Alguns dias se passaram, e uma falsa paz parecia se estabelecer no reino com as notícias mentirosas de que o Rei Daniel havia desistido do ataque rondando os corredores do castelo.O povo do Reino Dourado ansiava pela presença e atenção de seu amado monarca, Rei Victor. Quando seu pai ainda governava com sabedoria e compaixão, ele caminhava entre seus súditos, atento às suas necessidades e preocupações, conhecendo cada canto do castelo e o jovem não fazia o mesmo.Victor semprequis seguir os passos de seu pai, buscando ser um líder exemplar que estivesse verdadeiramente próximo de seu povo. Ele entendia a importância de nutrir uma conexão verdadeira com seus súditos e se manter informado sobre tudo o que acontecia ao redor do palácio.Sentindo o chamado do dever e que precisava urgente estar mais próximo de seu povo, Rei Victor tomou uma decisão decisiva: ele precisava ir até eles sem demora.Ele acreditava que essa era a oportunidade era boa para fortalecer os laços com seus súditos
Ao voltarerem ao acampamento, Luna e o Rei Victor foram recebidos por muitos falatórios e acusações. Era claro que, apesar dos esforços de Gabriel para conter a situação, todos diziam que a rainha havia tirado a vida da escrava e os súditos acreditavam naquela história sem dar chance para dúvida.Victor, ao lado dela, sentia a raiva borbulhar em seu peito. Estava disposto a proteger e defender sua amada esposa contra todas as probabilidades, mas sabia que enfrentar essas acusações exigiria mais do que sua vontade. Era uma batalha contra seu povo.— Vossa Alteza, você deve eliminá-la! Antes que ela devore a todos nós! — gritavam os súditos e nobres.— Luna não é culpada! — exclamou Victor. E ela estava disposta a se entregar, mas ele não permitiria.— E onde estava sua bela esposa enquanto uma vida era tirada? — perguntou um dos homens.— Comigo, no rio! — respondeu Victor imediatamente, suas roupas molhadas confirmavam sua versão dos eventos. Claro que um casal recém unido, gastaria um
Uma cena aterrorizante estava acontecendo diante dos olhos de todos. Lobisomens e soldados do reino de Flora, obviamente enviados por Daniel, estavam invadindo o reino sem piedade, causando estragos e atacando os habitantes do reino Dourado.A dor e a angústia dominaram Luna ao ver aquelas pessoas sendo atacadas pela ganância de seu pai. A cada grito de agonia, as lágrimas rolavam pelo seu rosto. Ela sabia que não podia ficar parada enquanto todos aqueles inocentes sofriam.— Ele está cansado de esperar — sussurrou ela para si mesma, decidindo que a razão de sua presença ali não era matar Victor, mas salvar o reino inteiro.Luna, assumindo a responsabilidade de uma verdadeira rainha, correu pelo castelo à procura do mago Kalleb. Ela precisava desesperadamente pedir a ele para remover o feitiço que bloqueava sua transformação em lobisomem e vampiro, embora soubesse que, às vezes, a magia enfraqueceria e permitiria que ela revelasse seu lado fera. Somente com seus poderes completos ela c
Depois da luta, Victor se aproximou de Luna e a ajudou a se levantar, enquanto todos ao redor comemoravam a rendição dos inimigos. Gabriel também foi até eles. A fumaça das tochas usadas para espantar as criaturas ainda pairava no ar. Pessoas feridas se agrupavam, temendo o que poderia acontecer, caso se transformassem.— Quem foi mordido deve ir para a igreja. Kalleb vai garantir que ninguém se transforme — avisou Victor aos feridos, e eles se dirigiram para lá.Os que se feriram de outras maneiras foram levados para a parte inferior do castelo. Uma menina tinha os joelhos raspados depois de cair ao tentar fugir dos monstros. Luna se aproximou dela e ofereceu a mão para ajudá-la a se levantar.— Vamos, pequena, eu vou cuidar de você!A menina sorriu e estendeu a mão, mas logo a retirou ao lembrar que Luna era uma criatura e que havia matado o alfa inimigo diante de todos.— O que há de errado? — perguntou Luna.Victor percebeu a situação e mandou um de seus súditos ajudar a menina a
Os conselheiros do reino não queriam deixar Victor sair de Dourado para procurar o antídoto com Luna, Gabriel e Kalleb, em uma grande cruzada pelos morros mais perigosos da região.— Vossa Majestade estaria deixando todo mundo vulnerável aos ataques do Rei Daniel de Flora. Eles invadiram nossos portões com tanta facilidade, mesmo com toda a segurança que pensávamos ter, se o rei não estivesse aqui — disseram.Victor respondeu:— Vou nomear Gabriel como Sentinela do reino enquanto estou na missão com Luna, Kalleb e alguns guerreiros.Um dos conselheiros se levantou, deu alguns passos ao redor da enorme mesa onde estavam reunidos naquela manhã e falou:— Esse rapaz não mostrou lealdade suficiente para que Vossa Alteza confie nele uma responsabilidade tão grande. Permita-me ficar à frente de tudo até seu retorno.Antes que o rei pudesse responder, Luna entrou na sala já com seu grande manto de pele de urso e pronta para partir em sua jornada para encontrar uma cura para as pessoas amaldiç
Depois de um dia cansativo procurando o antídoto, Luna, Gabriel e Kalleb se sentaram ao redor da fogueira. O calor do fogo contrastava com a tensão no ar, resultado da batalha recente e do medo de não conseguirem trazer a cura a tempo.Em silêncio, Luna quebrou a introspecção do grupo com uma pergunta:— Kalleb, o antídoto que estamos procurando... pode curar parte da maldição que eu carrego?Kalleb, com uma expressão séria, pensou um pouco antes de responder.— Luna, o antídoto é para a mordida de lobisomem e pode salvar quem foi afetado por ela. Mas a sua situação é diferente. Acredito que seu sangue carrega a linhagem original de lobisomem através do seu pai, Daniel, uma força que vai além do que conhecemos. Por isso, temo que o antídoto não tenha efeito sobre a maldição que está com você.Luna ouviu atentamente, olhando para as chamas que dançavam. Parte dela queria ser normal, mas outra parte sabia que só poderiam enfrentar os desafios com seus poderes.Gabriel, vendo a expressão
Continuando a jornada, o grupo caminhava pela floresta escura, seguindo as instruções de Kalleb. O caminho parecia cada vez mais estranho, e a luz parecia diminuir a cada passo. Em determinado momento, eles chegaram a um penhasco íngreme que precisava ser atravessado.Kalleb os alertou:— Este é o lugar. Precisamos passar por essa passagem.Eles concordaram, o penhasco era bem íngreme e a altura da queda poderia ser fatal para quem caísse.Quando chegaram ao topo, avistaram uma grande formação de cavernas, parecendo que as entranhas da terra se abriam para a morte. A formação rochosa lembrava grandes dentes caninos prestes a devorá-los.Gabriel perguntou a Kalleb:— Tem certeza de que precisamos ir para lá?— Sim, não há outra escolha — respondeu o mago.Vendo que estavam com medo, Luna tomou a frente e entrou na escuridão da caverna com seu cavalo, e os outros a seguiram.Ao entrarem na caverna, começaram a sentir que havia magia ali e algo começou a envolvê-los. Uma luz estranha ilu
No final da jornada, ao amanhecer, Kalleb estava à frente da busca. Todos estavam exaustos, mas sabiam que faltava pouco para voltarem ao Reino Dourado.Luna tentava se concentrar, com a mente dividida entre encontrar o antídoto e o que Gabriel havia dito. Ela sabia que a verdade podia ser dolorosa, mas também podia trazer clareza.Depois de um longo percurso, chegaram a uma cachoeira. O mago parou em frente a ela, ouvindo apenas o som da água, que escondia o lugar certo.Luna perguntou:— Este é o lugar certo, Kalleb?Kalleb olhou o pergaminho antigo, nervoso por achar que poderia ter levado todos para o lugar errado. Seguindo as instruções, ele assobiou alto. O eco fez a água parar de cair e revelou uma entrada com runas luminosas. Ele então decifrou o que precisava.Kalleb sussurrou para o grupo:— Este é o local onde a criatura que guarda o antídoto descansa. É uma besta única, uma Leonareria, que nasceu da fusão de uma leoa e uma criatura mágica.Luna olhou ao redor, ansiosa, enqu