Continuando a jornada, o grupo caminhava pela floresta escura, seguindo as instruções de Kalleb. O caminho parecia cada vez mais estranho, e a luz parecia diminuir a cada passo. Em determinado momento, eles chegaram a um penhasco íngreme que precisava ser atravessado.Kalleb os alertou:— Este é o lugar. Precisamos passar por essa passagem.Eles concordaram, o penhasco era bem íngreme e a altura da queda poderia ser fatal para quem caísse.Quando chegaram ao topo, avistaram uma grande formação de cavernas, parecendo que as entranhas da terra se abriam para a morte. A formação rochosa lembrava grandes dentes caninos prestes a devorá-los.Gabriel perguntou a Kalleb:— Tem certeza de que precisamos ir para lá?— Sim, não há outra escolha — respondeu o mago.Vendo que estavam com medo, Luna tomou a frente e entrou na escuridão da caverna com seu cavalo, e os outros a seguiram.Ao entrarem na caverna, começaram a sentir que havia magia ali e algo começou a envolvê-los. Uma luz estranha ilu
No final da jornada, ao amanhecer, Kalleb estava à frente da busca. Todos estavam exaustos, mas sabiam que faltava pouco para voltarem ao Reino Dourado.Luna tentava se concentrar, com a mente dividida entre encontrar o antídoto e o que Gabriel havia dito. Ela sabia que a verdade podia ser dolorosa, mas também podia trazer clareza.Depois de um longo percurso, chegaram a uma cachoeira. O mago parou em frente a ela, ouvindo apenas o som da água, que escondia o lugar certo.Luna perguntou:— Este é o lugar certo, Kalleb?Kalleb olhou o pergaminho antigo, nervoso por achar que poderia ter levado todos para o lugar errado. Seguindo as instruções, ele assobiou alto. O eco fez a água parar de cair e revelou uma entrada com runas luminosas. Ele então decifrou o que precisava.Kalleb sussurrou para o grupo:— Este é o local onde a criatura que guarda o antídoto descansa. É uma besta única, uma Leonareria, que nasceu da fusão de uma leoa e uma criatura mágica.Luna olhou ao redor, ansiosa, enqu
Luna andava pelos corredores do castelo com passos firmes. Após sonhar que havia sido abandonada pelo rei para que o Reino Dourado tivesse uma nova rainha, levantou-se da cama suada e determinada a esclarecer suas suspeitas sobre o relacionamento entre Victor e Britney. Sua mente estava uma confusão de emoções, mas uma coisa era certa: precisava saber quais eram as intenções de Victor com aquela jovem.Quando chegou à sala do trono, encontrou Victor conversando com Britney de um jeito muito íntimo para o gosto de Luna. Ela respirou fundo para controlar a raiva que estava subindo e entrou na sala com passos decididos.— Victor — disse com firmeza — precisamos conversar, a sós.Victor se virou, surpreso com a seriedade na voz dela.— Luna, minha querida, o que houve?Britney também virou para olhar, com um brilho curioso e talvez um pouco de malícia nos olhos, ao perceber que ontem eles haviam dormido em quartos separados.Victor disse, com um tom confuso:— Britney, você pode nos deixar
Victor esperou que as festividades de cura terminassem. Ele não gostava sempre que Gabriel se aproximava dela. A rainha também estava com ciúmes, pois Britney estava sempre perto de Victor e nunca perdia a oportunidade de tocá-lo. O rei estava cansado da distância entre eles, então deixou seu primo sozinho e se aproximou de Luna, dizendo:— Luna, eu gostaria de levá-la a um lugar que sempre significou muito para mim.Gabriel percebeu que estava atrapalhando uma conversa íntima e foi fazer companhia a Britney, que estava olhando para eles de longe com uma expressão furiosa.Luna olhou para ele e respondeu:— Eu adoraria, Victor! Mas acho que devemos ficar entre as pessoas, ou podem falar sobre nós.Victor sorriu ao dizer: — Eu sou o rei, ninguém ousaria dizer nada sobre mim. Vamos lá!Ela concordou, e ele pediu a um de seus súditos que selasse um cavalo para eles seguirem. Eles deixaram o reino sob o olhar de todos. Britney e Gabriel assistiram, e ela não conseguiu parar o que saiu de s
No Palácio Real de Flora, a conversa percorreu os corredores enquanto os cortesãos se reuniam para mais um banquete. A atmosfera estava cheia de tensão enquanto aguardavam as ordens de seu rei.Nos aposentos do rei Daniel, ele estava conversando com seus conselheiros mais próximos. Sua expressão era sombria e determinada enquanto discutiam os próximos passos a serem dados contra Victor e Luna, e ele exalava fúria.Daniel então disse: — Devemos começar uma campanha de difamação imediatamente, para que Victor e seu maldito reino não tenham mais aliados. Espalhe falsas histórias sobre a conduta de Victor e Luna. Dê ao povo motivos para duvidar de sua liderança.Seus conselheiros acenaram com a cabeça em concordância, prontos para colocar o plano em ação. Os corvos mensageiros foram despachados às pressas para espalhar as falsidades pelos quatro cantos do reino, enquanto os magos reais lançavam encantamentos para aumentar o alcance dos rumores.Enquanto isso, nos salões de assembléias de
Enquanto Victor e Luna estavam ocupados em uma audiência real se preparando para o possível ataque do rei Daniel, que estava unindo forças contra eles, Gabriel foi atraído para uma conversa com Britney, e ela temia que ele dissesse tudo o que ouvira no dia anterior para salvá-la do abuso. Na sala dos guardas, ele foi abordado por Britney, e ela parecia angustiada, temendo que ela fosse mandada de volta pelo Rei Victor ao saber que ela havia conspirado contra ele.Britney disse:— Gabriel, precisamos conversar. Eu sei que o que você ouviu ontem te assustou, mas me arrependo do que eu disse! Nós conspiramos contra a rainha, mas ninguém precisa saber disso!Gabriel, intrigado, concordou em ouvir o que Britney tinha a dizer. No entanto, Kalleb, o mago real, estava passando pelos corredores e ouviu partes de sua conversa com sua magia sensível ao som.Kalleb sussurrou para si mesmo: — Uma conspiração? E Gabriel está envolvido? Isso não pode ser verdade...Enquanto isso, dentro da sala do t
Gabriel acompanhou Britney até o reino onde ela vivia, mas os dois estavam furiosos um com o outro, seguindo caminhos separados. No dia seguinte, no castelo, Kalleb, o mago real, estava em sua sala mágica, olhando para a bola de cristal como sempre fazia pela manhã. Com os olhos fechados, sussurrava encantamentos antigos enquanto seus pensamentos vagavam além dos muros do reino.De repente, uma expressão de preocupação surgiu em seu rosto. Uma visão sombria se manifestou em sua mente, revelando sinais de uma catástrofe iminente que atingiria muitos. Um furacão, feroz e implacável, pairava sobre os reinos, ameaçando trazer muita destruição.Ao mesmo tempo, algo que Kalleb não esperava ver. O Rei Daniel de Flora estava no centro da tempestade, e algo terrível aconteceria com ele. Mas o que mais alarmou o mago foi a sensação de que a vida de Daniel estava em perigo, enquanto ao mesmo tempo ele poderia resolver os problemas do Reino Dourado eliminando seu pior inimigo. Ele não pretendia c
Luna despertou de um sono profundo, percebendo que estava deitada em sua antiga cama no reino de Flora. Uma luz suave filtrava-se pelas cortinas, iluminando os desenhos nas paredes ao redor. Cada linha, cada cor, cada traço traziam de volta memórias de sua infância solitária, quando ela vagava pelos corredores do castelo sem realmente entender o significado do amor de uma família.Ela se via, uma criança solitária e confusa, com seus poderes já se manifestando, buscando algo que não conseguia definir. Memórias dolorosas invadiram sua mente enquanto ela se levantava.Um dos súditos, cujo rosto era bem conhecido por Luna, aproximou-se e disse:— Bem-vinda, princesa!Ela deu dois passos para trás, estava furiosa e não era a recepção que esperava.— Chega de conversa, onde está meu pai? Como pode estar ensolarado se, há pouco, o céu estava tão escuro quanto a noite? E a tempestade?Todas aquelas perguntas de uma vez, mas nenhuma delas o intimidou, e ele respondeu:— Venha comigo, tudo o q