Aparecemos junto com todos os outros.
- Deu certo! - Lúcifer comemorou.Um tremor nos derrubou no chão.- Um lobisomem gigante? - Lúcifer assustou ao olhar para trás.- Meio-gigante, na verdade - ele respondeu.- Mantelar! Pensei que se mantinha escondido - eu disse ao reconhecê-lo.- Existem mais comunidades de Gigantes agora, por aqui, muito mais, alguns até pediram para virar lobos, também, mas ninguém fez nada na ausência de vocês. Decidi que não era mais hora de me esconder. Eu sei que vocês acabaram de sair de uma luta, mas aparentemente, vem mais por aí. Seres conhecidos por anjos, apesar de não gostarem desse nome, atacaram e aparentemente tentarão escravizar a todos no planeta.- É exatamente o que Mantelar está contando - continuou Elaryan, aparecendo do nada diante deles. - Nossa última batalha irá come&cc- Você já entendeu o que precisa ser feito? - Elaryan perguntou para Athos, assim que desceu. - Eu dou minha espada para Adwig. - Athos respondeu.- E o que mais ela estava segurando? - ela tentava fazer ele se lembrar. - Nada, nem o cetro que ela está usando agora para lutar. - Athos tentava enxergar mais detalhes. - Pense, Athos! - Elaryan gritou com ele como se não soubesse exatamente o que ia acontecer, impaciente. - Adwig se tornou imortal. Só ela pode resistir à uma investida contra Gabriel, nessa circunstância.- As armas! - Athos exclamou. Ele olhou para trás e monitorou cada uma delas. - Elas são 15, não são, Elaryan? - Sim, são! - ela respondeu. Eu não sabia quais eram essas 15 armas, mas sabia que eu tinha duas delas. Segui o olhar de Elaryan e de Athos. Adwig carregava o Cetro. Emma tinha duas armas. Lúcifer carregava uma esp
Uma vez escutei num sonho alguém me dizendo que a felicidade está dentro de nós mesmos e que nós a aprisionamos. Confesso que demorei muito tempo a entender o que isso significava e me atentei muito mais às curvas do corpo e a doce voz da bela mulher que pronunciou essa frase ao meu ouvido, em meus sonhos. Sempre quis encontrar essa mulher, achava que como num filme ela pudesse ser alguém de outra vida que surgiria a qualquer momento em minha frente me encantando repleta de enigmas como uma sereia. Depois de ter sofrido alguns duros golpes da vida e de ter perdido um pouco da ingenuidade de criança e do romantismo apaixonado de adolescente comecei a tentar procurar o que podia significar aquela frase de uma forma mais objetiva e apesar de ter chegado a respostas bem satisfatórias eu ainda sabia que faltava algo a ser descoberto. Eu sentia que minha vida sempre me espreitava de longe pronta para me apunhalar com golpes de espada e
O vento me levava pra longe e eu voava, literalmente, mas não conseguia controlar pra onde ir. Apenas via uma vastidão branca como nuvens passando por mim numa velocidade incrível e sentia o ar se deslocando pelo meu rosto? Essa constatação me fez pensar: Será que eu morri? Onde estou? O tiro! Mas sinto meu corpo, estou respirando e até onde consigo perceber não tenho ferimentos. A sensação de queda de repente começou a tomar conta do meu corpo e cada vez mais forte. Tinha certeza que se em algum momento eu tocasse o chão, eu iria me destruir na queda, senti como se fosse um corpo celeste, prestes a queimar rasgando o ar. E como eu esperava, atingi o chão com uma pancada espetacular. A dor foi descomunal, meus gritos pareciam ir e voltar aos meus ouvidos num eco contínuo. Mas em poucos segundos tive forças pra me levantar e nada havia acontecido comigo, o chão sofrera apenas algumas rachaduras. Mas que lugar era esse? Um imenso deserto onde não se via horizonte com um chão liso
O garoto corria enquanto correntes de ar passavam por sua cabeça e as rajadas num vai e vem indicavam que os guerreiros do vento procuravam por eleEle era esperto, sabia que podia ir mais rápido, que podia flutuar, voar, tentar ir pra longe num pensamento, mas preferiu ser cauteloso e não usar suas técnicas, ficando assim o mais escondido possível.Sua mente voltava a um passado recente:- Filho, sabe qual é nossa maior fraqueza, nosso único ponto fraco? - Era a voz suave do Rei Falcão que falava com o pequeno príncipe.- Não consigo imaginar que nosso povo tenha fraquezas, meu pai. - Respondeu o garoto, muito seguro de si.- Então, meu filho, essa é uma das nossas fraquezas, nosso excesso de confiança, nossa incapacidade de perceber que qualquer ser do universo é como uma balança e não existem caracter
A quantidade de vezes que eu coçava a cabeça, como um tique, cada vez que eu ficava assombrado ou que não compreendia alguma coisa, já era incontável.Tudo me surpreendia, cada mínimo detalhe. A forma como todos se organizavam, se mantinham em ordem, se respeitavam acima de tudo, era o que mais chamava minha atenção, talvez a principal diferença daquele lugar em comparação com a Terra. Era algo que eu não conseguia explicar exatamente. Todos eram cordiais uns com os outros, gentis, pacientes. A sensação que dava era que todos sentiam que tinham todo tempo do mundo, que não havia motivo para brigar ou para sempre querer mais pra si mesmo, aquela exigência de prioridade que eu vi tanto nas pessoas na minha outra vida.Nazerith me explicava um pouco mais sobre o funcionamento daquele planeta. Sua sociedade se auto geria. N
Eu já não sabia se pular naquele buraco tinha sido uma boa ideia. Comecei a cair num tobogã de vento. Não tinha paredes, mas o ar pressionava meu corpo e me carregava, cada hora para um lado, num imenso vazio. Parecia um poço sem fundo. Comecei a ter a sensação de que ficaria preso ali para sempre. Um desespero começou a tomar conta de mim. Parecia que quanto mais nervoso eu ficava, mais rápido o vento me levava e mais pressão o ar fazia contra meu corpo. Comecei a pensar o que o velho diria para mim naquele momento: "Se concentre, fique calmo, sinta o que está acontecendo a sua volta.Fechei os olhos, já que não enxergava por conta da escuridão, respirei bem fundo e comecei a prestar atenção em como o vento agia contra meu corpo, ele se chocava hora sobre minha cabeça, hora por meus pés e isso me virava de um
Com tudo aquilo que aconteceu, o novo rei por direito, ali sentado numa poltrona flutuante esperando o velho fazer calmamente um chá que mais parecia uma poção mágica, observando um relógio que tinha 5 ponteiros, os três tradicionais utilizados em qualquer mundo inicial e dois que saiam do plano horizontal, uma seta que apontava pra frente e girava no próprio eixo central e outra girava junto a esse eixo, apontado nas diagonais. Além do “tic, tac” ele também fazia um pequeno assobio contínuo. Não era qualquer lugar que tinha aquele relógio, ele mostrava a sincronia de diferentes planetas no tempo e sua leitura não era fácil.- Cada centímetro de inclinação pode significar rupturas entre galáxias, desproporções no espaço-tempo. – Explicou o ancião, que já
Escolhi uma direção e fui. Não havia Sol naquele céu para eu pensar em me guiar, usando alguma lógica que eu já tivesse aprendido, apesar de existir luz, vinda de todos os lados e não haver sombra. A única decisão que tomei foi a de escolher uma direção e ir em linha reta. As árvores eram espaçadas umas das outras, e não uma mata fechada, então, o risco de me perder ou ser forçado a andar em círculos não existia. Era realmente como um deserto, mas de paisagem incrível, de uma variedade de flora exuberante, nada que eu já tivesse visto na Terra. Andei por um punhado de tempo que não podia ser medido. Não anoitecia, mas a sensação é que já haviam passado dias, meu corpo estava exausto, minha fome e sede insuportáveis. Eu a controlava criando teorias, faze