Arthur Drummond
Escuto o sino da escola tocar informando que as aulas do dia haviam se encerrado, encaro o relógio do meu pulso verificando o horário. Olho de um lado para o outro com um óculo de sol, estava vestido completamente de preto para que não seja reconhecido por nenhum membro inimigo. Alguns carros de pais e responsáveis esperam para os portões se abram e liberem as formigas. Os gritos de felicidade são ouvidos no lado de fora, observo a cara de velório dos pais, o ninho de formigas é solto, observo atentamente para encontrar os meus filhos, ao vê-los, eles se encostam no portão esperando a van que os levarão de volta para casa.
— Homi do docinho!
— Olá pequena, - as cumprimento com um pequeno sorriso.
Minha vontade era de abraça-los com toda a força que habita em meu corpo, eu apenas os via através de câmeras de segurança durante cinco anos, isso me causa revolta por tudo que perdi, eu perdi o nascimento de Estella, os primeiros passos de Suzana e Nikolai, até mesmo o aniversário da noite anterior.
— O que veio fazer aqui? - Suzana perguntou enquanto segurava a mão de Estella fortemente.
— Eu trouxe mais doces, - tiro do meu casaco três pirulitos enormes e entrego as duas.
No dia anterior eu havia lhes trazido três pirulitos como hoje, porem Nikolai não aceitou e dei as duas irmãs. Novamente estendo o terceiro doce para ele, com receio, ele cerra os olhos e segundos depois ele pega o pirulito da minha mão.
— Eu te conheço? - ele pergunta desconfiado.
— Sou papai Noel.
— E cadê a sua barba? - Suzana pergunta enquanto chupa seu pirulito.
— Eu a cortei, ela crescerá no Natal.
— Papai Noel...- Estella se aproxima puxando o meu casaco. — Eu quelo falar da minha listinha de Natal.
— E qual seria, pequena?
— Um caçolinho, um cavalo e poiquinho.
Não consigo entender a sensação que estou sentindo, ela era muito fofa, uma doçura que não havia duvida que era a copia fiel da minha esposa, naquele instante uma van se aproxima e os três vão para o veículo, observo-o de longe indo embora.
Ouço uma risada atras de mim acompanhando com palmas, viro o meu corpo e encaro Trevor com um olhar sério e maxilar travado, aperto meus punhos, me controlo para mão ir para cima dele.
— Oi papai! - ele afina sua voz caminhando na minha direção com urso sobre as mãos. — Não arranque meu coração por ter aconselhado a sua esposa. - Faz bico ao se aproximar.
— Você é mesmo um desgraçado! - lhe dou um soco no ombro
— Au! Doeu!
— Você merece mais do que um soco.
— E você não?
Ando para o seu veículo e sento no banco do passageiro logo, ele assume o volante.
— Sabemos que em poucas semanas ou dias, serei um homem morto. - suspiro enquanto Trevor liga o carro e começa a andar pelo trânsito. — ela vai me matar porra!
— Jogarei suas cinzas no mar.
Enquanto dirige, Trevor me explica o que Ariel havia lhe contado, era algo delicado que querendo ou não, causou inquietação em mim, juntos então decidimos investigar o que de fato aconteceu, minha mulher e filhos podem estar sendo alvos das máfias inimigas, provavelmente devem estra sabendo da minha aliança temporária coma máfia chinesa.
— Você está se arriscando demais, é estranho e perigoso falar com os seus filhos.
— O que eu posso fazer Trevor? Já passei muito tempo longe deles, não quero me privar mais de nada.
O carro dele é estacionado, paramos no meio do estacionamento e antes de sairmos, Trevor chamou a minha atenção.
— Para sua família você ainda está morto, e seus inimigos podem saber que você está em Los Angeles, não estou pedindo para parar de vê-los, mas de se ocultar.
— Por isso vamos ser rápidos, pretendo leva-los de volta para a Rússia ainda este mês.
Descemos do carro em torno do local procuramos algumas câmeras de segurança, mas não havia algum rastro. Trevor e eu decidimos andar pelas redondezas a procura de alguma câmera que tenha captado alguma coisa, andando por alguns minutos vimos um estabelecimento comercial onde havia câmeras de segurança, pedimos ao dono para olharmos as gravações da noite anterior, o homem ficou receoso em fazê-lo, mas demos uma quantia em dinheiro e logo liberou as imagens.
Em frente ao monitor Trevor começou a vasculhar cada vídeo de gravação que nos leve alguma pista, ele olhava para as gravações que nos leve alguma pista, ele olhava cada minuto com toda paciência do mundo, mas já estava ficando impaciente.
— Caralho Trevor, avança essas fitas!
— A impaciência e inimiga da perfeição, com cautela e cuidado nada se passará despercebido.
Enquanto ele fala da paciência encaro o monitor observando uma movimentação estranha.
— Tá bom senhor cauteloso, esse deve ser o homem. - Paro a gravação e aponto para a tela.
O vídeo mostra um veiculo preto sem placa estacionar longe da lanchonete onde estava minha mulher e meus filhos, dois homens descem do veiculo e começam a conversar um vestia um terno, o outro vestia roupas gastadas, calça jeans e camisa azul, o de terno entregou-lhe uma faca constatei ser a que Ariel usou contra ele, o homem pegou o objeto um pouco nervoso. A gravação não mostra bem o rosto dos suspeitos, também não podíamos ouvir o que falava, o que lhe foi estreado a arma andou na direção da lanchonete, o homem de terno entrou no veículo continuou no local, minutos depois o veículo de Ariel passou por ele, o veículo que estava parado ligou o veículo e foi embora.
— Com certeza as duas máfias estão por trás disso.
— Que porra..— O que pretende fazer?— Eu ainda não sei Trevor!— Sabe que eles estão correndo perigo, é bom saber logo.— Porra Trevor, eu estou ciente disso, por isso você está aqui.— Que obra maligna você está inventado?— Você vai ficar na cola dela até eu resolver o que vou fazer.— Como é que é? ela não vai me querer por perto o tempo todo.— A obrigue a aceitar! Se for possível frequente a casa e durma lá, ou melhor...— Ah não Arthur, eu vou ficar sem transar por sua causa.— Peça para que o seu namorado venha para Los Angeles, ele não sabe que estou vivo, com ele aqui será uma boa desculpa para que vocês fiquem no apartamento dela.
— Não seria mais fácil você falar para ela que está vivo e voltarem para Rússia.
Deixamos o local e voltamos para o veículo, enquanto Trevor dirigia, tento explicar.
— Não é tão simples assim, o vídeo mostrou que estão na cola dela provavelmente estão vigiando tudo que ela faz, eu preciso tirar esses caras da cola da minha mulher.
— Isso vai ser difícil rastrear algum, bem conseguimos ver a placa do veículo que estavam.
— Use a cabeça Trevor, eles estão atrás dela estão muito bem informados do que ela faz no dia a dia, estão no trabalho dela, vigiando-a.
— Isso faz total sentido.
— E por que faz? - Pergunto desconfiado.
— Tem um cara no hospital que vive atrás dela, mostra que ele tem um certo interesse por Ariel.
— O vigie de perto, dobre os soldados para ficarem de olho nos dois, qualquer pessoa perto ou longe dela é um suspeito.
Ariel DrummondNo estacionamento do hospital, olho o relógio pela milésima vez, impaciente eu envio outra mensagem para Trevor perguntando onde estava, nada, o filho da mãe sequer teve a coragem de me avisar que se atrasaria. São 16h da tarde, meu expediente encerrou mais cedo por onde do meu cunhado/chefe, ele me fez sair antes do horário normal para irmos ao aeroporto esperar o Noah.Não entendi muito quando ele me deixou sozinha no refeitório e saiu, e agora, me pede para sair mais cedo do trabalho avisando que iríamos esperar a chegar de Noah da Rússia. Bato os pés no chão com as mãos cruzadas, olho novamente para a minha vaga controlando a minha raiva por meu carro não estar na onde deveria, Trevor teve a ousadia de enviar meu carro de volta para casa. Ouço uma buzina próximo de mim, encaro e veículo e vejo o infeliz balançar as mãos e me chamar com um sorriso cínico no rosto.— Está esperando por mim ruivinha?
Ariel Drummond— Não vejo a hora de irmos para alguma boate juntos! - Noah diz com entusiasmo. — Vou te arrumar homens deliciosos.— Deus que nos proteja.. - Trevor murmura.— Eu não sei se isso é uma boa ideia.— Não esquenta ruivinha, temos muito tempo quanto a isso.— Eu não sei.. Você sabe que odeio boates.— Na primeira e última vez foi.. - Trevor interrompe Noah.— Foi terrível, faltou pouco para o Arthur acabar com a minha raça.— Eu lembro que você apareceu todo molhado na boate. - Noah sorri por lembrar. — A valente desmaiada nos braços do marido após me ver.Pouso a cabeça sobre a janela do carro tentando desligar a minha mente, tento não ouvir a conversa, mas é inevitável, são lembranças que ele fez parte, antes que uma lágrimas descesse dos meus olhos eu as enxuguei.— Lembro-me
Ariel DrummondOs flocos de neve começa a cair enquanto eu olhava para o seu rosto, eu deslizo a minha mão em sua face e encaro o belo sorriso de felicidade em seus lábios por ter me salvado, por me resgatar, por me trazer de volta para sua vida. Meu coração bate como tambor, sinto uma sensação boa relacionada a ele, é isso, não tenho dúvida desse sentimento, eu o amo.— Arthur.. - menciono a sua voz e encaro aqueles olhos que me seduz, que me hipnotiza.— Princesa.. - ele fala aquele doce apelido que pôs em mim.Sinto minhas bochechas esquentarem envergonhada. Minutos atrás eu me encontrava aflita, pensando que acabaria morta e que não o veria mais, que não veria mais os meus filhos, que Arthur não me salvaria mas ele conseguiu, ele me salvou e tirou das garras daquele maluco, naquele momento eu percebi que o amava. Mas minutos depois o seu sorriso foi se desfazendo, seu corpo é atingido por uma bala e me
Ariel Drummond— Você está bem? - Anthony pergunta.— Estou.Pego a prancheta da sua mão e começo a andar pelo corredor do hospital, já era 8h da manhã, não havia muito a se fazer, não havia muitos pacientes para atender.— Queria saber... - ele pigarreia. — Gostaria de sair à noite comigo?— Não posso Anthony, tenho visitas em casa.— Ahh! Então... Quem sabe outro dia?— Sim, quem sabe..Na recepção do hospital, sentia olhares direcionados a mim, algumas de pacientes e outros de seguranças do hospital, me sentia intimidada. O dia no hospital passou tranquilo, Anthony e eu atendemos alguns pacientes, almoçamos juntos no refeitório com Victoria que já tinha fofocas do dia.Assim que bateu 17h da tarde eu me despedi deles e fui para o estacionamento, sentia vontade de permanecer no trabalho, mas obviamente Noah viria até
Ariel DrummondO carro é estacionado em frente a boate que Noah desejava tanto vir, olhamos através da janela o enorme letreiro e uma fila, na entrada havia um grupo de seguranças avaliando identidades.— Estou bonita? - pergunto ao Noah.— Está muito gostosa, tomara que pegue algum cara bonitinho.— Bonitinho?— Sim, sinto muito, o mais bonito será eu nessa boate. - diz todo convencido.Saímos do carro após estacioná-lo em uma vaga, nos aproximamos da fila. Minutos depois mostramos nossa identidade ao segurança, antes de avançar o segurança me barrou com um sorriso malicioso nos lábios.— Boa noite gatinha.— Não vem não meu filho ...- Noah me empurra para dentro da boate. — Essa ruivinha vai dar pra um gostosão!Sorrimos abertamente pela atitude sua inesperada, após passarmos pela grande porta que era banhada de ouro maciço, encaramos o esplendor dentro daquele l
Ariel Drummond01:20H DA MANHÃ..— Como a galinha gritaria pelas ruas para vender drogas? - Noah pergunta enquanto estávamos no banco do dar sentados.— Eu não sei, como? - pergunto segurando a risada.— Pó pó pó..Caímos na gargalhada por aquela piada sem graça, batemos na bancada do bar chamando atenção dos funcionários da boate, nos encaramos recuperando o fôlego e voltamos a rir. O barman nos olha com desdém por ainda estarmos na boate, a festa já a havia acabado e muito já tinham ido embora, só resta a o Noah e eu no bar. Noah estava com uma pequena garrafa de água na mão e na minha um copo de vodka, como o Noah iria dirigir não bebeu mais, paramos de fazer piadas velhas e sem graças e observo ele me encarar com um belo sorriso.— Faz tempo que não via um sorriso espontâneo seu.— Eu não me sinto tão bem assim há mu
Arthur DrummondParado em frente ao monitor vejo a notícia que está em todos os noticiários e sites de fofocas, a máfia inimiga haviam criado uma nota falsa envolvendo a minha organização, em fotos e notícias da telefone deixaram o símbolo da Bratva, era isso, estão chegando. Estou farto dessa guerra, não quero aliança muito menos trégua,mas sim destruí-los, esmaga-los como insetos que são e os enviar diretamente para o inferno. Minha mulher e filhos estão sendo alvo fácil para eles e isso me preocupa, porém, com o acordo que fiz com King Chance, agora poderei tê-los de volta na minha vida, irei recuperar o tempo que foi perdido.Saio do monitor e invadi as câmeras de segurança, observo ela trancar a porta do quarto e seguir para o banheiro, ela tira a roupa e eu admiro aquele co
Ariel Drummond— O que deseja falar para mim?— Muitas coisas aconteceram nesses últimos anos, Ariel. Máfias inimigas estão querendo acabar com a nossa irmandade.— Mas por que estão planejando isso? Por que não me disse nada?!— Pelo poder ruivinha, não te contei para não deixar preocupada.Já no apartamento, Trevor e eu abrimos a porta e tento guiar o Noah que ainda estava em choque para o andar de cima, porém, Trevor chamou a minha atenção para que o deixasse sobre o sofá.— Temos que coloca-lo na cama.— Não podemos ficar nesse apartamento, temos duas horas para abandonar o local.— Do que você está falando?— Temos que voltar para Rússia, o único lugar seguro para você e seus filhos é próximo a organização.Escuto suas palavras voltando a me lembrar de anos atrás, reprimindo aqueles pensamentos, balanço q cabeça em negação.— Eu não posso voltar pa