Arthur Drummond
SHANGHAI-CHINA
NOVE E MEIA DA MANHÃ..
— Eu quero um pastel de frango. - falo pausadamente para a vendedora na minha frente.
Estava em frente a uma barraca de lanche na rua, a essa hora ainda não havia me alimentado, havia saído as pressas.
— No intendi Deus gregu. - a mulher diz em um sotaque russo terrível.
— Um caralho de um pastel de frango! - repito controlando meus nervos.
Sou líder mafioso que por enquanto estou morto, aprendi vários idiomas durante toda a minha vida, menos o idioma chinês ou
japonês, achava que nunca a traria em terras inimigas. Aponto para o vidro onde haviam pastéis e logo a infeliz entende e pega o salgado colocando-o em uma sacola, pago com uma cédula de 100 renmibi e nego o troco, a mulher arregala os olhos contente começa a agradecer. Começo a andar novamente pelas ruas, meu único motivo de estar na China era na intenção de me aliar com um líder chinês para conseguir despistar meus inimigos, que agora me caçam como animais, esse foi meu motivo de ter forjado a minha morte, para proteger a minha família do inferno que agora vivo, as duas máfia que se aliaram e declararam guerra para me destruir estão focados em me encontrar.Jing Chang é considerado um homem bastante perigoso em seu país, os Yakuza ou qualquer outra máfia não tem permissão para virem para esse lado da cidade, mas
para mim, sabendo da minha visita ele abriu uma excessão. Seu motivo por ter me aceitado que ainda não sei talvez estejarelacionado a algo que eu tenho a oferecer, se não fosse ele jamais teria me aceitado, já estava na China alguns dias, quando Trevor me ligou para bater "papo" os líderes da máfia tailandesa e mexicana conseguiram me rastrear, mas por sorte eu havia deixando a Grécia horas antes.Estou há cinco anos vivendo desse tormento, se eu conseguir me aliar com Jing Chang finalmente poderei voltar para casa, voltar para a minha família, sei que será difícil explicar para Ariel, provavelmente ela irá arrancar a minha cabeça ou até mesmo não me aceite em sua vida, mas tudo que eu fiz foi por amor, foi para protegê-los.
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Com a visão lúcida eu observo a mesa que estava na minha frente, encaro a cadeira ocupada, provavelmente seja Jing Chang, ele me encara com olhos fuzileiros e atentos, antes de falar alguma coisa a porta é aberta, uma mulher passa com uma bandejas nas mãos onde havia uma garrafa de vinho acompanhado com dois copo, ao colocar sobre a mesa ela se retira da sala.
— Ótima forma de receber seus convidados. Você não é meu convidado Drummond,
— Pelo que sei é você quem está aqui por uma possível aliança, certo?
— Sabe tão bem quanto eu do porque estou aqui.
— Mas é claro. - ele sorri sem humor. — Não procuro saber o que outras faziam estão fazendo, mas notícias no mundo do crime falam, a máfia tailandesa e mexicana estão loucos atrás de você.
— Estou ciente de que meus fãs querem a minha cabeça.
— Não só a sua cabeça, mas todo o seu império.
— Por isso estou aqui.
— Diga-me, sr. Drummond, o que fez para irritar as duas máfias que juntas fizeram você forjar a própria morte? Em detalhes por favor.
Penso seriamente sobre contar para ele, porém, se eu quero voltar para a minha família, eu precisava.
— Há nove anos atrás eu recebi uma série de ameaças de um líder mafioso tailandês, ele queria destruir a organização de meu pai por uma questão que mais a frente irei contar, ele disposto a esquecer dessa possível guerra se eu decidisse me casar com a sua primogênita.
— E você aceitou?
— Aceitei, mas a minha intenção não era me casar, mas sim matar o desgraçado.
— Então você mentiu em aceitar por conveniência?
— Exatamente, minhas reais intenções era matar o líder, Heron Roux, porém só teria acesso a máfia se eu forjas se a falsa aliança.
— E porque decidiu mata-lo ao invés de casar-se?
— Pela série de ameaças, nunca lidei bem com chantagens, e também por um motivo maior.. O líder que estava me declarando guerra era irmão de minha mãe, meu tio.
— Então.. É briga de família.
— Quase isso.
— Hum.. Interessante! E quanto a mexicana?
— Heron Roux fez um acordo com a máfia mexicana prometendo mais riqueza e poder, ele sabia que as duas organizações juntas poderiam facilmente me destruir.
Jing Chang absorve toda a informação recebida enquanto fuma o seu charuto, ele arruma sua posta e pousa as mãos sobre a mesa.
— Do que precisa Drummond?
Fiquei surpreso com a sua pergunta, não imaginaria que de fato aceitaria.
— Visibilidade, proteção, por um período em Los Angeles até conseguir voltar para Rússia.
— O que tem em Los Angeles?
— Esposa e filhos.
— Forjou a própria morte para protegê-los?
— Sim. - confirmo.
— Tem certeza que é um bratva? - ele pergunta sorrateiro.
— As vezes me pergunto a mesma coisa.
— Não lhe julgo, eu faria a mesma coisa para proteger a minha família. Mas..
— O que quer em troca?
Pergunto o óbvio, nenhum líder mafioso faz algo por compaixão ou solidariedade, somos gananciosos, sempre querendo algo em troca que fortaleça o nosso poder.
— Suas famosas submetralhadoras, AK-47 e tanques de guerra.
Ele responde com um sorriso no rosto, algo me dizia que faltava mais.
— Sei que não é só isso, o quê mais? -
Jing Chang sorri abertamente e fala:
— Não é atoa que estão atrás de você Drummond, mas é algo que sempre quis provar, disseram ser a bebida mais forte de seu país, quero galões da bebida Kvass.
— Tudo bem, você os terá.
Concordei sorrindo cinicamente, todos clamam por essa bebida dos infernos, é a bebida que mata a sede dos russos.
Após aliança ser feita eu viajei para Los Angeles, agora poderei ver o que a minha linda e adorável esposa estava fazendo, ainda não irei me aproximar e revelar que estava vivo, preciso de mais tempo para bolar um plano e revelar que estou vivo.
O apartamento em que eu estava era o mesmo que um dia planejei para que ela morasse, o condomínio era dela, porém, ela não havia alugado ou vendido nenhum apartamento. Comecei a observa-la através das câmeras instaladas no apartamento, no trabalho, tudo. Liguei para Trevor por um dispositivo que era incapaz de ser rastreado, o atualizei dos meus planos e afirmando que havia conseguido aliança, comecei a conversar as possíveis chances de me aproximar da minha família, eu deveria tomar cuidado, foi aí que eu pedi para Trevor comprar o hospital em que minha mulher trabalhava.
Adorava observar as reações da minha ruivinha, ela está tão mudada, mais decidida, e embora aquilo pudesse me matar no futuro, eu estava feliz por seu avanço, ela estava uma puta de mulher resolvida.
Na manhã seguinte levantei-me cedo para enfim ter informações novas de Ariel, embora eu soubesse do que faz, não sabia se ela estava se envolvendo com alguém, depois que Trevor se apresentou no hospital como o novo dono, Ariel e ele foram até uma sala para conversar. Minha mulher vestida com seu uniforme de merda desperta um desejo incandescente dentro de mim, imaginei várias cenas dela me curando de seca que estou por tanto tempo, enquanto os observava e escutava aquela conversa eu tirei as minha dúvidas, ela ainda me ama e não me esqueceu, mas de repente meus demônios se manifestam quando Trevor a incentiva a fazer o que estava fora de questão.
— Você deveria seguir a sua vida! —
Desgraçado!
— Já faz cinco anos, você merece encontrar outra pessoa! —
Tenho que me lembrar de matar o Trevor depois.
Transtornado, desligo o a câmera tentando controlar a minha raiva, por escutar a baboseira de Trevor de incentiva-la a me esquecer, a se envolver com outro a não ser eu, jamais permitiria que ela ficasse com outro.
Ela é minha!
Arthur DrummondEscuto o sino da escola tocar informando que as aulas do dia haviam se encerrado, encaro o relógio do meu pulso verificando o horário. Olho de um lado para o outro com um óculo de sol, estava vestido completamente de preto para que não seja reconhecido por nenhum membro inimigo. Alguns carros de pais e responsáveis esperam para os portões se abram e liberem as formigas. Os gritos de felicidade são ouvidos no lado de fora, observo a cara de velório dos pais, o ninho de formigas é solto, observo atentamente para encontrar os meus filhos, ao vê-los, eles se encostam no portão esperando a van que os levarão de volta para casa.Quando a maioria das crianças e pais vão embora, eu me aproximo dos três em passo cautelosos, assim que Suzana e Estella me encaram, abrem um pequeno sorriso, porém Nikolai, me encara com uma certa desconfiança, ao tirar os óculos Est
Ariel DrummondNo estacionamento do hospital, olho o relógio pela milésima vez, impaciente eu envio outra mensagem para Trevor perguntando onde estava, nada, o filho da mãe sequer teve a coragem de me avisar que se atrasaria. São 16h da tarde, meu expediente encerrou mais cedo por onde do meu cunhado/chefe, ele me fez sair antes do horário normal para irmos ao aeroporto esperar o Noah.Não entendi muito quando ele me deixou sozinha no refeitório e saiu, e agora, me pede para sair mais cedo do trabalho avisando que iríamos esperar a chegar de Noah da Rússia. Bato os pés no chão com as mãos cruzadas, olho novamente para a minha vaga controlando a minha raiva por meu carro não estar na onde deveria, Trevor teve a ousadia de enviar meu carro de volta para casa. Ouço uma buzina próximo de mim, encaro e veículo e vejo o infeliz balançar as mãos e me chamar com um sorriso cínico no rosto.— Está esperando por mim ruivinha?
Ariel Drummond— Não vejo a hora de irmos para alguma boate juntos! - Noah diz com entusiasmo. — Vou te arrumar homens deliciosos.— Deus que nos proteja.. - Trevor murmura.— Eu não sei se isso é uma boa ideia.— Não esquenta ruivinha, temos muito tempo quanto a isso.— Eu não sei.. Você sabe que odeio boates.— Na primeira e última vez foi.. - Trevor interrompe Noah.— Foi terrível, faltou pouco para o Arthur acabar com a minha raça.— Eu lembro que você apareceu todo molhado na boate. - Noah sorri por lembrar. — A valente desmaiada nos braços do marido após me ver.Pouso a cabeça sobre a janela do carro tentando desligar a minha mente, tento não ouvir a conversa, mas é inevitável, são lembranças que ele fez parte, antes que uma lágrimas descesse dos meus olhos eu as enxuguei.— Lembro-me
Ariel DrummondOs flocos de neve começa a cair enquanto eu olhava para o seu rosto, eu deslizo a minha mão em sua face e encaro o belo sorriso de felicidade em seus lábios por ter me salvado, por me resgatar, por me trazer de volta para sua vida. Meu coração bate como tambor, sinto uma sensação boa relacionada a ele, é isso, não tenho dúvida desse sentimento, eu o amo.— Arthur.. - menciono a sua voz e encaro aqueles olhos que me seduz, que me hipnotiza.— Princesa.. - ele fala aquele doce apelido que pôs em mim.Sinto minhas bochechas esquentarem envergonhada. Minutos atrás eu me encontrava aflita, pensando que acabaria morta e que não o veria mais, que não veria mais os meus filhos, que Arthur não me salvaria mas ele conseguiu, ele me salvou e tirou das garras daquele maluco, naquele momento eu percebi que o amava. Mas minutos depois o seu sorriso foi se desfazendo, seu corpo é atingido por uma bala e me
Ariel Drummond— Você está bem? - Anthony pergunta.— Estou.Pego a prancheta da sua mão e começo a andar pelo corredor do hospital, já era 8h da manhã, não havia muito a se fazer, não havia muitos pacientes para atender.— Queria saber... - ele pigarreia. — Gostaria de sair à noite comigo?— Não posso Anthony, tenho visitas em casa.— Ahh! Então... Quem sabe outro dia?— Sim, quem sabe..Na recepção do hospital, sentia olhares direcionados a mim, algumas de pacientes e outros de seguranças do hospital, me sentia intimidada. O dia no hospital passou tranquilo, Anthony e eu atendemos alguns pacientes, almoçamos juntos no refeitório com Victoria que já tinha fofocas do dia.Assim que bateu 17h da tarde eu me despedi deles e fui para o estacionamento, sentia vontade de permanecer no trabalho, mas obviamente Noah viria até
Ariel DrummondO carro é estacionado em frente a boate que Noah desejava tanto vir, olhamos através da janela o enorme letreiro e uma fila, na entrada havia um grupo de seguranças avaliando identidades.— Estou bonita? - pergunto ao Noah.— Está muito gostosa, tomara que pegue algum cara bonitinho.— Bonitinho?— Sim, sinto muito, o mais bonito será eu nessa boate. - diz todo convencido.Saímos do carro após estacioná-lo em uma vaga, nos aproximamos da fila. Minutos depois mostramos nossa identidade ao segurança, antes de avançar o segurança me barrou com um sorriso malicioso nos lábios.— Boa noite gatinha.— Não vem não meu filho ...- Noah me empurra para dentro da boate. — Essa ruivinha vai dar pra um gostosão!Sorrimos abertamente pela atitude sua inesperada, após passarmos pela grande porta que era banhada de ouro maciço, encaramos o esplendor dentro daquele l
Ariel Drummond01:20H DA MANHÃ..— Como a galinha gritaria pelas ruas para vender drogas? - Noah pergunta enquanto estávamos no banco do dar sentados.— Eu não sei, como? - pergunto segurando a risada.— Pó pó pó..Caímos na gargalhada por aquela piada sem graça, batemos na bancada do bar chamando atenção dos funcionários da boate, nos encaramos recuperando o fôlego e voltamos a rir. O barman nos olha com desdém por ainda estarmos na boate, a festa já a havia acabado e muito já tinham ido embora, só resta a o Noah e eu no bar. Noah estava com uma pequena garrafa de água na mão e na minha um copo de vodka, como o Noah iria dirigir não bebeu mais, paramos de fazer piadas velhas e sem graças e observo ele me encarar com um belo sorriso.— Faz tempo que não via um sorriso espontâneo seu.— Eu não me sinto tão bem assim há mu
Arthur DrummondParado em frente ao monitor vejo a notícia que está em todos os noticiários e sites de fofocas, a máfia inimiga haviam criado uma nota falsa envolvendo a minha organização, em fotos e notícias da telefone deixaram o símbolo da Bratva, era isso, estão chegando. Estou farto dessa guerra, não quero aliança muito menos trégua,mas sim destruí-los, esmaga-los como insetos que são e os enviar diretamente para o inferno. Minha mulher e filhos estão sendo alvo fácil para eles e isso me preocupa, porém, com o acordo que fiz com King Chance, agora poderei tê-los de volta na minha vida, irei recuperar o tempo que foi perdido.Saio do monitor e invadi as câmeras de segurança, observo ela trancar a porta do quarto e seguir para o banheiro, ela tira a roupa e eu admiro aquele co