- Sua arma também é mística? - Lúcifer perguntou, enquanto continuava cortando vampiros e lobos. Não estava sendo fácil para mim, matar os meus e vê-lo fazer o mesmo. Estava tentando não pensar nisso.
- Sim, sua espada também? - Era realmente uma espada visualmente incrível, o cabo azul, o metal brilhante, o design cheio de curvas e detalhes.- Não faria tal estrago se não fosse.Estávamos conseguindo controlar a luta bem, sem sequer deixarmos algum sangue vir sobre nós, até que nos atacaram por cima. Eu achei que se usasse a Vajra poderia fazer um estrago muito grande e matar muitos de uma vez, indo contra o que Drácula havia falado. Eu sequer tinha utilizado a arma antes. Não tinha a mínima noção do que aconteceria. Mas não vi outra saída, naquele momento, peguei a Vajra e puxei o poder de um raio, apontando-o para cima.A rajada elétrica veio de longe do céu me atingindo através da Vajra e a eletricidade foi expulsa de volta para todos os lados. C- Você sentiu isso? - Lúcifer perguntou para mim.- Do que você está falando? - foi minha resposta, olhando para todos os lados para tentar saber o que era.- Essas energias? Não sentiu? - Dois seres muito poderosos. De longe muito mais poderosos que qualquer um aqui. Eu não sei, não sentia isso antes, mas depois que renasci aqui, passei a sentir energia. Nenhuma era tão diferente, mas essas duas... - Pensei se não poderia ser Elaryan. Mas o que ela faria aqui também?- Você consegue sentir de onde vem? - Não sabia como funcionava, pelo que entendi nem ele sabia.- Talvez, não tenho certeza. Agora, o maior poder sumiu. Se eu pudesse apostar, eu diria que está no mesmo lugar onde eu cheguei: numa caverna, uma espécie de esconderijo que Carmilla usava para propor aos recém chegados se gostariam de se tornar vampiros - ele explicou.- Teve isso, tamb&eac
Dei dois passos para trás.- Desculpe. Tudo que mais quero é sair daqui, mas se vocês me soltarem é possível que eu não permaneça aqui e não possa ajudar a outra pessoa que nesse momento depende de mim. Por mais que eu queira, eu sei que precisamos terminar essa missão.- Se você está falando de missão, provavelmente era mesmo Elaryan que estava com você. - Lúcifer deduziu. - Vocês a viram? - foi sua pergunta, um tanto assustado. - Não agora, mas já a conhecemos - ele respondeu.- Mas nos conte melhor essa história. O que está acontecendo aqui? - Minha curiosidade foi maior.- Bom, eu me chamo... Pra falar a verdade, nem sei como me chamo mais. Vou usar meu último nome. Eu me chamo Moisés e o grande amor da minha vida, a pessoa mais importante para mim é Eva e ela está criando, com ajuda do meu poder, campos de força que vão interligar e prender esses mundos entre si. Todas as pessoas do Universo estarão aqui, pelo que Elaryan contou, em 7 planetas. Isso é tudo q
- Magno, eu acredito que Elaryan queria se fazer acreditar que haveria uma batalha, mas desde o início ela sabia que o ataque seria da forma como está acontecendo. Se todos se matassem rapidamente, antes de Eva fechar a redoma que eles estão fazendo, poderiam acabar em outros planetas. A intenção dela é miscigenar o sangue dos vampiros e lobos. - A suposição de Lúcifer fazia muito sentido.- O que aconteceria, então, se simplesmente fossemos lá, para o meio dos vampiros e dos lobos?- Bom, você é o Alfa, não é? Talvez conseguisse comandar alguma coisa! - Lúcifer teorizou.- Os lobos doentes não responderam à minha liderança, não acredito que eu consiga agir em relação a esse desejo súbito. - Fenrir dentro de mim parecia nervoso.- Você se subestima a si mesmo, assim! Vamos lá! Pule lá n
- Desculpem interromper qualquer coisa que esteja rolando entre vocês, mas por que você não está nesse mesmo transe? - Lúcifer perguntou. - A resposta está no meu sangue. No meu e dos outros 9 que se tornaram parte do meu grupo, do meu único círculo de convivência, basicamente, que acabou se transformando em minha família, no final das contas. Paole que é praticamente o pai de todos, sumiu e eu poderia arriscar que vocês o mataram e fariam o mesmo conosco. Nada contra, se foi isso, se eu pudesse usaria o mesmo plano, apesar da sorte de terem achado outra saída. Mas voltando a sua pergunta. De alguma forma, o sangue permanece. O DNA muda, nos evoluímos, até deixamos de nos identificar com a forma que nascemos, mas algo no sangue permanece. Alguns pequenos indicadores que fazem de nós quem nós somos. Nem tudo está ligado só a partícula cerebral.
Aparecemos junto com todos os outros.- Deu certo! - Lúcifer comemorou. Um tremor nos derrubou no chão. - Um lobisomem gigante? - Lúcifer assustou ao olhar para trás. - Meio-gigante, na verdade - ele respondeu. - Mantelar! Pensei que se mantinha escondido - eu disse ao reconhecê-lo. - Existem mais comunidades de Gigantes agora, por aqui, muito mais, alguns até pediram para virar lobos, também, mas ninguém fez nada na ausência de vocês. Decidi que não era mais hora de me esconder. Eu sei que vocês acabaram de sair de uma luta, mas aparentemente, vem mais por aí. Seres conhecidos por anjos, apesar de não gostarem desse nome, atacaram e aparentemente tentarão escravizar a todos no planeta.- É exatamente o que Mantelar está contando - continuou Elaryan, aparecendo do nada diante deles. - Nossa última batalha irá come&cc
- Você já entendeu o que precisa ser feito? - Elaryan perguntou para Athos, assim que desceu. - Eu dou minha espada para Adwig. - Athos respondeu.- E o que mais ela estava segurando? - ela tentava fazer ele se lembrar. - Nada, nem o cetro que ela está usando agora para lutar. - Athos tentava enxergar mais detalhes. - Pense, Athos! - Elaryan gritou com ele como se não soubesse exatamente o que ia acontecer, impaciente. - Adwig se tornou imortal. Só ela pode resistir à uma investida contra Gabriel, nessa circunstância.- As armas! - Athos exclamou. Ele olhou para trás e monitorou cada uma delas. - Elas são 15, não são, Elaryan? - Sim, são! - ela respondeu. Eu não sabia quais eram essas 15 armas, mas sabia que eu tinha duas delas. Segui o olhar de Elaryan e de Athos. Adwig carregava o Cetro. Emma tinha duas armas. Lúcifer carregava uma esp
Uma vez escutei num sonho alguém me dizendo que a felicidade está dentro de nós mesmos e que nós a aprisionamos. Confesso que demorei muito tempo a entender o que isso significava e me atentei muito mais às curvas do corpo e a doce voz da bela mulher que pronunciou essa frase ao meu ouvido, em meus sonhos. Sempre quis encontrar essa mulher, achava que como num filme ela pudesse ser alguém de outra vida que surgiria a qualquer momento em minha frente me encantando repleta de enigmas como uma sereia. Depois de ter sofrido alguns duros golpes da vida e de ter perdido um pouco da ingenuidade de criança e do romantismo apaixonado de adolescente comecei a tentar procurar o que podia significar aquela frase de uma forma mais objetiva e apesar de ter chegado a respostas bem satisfatórias eu ainda sabia que faltava algo a ser descoberto. Eu sentia que minha vida sempre me espreitava de longe pronta para me apunhalar com golpes de espada e
O vento me levava pra longe e eu voava, literalmente, mas não conseguia controlar pra onde ir. Apenas via uma vastidão branca como nuvens passando por mim numa velocidade incrível e sentia o ar se deslocando pelo meu rosto? Essa constatação me fez pensar: Será que eu morri? Onde estou? O tiro! Mas sinto meu corpo, estou respirando e até onde consigo perceber não tenho ferimentos. A sensação de queda de repente começou a tomar conta do meu corpo e cada vez mais forte. Tinha certeza que se em algum momento eu tocasse o chão, eu iria me destruir na queda, senti como se fosse um corpo celeste, prestes a queimar rasgando o ar. E como eu esperava, atingi o chão com uma pancada espetacular. A dor foi descomunal, meus gritos pareciam ir e voltar aos meus ouvidos num eco contínuo. Mas em poucos segundos tive forças pra me levantar e nada havia acontecido comigo, o chão sofrera apenas algumas rachaduras. Mas que lugar era esse? Um imenso deserto onde não se via horizonte com um chão liso