Mael Laurent era um executivo grosso e impiedoso, pelo menos era o que a maioria via nele, a sua vida foi em torno de muito dinheiro, bebidas, negócios bem sucedidos e muitas, muitas mulheres, ele nunca imaginou que se apaixonaria por alguém, até conhecer Lucy Bernard, uma bela jovem, mas com um caráter um tanto quanto duvidoso, que nunca se importou com nada, viveu intensamente como ela queria, sem se preocupar com julgamentos de ninguém, Lucy era como se fosse duas pessoas, sua personalidade era de uma garota tímida, simples, carinhosa e apaixonante, mas tinha dias que era devassa, soberba, havia algo no seu olhar que ninguém sabia explicar, essa versão amava o luxo, dinheiro e poder, porém, ao atravessar no caminho de Mael, a vida do belo bilionário mudou totalmente.Lucy foi a única mulher que ele não teve jogada aos seus pés, e isso o intrigou por completo, sua missão era conquistar ela a todo custo, até que em uma noite, a magia da sedução aconteceu, os dois passaram noites e no
Já havia amanhecido na grande cidade de Paris, o vento soprava lá fora, mostrando o quanto essa manhã seria fria. Alexia toma um demorado banho quente, ao terminar, veste-se e coloca um sobretudo branco por cima do vestido azul que molda perfeitamente sua barriga. Penteia seus longos e escuros cabelos, olha no espelho e sorri discretamente ao ver Lucas sentado na cama, ainda sonolento.— Bom dia, amor! Nossa, acho que vou me atrasar para a reunião. — Ela fala ao olhar no relógio. Meu Deus, esqueci de avisar a Lia. Você pode passar no meu escritório e falar com ela? Minha consulta é agora de manhã. — Ela fala admirando-o pelo espelho.— Bom dia, meu amor. — ele levanta, coloca a camisa e checa as mensagens do celular encostando na parede em frente da janela.— Pode deixar que aviso, esse horário ela não está no escritório, mas ligo da empresa!— Obrigada por isso.— Querida, Como dormiu essa noite? Parecia estar assustada essa madrugada. — Ela o olha um pouco desanimada, pois teve novam
Alexia aperta o pequeno chaveiro na mão e o leva em contato com seu peito. Ali, sozinha, encostada no espelho do elevador, ela deixa a emoção tomar conta. Seus olhos ardiam pelas lágrimas que caíam uma atrás da outra. Por alguns segundos, ela os mantém fechados. Sua memória a transporta para anos atrás. Aquele chaveiro, para ela, é muito mais do que isso...Quando pequena, Alexia gostava de brincar sempre no quarto do pai, Mael. Entre tantas jóias e relógios valiosos, ele tinha um chaveiro com as iniciais M e A. Ele o carregava por todo lugar, nunca o deixava para trás. Mael sempre deixava claro que o valor das coisas não está em quanto custa, e sim no sentimento que está por trás delas. Ela nunca entendeu o que tinha de tão importante nele, só anos depois da sua morte, ela descobriu que eram as iniciais do seu nome com o dele. Mael mandou fazer assim que a paternidade foi confirmada. Ao ver o chaveiro que sua amiga fez com tanto carinho e tanta delicadeza nos detalhes, ela sente uma
Alexia levanta elegantemente, caminhando em passos lentos, com o olhar distante.— Que bom que terminaram! Agora posso fazer isso.— se aproximando de Lucas, ela desfere um forte tapa na cara dele, apesar de mãos pequenas, sua força era bem maior que se podia imaginar.— E você, Dominique? Parece que você não é tão inocente quanto aparenta. — O olhar de Alexia está carregado de indignação e desapontamento. Dominique engole em seco, com medo das consequências de suas ações.— Alexia, por favor, me escuta, foi um erro, eu não queria te magoar. Eu amo você, só você! — Lucas tenta se explicar desesperadamente, mas suas palavras não conseguem acalmar a dor e a raiva que Alexia está sentindo. Se jogando de joelhos no chão ele implora por perdão.Ela os encara por um momento, sem dizer uma palavra. A mágoa e a tristeza estão evidentes em seu rosto, mas ela se mantém forte. Alexia sabe que precisa agir com determinação e firmeza, preservando sua dignidade.— Que cena lamentável. Levante-se e as
Lucas olha intensamente para ela pela última vez, seus olhos encontram os dela, e um instante de arrependimento percorre seu ser. Ele se dá conta do quão grosseiro e idiota foi ao longo do tempo e lamenta profundamente suas atitudes. No entanto, seu remorso é inútil, pois é tarde demais para se desculpar. Antes que Lucas consiga articular uma palavra, ela se afasta com indiferença, ignorando qualquer sinal de tristeza que possa estar sentindo. No hall do hotel, ela caminha com determinação até o balcão e rapidamente entrega suas ordens de despejo. Em seguida, entra em seu carro e liga para seus advogados, pedindo uma reunião de emergência e colocando todos em alerta. Aqueles que a conhecem sabem que qualquer atraso é inaceitável quando ela está com raiva.Ao chegar na empresa, uma sala repleta de pessoas a aguardava, incluindo os Donavan, pais de Lucas, que não faziam ideia do motivo daquela reunião.Horas se passaram, repletas de discussões acaloradas e surpresas. Ela dissolve todas
Alexia desce do carro correndo, sem se importar com o sangue que escorre pelo seu rosto, mas o desespero mesmo foi perceber que atropelou alguém.— Meu Deus. Por favor! Se afastem.— Ela fala autoritária, mas ao mesmo tempo emanando medo em sua voz, espantando os curiosos que estavam em cima dele, dando espaço para ela se aproximar do rapaz caído no chão.— Não se mova!— Ela fala impedindo o belo rapaz de levantar.— Por favor, alguém pode emprestar um telefone ou ligar para emergência?— Diz um pouco nervosa, suas mãos estavam trêmulas além do normal.— Ei, você está bem? Fala comigo. Como se chama?— Sem nem saber o que estava falando, ela faz um monte de perguntas uma atrás da outra.— Ow! Você de novo?— Ele fala lembrando do dia anterior em que esbarrou nela.— Que isso, morri e estou no céu? Acabo de ver um anjo— Ele fala como se estivesse hipnotizado, admirando o belo rosto de Alexia.— Desculpa não me apresentar de pé, acho que estou meio atropelado.— Ele fala rindo, encarando os belos
A mulher do outro lado da linha bufa por ter que ensinar Cleber a fazer o seu trabalho.— Pegue a bolsa com os documentos dela, não deixe vestígio de quem se trata. A idiota foi parar longe, tão previsível. Aí ninguém conhece a senhora arrogante. Será enterrada como desconhecida.— Ok, senhora. Mais alguma coisa?— Não! O dinheiro foi transferido para sua conta. Já pode sumir do mapa. Se eu te ver, tenha certeza de que você será um homem morto. — Com essas palavras, a voz feminina do outro lado desliga o celular.Quando Cleber ameaça ir embora, percebe que Alexia começa a se mexer. Ele pega o celular e liga para a mandante do crime.— Senhora, ela ainda está viva. Nem o diabo quer essa mulher. O que eu faço?— Não se fazem assassinos como antigamente. Termine o serviço, seu inútil! — A voz feminina, alterada, fala do outro lado da linha, desligando com raiva o celular.Quando Cleber vai terminar o que começou, ele ouve barulho de carro se aproximando. Apavorado, ele acelera e se escond
Vanusa olha assustada com o que ela fala.— Como assim? Não sabe quem você é.— Eu... eu não sei, onde estou? Quem são vocês? E por que meu corpo dói tanto? — Alexia pergunta com a voz baixa, quase num sussurro.Vanusa corre para procurar uma enfermeira ou um médico, e logo volta com eles.— A senhora sabe o seu nome? — pergunta o médico que estava de plantão.— Desde que acordei, estão me chamando de Alexia, creio que vocês me conhecem melhor do que eu, pois não me lembro.— Cadê o prontuário da paciente? — João pergunta para a enfermeira, que responde balançando a cabeça em negação. — Desculpe, logo resolvo isso! Pelo que falei com os meninos que estão lá fora, ontem a senhora sofreu um acidente junto com o seu namorado Benício. — Alexia abaixa a cabeça um pouco desconfiada, sem saber se o que estão falando é verdade. — Esses jovens estão desde ontem esperando para lhe ver, se puder, peço para eles entrarem, talvez os conheça. Infelizmente, o médico que te atendeu não atende o telefo