária. O rei apenas se recostou na cadeira e observou como ela agia e a graça de cada um de seus movimentos. Luna estava nervosa. Nunca tinha estado sozinha na companhia de um homem antes e, além disso, ele logo poderia ser seu marido. ― O Rei Daniel não estava pensando em arranjar um casamento para você? ― Victor perguntou de repente. Nervosamente, ela se virou para ele. ― Papai acha que sou nova demais para isso! E eu concordo! ― respondeu. ― Você é uma mulher adult
Gabriel, cumprindo sua missão de vigiar Luna, se aproximou da cabana e ouviu algumas risadas suaves, seguido por um vislumbre da bela garota cavalgando graciosamente pelos arredores.Ele se maravilhou com sua beleza e seus cabelos negros ao vento, reconhecendo a presença de um verdadeiro anjo na forma feminina. Essa visão fez com que ele se questionasse como Victor poderia desejar vingança contra alguém tão encantadora.Luna, percebendo a chegada de Gabriel, caminhou em sua direção, trazendo consigo seu sorriso que iluminava o lugar. Ela estava um pouco curiosa para conhecer o rapaz que agora a observava tão insistente. Mesmo que seu coração estivesse cheio de incertezas e decepções sobre seu casamento com Victor, a presença deste jovem trouxe um pouco de alívio e esperança no meio da solidão da cabana.— Vossa Alteza, eu sou Gabriel, seu servo, e estou aqui para saber se precisa de alguma coisa? — Gabriel perguntou.— Prazer em conhecê-lo senhor Gabriel, estou feliz que tenha vindo a
Victor esperava com ansiedade a chegada do feiticeiro Kalleb, seu coração batia desesperadamente, até que finalmente ele apareceu. Luna havia perdido tanto sangue que estava inconsciente, e os dois homens trocaram olhares assustados, temendo que esse fosse o fim para a jovem. Medo e apreensão estavam em seus rostos enquanto esperavam por um milagre que pudesse salvar a vida de Luna.— Diga algo! Use sua magia e salve-a! — o rei implorou ao feiticeiro.— Vossa Majestade, temo que o feitiço que usei para conter seu poder a deixou sem a capacidade de se regenerar de seus ferimentos.— Droga! Eu a matei, matei minha esposa! — Victor aproximou-se da cama, tocou sua mão e sentiu-se culpado.O rei Victor saiu do quarto, uma tempestade de fúria estava dentro de si, pronto para consumir qualquer um que ousasse cruzar seu caminho. Com determinação implacável, ele convocou os guerreiros mais destemidos Dourado, determinado a fazer justiça e descobrir quem havia ousado torná-lo viúvo antes mesmo d
Uma das criadas do castelo, sabia dos olhares trocados entre Luna e Gabriel, se sentiu desconfortável com a cena. Sem perder tempo, ela iniciou uma conversa com outras criadas, espalhando um boato que poderia ter consequências prejudiciais tanto para a rainha quanto para Gabriel. Essas palavras maliciosas rapidamente se espalharam pelos corredores do castelo, alimentando as fofocas e intrigas entre os servos e funcionários. Toda essa movimentação poderia desencadear uma série de eventos que abalariam a estabilidade do reino e colocariam em risco a reputação da rainha e o relacionamento entre Victor e Gabriel.A volta de Gabriel ao castelo tocou profundamente o coração de Victor. A amizade e o afeto de seu amigo haviam sido uma presença constante em sua vida desde que ele foi obrigado pelas circunstâncias a assumir o trono. O rei precisava pensar melhor, Victor decidiu fazer um passeio a cavalo, buscando clareza em seus pensamentos e tomar decisões.Victor não está errado em desejar que
Na suave manhã do dia seguinte, o momento tão esperado chegou para Victor, que esperava pacientemente os raios do sol beijarem o horizonte e anunciarem o amanhecer. Ele abriu as cortinas de seu quarto e olhou para a cama, como se algo importante estivesse faltando.Com ansiedade no coração e o desejo latente de compartilhar um momento especial com sua esposa, a doce e delicada presença de Luna começou a se manifestar na forma de um delicado bocejo e um sonolento bom dia enquanto ela se aproximava da mesa real. Seus olhos se abriram, curiosos e brilhantes, ela cordialmente se levantou para cumprimentá-lo, seus olhos encontrando os de Victor, que estava ali, pronto para receber o primeiro sorriso do dia.Enquanto o aroma que vina do café fresco recém-coado pairava no ar, o rei convidou Luna para se juntar a ele na refeição matinal. Aquele momento compartilhado em torno da mesa, dividindo uma comida saborosa, foi preenchido com olhares gentis. Foi então que Victor percebeu que o momento
Alguns dias se passaram, e uma falsa paz parecia se estabelecer no reino com as notícias mentirosas de que o Rei Daniel havia desistido do ataque rondando os corredores do castelo.O povo do Reino Dourado ansiava pela presença e atenção de seu amado monarca, Rei Victor. Quando seu pai ainda governava com sabedoria e compaixão, ele caminhava entre seus súditos, atento às suas necessidades e preocupações, conhecendo cada canto do castelo e o jovem não fazia o mesmo.Victor semprequis seguir os passos de seu pai, buscando ser um líder exemplar que estivesse verdadeiramente próximo de seu povo. Ele entendia a importância de nutrir uma conexão verdadeira com seus súditos e se manter informado sobre tudo o que acontecia ao redor do palácio.Sentindo o chamado do dever e que precisava urgente estar mais próximo de seu povo, Rei Victor tomou uma decisão decisiva: ele precisava ir até eles sem demora.Ele acreditava que essa era a oportunidade era boa para fortalecer os laços com seus súditos