Arthur Markov Drummond
Rússia
5 anos antes...
Paz, a sensação de paz por ter salvado o amor da minha vida me deixa aliviado, aquela sensação era muito novo para mim. Em toda minha existência eu nunca fiz nada por ninguém, não fui um homem bom, era um desgraçado cruel, bem... Eu ainda sou. Mas algo em mim mudou quando a conheci, quando a obriguei a ser minha, quando me casei com ela, quando ela passou a viver comigo, Ariel me mudou.Quando ela foi sequestrada em um dia que para ela era muito especial, eu sabia que algo a mais iria acontecer, se eu soubesse que seria a última vez que eu a teria do meu lado, teria aproveitado cada segundo, quando o desgraçado a raptou no parque eu me vi completamente sem chão, pela primeira vez eu perdi o quase 50% por cento do raciocínio de um verdadeiro dom, era uma missão particular que me deixava tenso, era a minha mulher que corria perigo, eu tinha que salvá-la de um jeito ou de outro, para mim mais nada importava.
Enquanto eu estava desesperado para ter a minha mulher de volta houve um ataque surpresa no centro da máfia, uma organização inimiga havia passado da fronteira, e isso tudo aconteceu em um único dia que Ariel é sequestrada e eu sou "morto". Agora entendo porquê o meu pai me ensinou a ser desumano e cruel desde pequeno, era por uma situação dessas mas ele falhou eu me apaixonei por uma bela ruiva que me deu três lindos filhos.
Não me arrependo de ter me apaixonado por ela, muito pelo contrário, ela foi a luz que iluminou meu mundo sombrio foi ela quem me ensinou a amar, ela me ensinou a ser bom apenas com ela, Ariel é o oposto do que sou, ela era o que faltava em mim.
Quando fui baleado eu me vi em uma espécie de limbo, não estava no céu, mas também não estava no inferno, quando fui socorrido e levado ao hospital eu retornei, logo fui operado e enviado para o quarto, o médico falou que eu estava vivo por pura sorte, ele também me contou o estado da minha mulher, não consegui esconder a evidência do sorriso satisfeito por saber que ela estava grávida novamente.
Porém, eu sabia que era a última vez que eu a teria do meu lado, pedi para que o médico me passasse o telefone e liguei para um ancião dá máfia, chamado Bóris, ele me ajudou a forjar a minha morte até que eu pudesse aniquilar meus inimigos. Ele ficou responsável de enviar meus equipamentos para o necrotério, lá pegamos um manequim e com uma tecnologia bastante avançada fizemos pele e rosto artificial, depois de feito me mandaram uma foto comprovando a missão, estava perfeitamente igual a mim. Eu acompanhei tudo por câmeras, fiquei surpreso por vê-la torturar o Gustavo com tanta maestria, e eu pensava que era um excelente torturador.
No enterro eu estava lá, escondido atrás de árvores observando-o chorar abraçada sobre um caixão que estava enterrando um manequim, ela chamava pelo meu nome, dizia que me amava, naquele momento eu me senti o pior ser humano da terra, eu queria me aproximar dela, abraça-la, beija-la...Mas eu não podia, ficar ao lado de quem eu tanto queria poderia deixá-la em perigo.
Um mês a pós a minha morte ela foi embora da Rússia com nossos filhos e com a empregada, ela voltou para Los Angeles, nesse mesmo dia eu resolvi revelar para trevor que estava vivo, sua reação ao me ver sentado na minha poltrona na sala do líder foi... como posso dizer... Hilário, ele ficou completamente apavorado, depois que ele parou de chorar e gritar comigo eu lhe expliquei tudo o que estava acontecendo.
Um grande líder tailandês me declarou guerra, junto uma aliança formada com a máfia Mexicana, juntas elas poderiam destruir minha organização facilmente, embora a minha fosse bastante poderosa existia protocolos a ser seguido, eu não podia fazer absolutamente quase nada, Bóris estava agora encarregado junto com Trevor para descobrir onde está meu inimigo "familiar". Meu desejo era matar os inimigos de uma única vez, eu não poderia matar apenas um deles, se eu fizesse o outro saberia que estou vivo e iriam facilmente atrás do meu bem mais preciso, minha família, era um risco que eu não queria cometer.
No decorrer dos anos que foram passando, morei em diversos países, sempre trocando de lugares por ser caçado feito um animal, as vezes o Trevor me ligava para saber como estou, em uma dessas ligações o seu telefone pessoal recebeu uma chamada da minha mulher, e... por Deus! Eu sentia falta dela, de escutar a sua doce voz. Depois de forjar a minha morte Ariel mudou muito a sua personalidade, quando a ouvi revelar que havia matado colegas de trabalho com uma tranquilidade me deixou surpreso e bastante excitado, ver que agora a minha menina se tornou alguém fria e um pouco cruel, estou a dois anos sem ela, banhos gelados já eram frequentes na minha vida.
Embora eu goste da sua nova personalidade precisávamos controla-lá, não quero que ela cometa nenhum deslize ou que houvesse a possibilidade da FBI ou Interpol atrás dela. Quem diria... Uma doce princesa tornou-se assassina e cruel ela é tão gentil r inocente, agora uma mistura de fatalidade e perigo, embora não Estava mais ao seu lado eu deixei seguranças para vigia-lá, só assim eu me manteria informado de tudo que ela faz, seja bom ou ruim.
G R É C I A
DIAS ATUAIS...
Paro de fazer meus exercícios e me senti sobre o chão, assisto a tela onde mostrava perfeitamente o seu rosto, ela estava linda, ela continuou com a franja porém seus cabelos estavam um pouco menor, o corte de cabelo lhe deixava com uma expressão jovial e pura, mas seu que de pura ela não tem em nada, ela era a cópia fiel da tentação do diabo, na cama ela consegue me manipular com um simples boquete.
Depois de tomarem café ela se despede da empregada e sai do apartamento junto com os nossos filhos, nem acredito que ela teve outra menina, Nikolai e eu sofreremos para dominarmos a casa. Suzana e Estella eram muito parecidas comigo, seus cabelos eram pretos e os olhos azuis iguais aos meus, elas eram lindas, provavelmente terei dores de cabeça futuramente relacionado a namorados, eu não irei permitir, assim que tiverem com idade mais elevada as mandarei para o internato da organização, lá aprenderam a ser uma verdadeira princesa dá máfia e se casaram com um líder escolhido por mim.
Saio dos meus pensamentos quando escuto meu dispositivo tocar, me levanto do chão e me aproximo do telefone vendo uma chamada de Trevor.
— Boa tarde tutuzinho, como a minha patinha está?
— Eu já te ameacei tantas vezes sobre me chamar com esses nomes, você perdeu o medo das minhas ameaças?
— Mas é claro, você precisa de mim e não pode me matar, então irei sempre te chamar assim.
— Cuidado, minha ameaça pode de repente ser cumprida.
— Deixa de bobagem como você está?- ele volta a perguntar.
— Estou bem, na medida do possível.- respondo indo até a geladeira. — Para que me ligou?.
Ando pelo quarto com uma garrafa de água nas mãos, me aproximo da janela.
— Não posso ligar para saber como você está? - ele pergunta ofendido.
-— Deixa de enrolação homem me fale para quê ligou.
— Eu estou preocupado com você seu arrogante.- falou aborrecido. — já faz cinco anos que eu não vejo você, ao menos você me liga para dar notícias, por sorte tenho seu número.
-— Você haje como se fosse minha mulher.
— Mas eu sou! - com aquelas palavras eu arqueei a sobrancelha. — Mas é no bom sentido, o Noah não vê problema disso.
— E o casal, estão bem? - pergunto com ironia.
— Sim, o Noah sempre pede para irmos visitar Ariel e os pequenos.
— Você sabe que estão de olho neles, isso séria...- ele me interrompe completando a minha frase.
— Uma péssima idéia, eu sei.
Algum tempo depois em silêncio perguntei:
— Você tem falado com ela?
— Não muito, Ariel mudou muito depois da sua morte.
— É, eu sei.
— As vezes ligo para Matilde, ela me mantém informado de tudo que acontece na casa, eu fiquei sabendo que ela matou um homem por ter tentado roubar enquanto estava no mercado, ela havia me prometido que não deixaria mais corpo.
— Aquela mulher me enlouquece até mesmo de longe.
— Ela sente a sua falta...
— Eu também sinto a falta dela, Trevor.
Virei me para o monitor e me aproximei, pego o controle e aperto em um botão e dividiu uma tela em quatro partes, olho atentamente a câmera do seu local de trabalho, ela estava em sua sala, sentada em sua cadeira a frente da mesa sobre a mesa ela pega um porta-retrato onde contém uma foto minha, ela passa o polegar sobre o meu rosto e com uma expressão triste.
— Você deveria voltar, quem sabe os inimigos não esqueceram e pensem que realmente está morto?
— Esqueceu que eles desenterraram o meu manequim?
— Ah! É verdade, mas temos que fazer uma coisa.
— Já estou fazendo, estou esperando uma resposta, e caso dê tudo certo, voltarei para minha família.
Mudamos de assunto, ele informou que fizeram uma reunião para falar sobre Ariel, estavam achando surpreendente a sua mudança e como consegue matar a sangue frio sem deixar uma pista. Embora todos pensem que estou morto, Ariel continua sendo a rainha dos Bratva, não por eu ser apenas o líder, mas por ela ter concedido nosso filho que continuará com a linhagem quando crescer, Nikolai Markov Drummond.
Depois de encerrar a conversa com Trevor eu segui para o banheiro tomar um banho frio, embaixo do chuveiro lembro-me da minha ruivinha, meu pau fica duro, frustrado, bato na parede com força por estar me masturbando por mais de cinco anos. Todos esse tempo eu não dormi com outra mulher, eu apenas desejo unicamente ela, durante esses anos continuei louco por ela, aquela garota entrou na minha vida e mudou tudo, me viciou naquela buceta, não vejo a hora de tê-la novamente em meus braços.
Ariel DrummondOs primeiros raios solares invadem meu quarto anunciando mais um novo dia, me movo sobre a cama espalmando meu lado vazio, vejo a camisa social do meu falecido marido, pouco a peça para mim e inalei o seu perfume, puxo todo o ar e sinto-me completa para começar um novo dia. Pego meu celular sobre o criado mudo e encaro as horas, são 6h da manhã me levanto e sobre a borda da cama eu amarro meus cabelos, estico meus braços para me despertar melhor e balanço o pescoço ouvindo os estalos, quando estava prestes a me levantar para ir ao banheiro, ouço passos idênticos de uma manada no lado de fora do quarto.— Mamãe! - ouço o coral dos dois filhos, logo, eles abrem a porta com um sorriso enorme nos lábios. — É hoje! É hoje!Suzana vem na minha direção, ela espalma minhas coxas e fica entre elas, enquanto abraça meu corpo, com seus olhos azuis escuros ela me lança seu m
Ariel Drummond— Cadê o beijo da mamãe? - Chamo a atenção dos três antes de passarem pelos portões do colégio. — Não vão dar ?Suzana e Estella se aproximam, beijam minha bochecha e voltar a seguirem para dentro da escola, Nikolai virou o seu corpo começando a andar cuidadosamente afim de ser livrar dos meus beijos.— Estou esperando o seu beijo, príncipe.Ele bate as mãos e volta na minha direção fazendo bico irritado, levo minhas mãos até suas bochechas e as aperto, beijo a sua testa e sua bochechas, ele resmunga e reclama do aperto, meu pequeno é tão novinho já não aceita meus carinhos ainda mais em público. Um grupo de garotos passam por nós e encaram meu filho com sorrisos, ele se af
Ariel Drummond— Foi você quem jogou a minha boneca fora! - Suzana acusa Nikolai.— Eu não fiz isso, deve ter sido a Estella. - ele acusa a mais nova.— Isso é mentila, eu tava tomando meu suquinho. - ela se defende com a chupeta sobre a boca.Olho para ela pelo retrovisor enquanto ela observa os gêmeos discutirem, seus olhos azuis escuros se encontram com os meus no espelho do carro e cerro os olhos duvidando de sua resposta para Nikolai, logo, vejo-a sorrir cinicamente contra a chupeta na boca, não pude conter a risada.Paro o meu carro em um estacionamento de uma lanchonete, os ajudei a descer do carro e andamos em direção a entrada. Entramos no estabelecimentos e seguimos para uma mesa, ao sentarmos esperamos a garçonete se aproximar para nos atender e fazermos o pedido, depois de fazer o pedido tamanho família ficamos esperando ansiosamente para que o la
Ariel DrummondAo passar pela porta da sua nova sala, me aproximei de uma cadeira e pus a minha bolsa nela, então quanto me aproximo da janela ouço Trevor trancar a porta para que não fôssemos interrompidos.- Por que decidiu comprar um hospital?Trevor agora possui o cargo de líder dos Bratva temporariamente até que Nikolai atinja a maioridade, ou seja, seus objetos para crescer seus negócios não seria comprar hospitais, mas sim uma empresas, hotéis, cassinos ou até mesmo bordéis.- E qual o problema? É um bom investimento, a porcentagem de natalidade é extremamente alta.- Sabe tão bem quanto eu que está mentindo, seus interesses são outros, empresas bem influenciadas pela mídia e nos negócios.Trevor se aproximou da cadeira e segurou-se, percebo a sua inquietação, eu sabia.- Para uma médica está muito
Arthur DrummondSHANGHAI-CHINANOVE E MEIA DA MANHÃ..Ouço sons de carro pelas ruas que invadem meu ouvido me causando irritação, enquanto ando pelas ruas escuto choros de criança enquanto as mães puxam pela multidão, homens passam com pedaços enormes de carne nas costas em direção às bancas para vender no meio da rua, esbarro em algumas pessoas quando tento seguir o GPS. Eu vestia uma túnica preta com uma calça por baixo, os sapatos que usava eram baixos e confortáveis, nada do que estava vestindo no momento se compara com o que uso no meu dia a dia.— Eu quero um pastel de frango. - falo pausadamente para a vendedora na minha
Arthur DrummondEscuto o sino da escola tocar informando que as aulas do dia haviam se encerrado, encaro o relógio do meu pulso verificando o horário. Olho de um lado para o outro com um óculo de sol, estava vestido completamente de preto para que não seja reconhecido por nenhum membro inimigo. Alguns carros de pais e responsáveis esperam para os portões se abram e liberem as formigas. Os gritos de felicidade são ouvidos no lado de fora, observo a cara de velório dos pais, o ninho de formigas é solto, observo atentamente para encontrar os meus filhos, ao vê-los, eles se encostam no portão esperando a van que os levarão de volta para casa.Quando a maioria das crianças e pais vão embora, eu me aproximo dos três em passo cautelosos, assim que Suzana e Estella me encaram, abrem um pequeno sorriso, porém Nikolai, me encara com uma certa desconfiança, ao tirar os óculos Est
Ariel DrummondNo estacionamento do hospital, olho o relógio pela milésima vez, impaciente eu envio outra mensagem para Trevor perguntando onde estava, nada, o filho da mãe sequer teve a coragem de me avisar que se atrasaria. São 16h da tarde, meu expediente encerrou mais cedo por onde do meu cunhado/chefe, ele me fez sair antes do horário normal para irmos ao aeroporto esperar o Noah.Não entendi muito quando ele me deixou sozinha no refeitório e saiu, e agora, me pede para sair mais cedo do trabalho avisando que iríamos esperar a chegar de Noah da Rússia. Bato os pés no chão com as mãos cruzadas, olho novamente para a minha vaga controlando a minha raiva por meu carro não estar na onde deveria, Trevor teve a ousadia de enviar meu carro de volta para casa. Ouço uma buzina próximo de mim, encaro e veículo e vejo o infeliz balançar as mãos e me chamar com um sorriso cínico no rosto.— Está esperando por mim ruivinha?
Ariel Drummond— Não vejo a hora de irmos para alguma boate juntos! - Noah diz com entusiasmo. — Vou te arrumar homens deliciosos.— Deus que nos proteja.. - Trevor murmura.— Eu não sei se isso é uma boa ideia.— Não esquenta ruivinha, temos muito tempo quanto a isso.— Eu não sei.. Você sabe que odeio boates.— Na primeira e última vez foi.. - Trevor interrompe Noah.— Foi terrível, faltou pouco para o Arthur acabar com a minha raça.— Eu lembro que você apareceu todo molhado na boate. - Noah sorri por lembrar. — A valente desmaiada nos braços do marido após me ver.Pouso a cabeça sobre a janela do carro tentando desligar a minha mente, tento não ouvir a conversa, mas é inevitável, são lembranças que ele fez parte, antes que uma lágrimas descesse dos meus olhos eu as enxuguei.— Lembro-me