A mãe do Benício a encara por alguns segundos, até que abre um sorriso.— Ah, então você conhece minha nora, talvez possa ajudá-la a se convencer de que é namorada do meu filho. — Vanusa fala animada, sem perceber a arrogância da mulher na sua frente.— Não acredito, amiga? Você perdeu a memória? — Dafne olha-a com soberba e abre um sorriso diabólico. Alexia, sem notar a maldade nos olhos da bela mulher, abaixa a cabeça triste. — Oh, minha querida, vamos te ajudar a lembrar, não se preocupe. Sou sua amiga de infância, sempre contamos tudo uma para a outra.– Ali, Dafne viu a chance de se livrar do Benício sem ter que matá-lo.Dafne Duran é namorada de Benício, ela mora com ele em Barcelona, praticamente têm uma vida de casados. Benício conseguiu recentemente o sonhado negócio que mudaria a vida deles e de suas famílias, então veio para a cidade onde nasceu para dar a notícia do seu noivado. Mesmo morando juntos, ela ficava enrolando ele com essas formalidades. E ele, iludido pelo amor
Após semanas de recuperação, Alexia finalmente estava se sentindo melhor. Vanusa decidiu levá-los de volta para casa, onde Alexia ficaria no quarto com Benício. Um sentimento de gratidão e amor crescia a cada dia dentro do coração de Alexia enquanto ela se dedicava a cuidar de Benício com perfeição. Ela pediu para colocarem uma cama de solteiro no quarto, permitindo que pudesse cuidar de Benício e descansar ao mesmo tempo. Seu corpo não doía mais e a cesariana cicatrizou perfeitamente. Alexia não apenas encontrava forças para cuidar dele, mas também se tornou independente em suas atividades diárias. Ela ajudava na cozinha, aprendeu a cozinhar e se tornou uma grande ajuda para Vanusa nos cuidados com Benício, seguindo tudo o que havia aprendido com as enfermeiras.Cada ato de amor e dedicação de Alexia transcendia em suas ações diárias. Ela aprendeu a fazer a barba de Benício e cortar seu cabelo, depositando todo o seu amor em cada movimento. Parecia que nada no mundo poderia quebrar
Já no antigo mundo da Alexia...Por tempos Matheo iniciou buscas incansáveis para encontrar Alexia mesmo algumas pessoas pedindo para de parar, todos estão ciente de que ele não irá desistir tão fácil, o seu carinho e dedicação por ela é genuíno, como se fosse um dever cuidar dela.Mesmo ele tendo uma situação financeira estável, morando numa ótima casa, tendo uma conta recheada, ele continuou a cuidar dela com seu segurança.Cada dia as pessoas estão especulando coisas, notícias falsas circulam por toda a cidade, muitas ele sentia nojo ao ler, palavras que denegriam a imagem de uma mulher que apesar da arrogância, sempre procurou ajudar quem precisava, ONGs, ações sociais que ela sempre fazia questão de doar boa parte dos lucros das empresas, cada palavra escrita, deixavam Matheo e sua amiga Laila sem chão.— Olha isso, dizem que ela havia fugido com o seu amante, que foi raptada e a mataram, que Alexia havia enlouquecido e dado o seu filho. Essas pessoas só pode ser doentes.— De pun
Por mais que Lia tentasse controlar a situação, os gritos de Luvy são ouvidos a distância cada vez mais alto. — Quem esse bastardo pensa que é para me fazer esperar. Eu sou a dona da porra dessa empresa. Minha adorada filha enfim morreu, e nada mais justo do que eu assumir toda a sua fortuna que é minha por direito. Anda sua inútil, saia daqui sua incompetente. — Que baderna é essa?— Matheo b**e a mão na mesa da sua secretária, que está nervosa sem saber o que fazer, os seus olhos castanhos ficam todo avermelhado pelas lágrimas que ardem neles, com o barulho alto da batida, faz todos tremerem, e até quem estava nos seus escritos, saírem para ver o que estava acontecendo.— Onde pensa que está para falar assim com alguém dessa empresa? Lucy estreita os olhos e se aproxima de Matheo. — E você quem pensa que é para gritar dentro da minha empresa?— Lucy pergunta e Matheo solta uma risada sem humor. Ana segura ele para que não faça nenhuma besteira, ela conhece Matheo des que tinha 16 a
Lucy da uma gargalhada com as lembranças que teve.— E você acha que eu me importo com o que aconteceu com aquela bastarda? — Lucy responde, com um sorriso cínico no rosto.Dirah permanece em silêncio por alguns instantes, respirando com dificuldade enquanto seus aparelhos continuam a emitir alarmes.— Por que está aqui? O que quer de mim? — Dirah pergunta, com uma mistura de medo e curiosidade em sua voz por ver aquela mulher que a tanto tempo não tinha noticias.Lucy se aproxima da cama, observando Dirah com um olhar de desdém.— Eu quero vê-la sofrer. Quero ter a satisfação de ver a pessoa que aquele maldito do Matheo mais ama no mundo, agonizando por minha culpa. — ela confessa, com um frio nos olhos que revela a intensidade de sua vingança.Dirah olha para Lucy, deixando transparecer uma mistura de tristeza e piedade.— Você é mesmo um ser desprezível. Não consigo entender como alguém pode ter tanto ódio no coração.Lucy ri, sarcástica.— Ódio é o que me alimenta. É o que me manté
Alexia está no quarto com Benício, hoje ela terminou de ler mais um romance para ele, no antigo quarto dele, Vanusa conservou impecável, como se ele nunca tivesse ido embora, havia vários livros de romance clássicos, um mais emocionante que o outro.Caminhando na prateleira onde fica os livros, ela vê um num cantinho, quase abandonado.— Olha, quer dizer que o senhor dorminhoco é romântico.— Ela folheia algumas páginas até que dentro dele cai uma foto, ela abaixa-se e pega curiosa.— nossa, a amizade de vocês parece ser bonita.— Ela olha a foto com Dafne, Pedro e Benício, os três num bar, sorridentes e felizes, Dafne sentada no colo de Benício com as mãos no ombro de Pedro.— Por que eu não consigo gostar dessa mulher? O que tem nela que me incomoda tanto? — Alexia resmunga baixinho, sentando na cadeira perto da cama, ela olha para ele e volta a encarar a foto.— Precisa estar tão grudada assim, e essa mão agarrado na cintura dela?— Colocando a foto em cima da mesa ela sorri.— Nossa, olh
Com ele saindo do coma a casa virou uma loucura, nem se deram conta de que ele só não reconhecia a Alexia, ligaram para o médico, que ao ve-lo decidiram interna-lo imediatamente, lá fizeram baterias de exames.A família está no quarto esperando o médico, não demora muito ele entra.— Como ele está doutor?— Vanusa pergunta assim que ele entra.— Senhora Vanusa, aparentemente bem, estou esperando os outros exames ficarem prontos, sua dicção está voltando ao normal, ele se lembra bem de tudo que ocorreu antes do acidente e descobrimos que ele foi capaz de ouvir e ver tudo a sua volta em um determinado tempo. — Mas como explica isso doutor? Nunca tinha ouvido falar sobre tal possibilidade.— É muito raro, porém acontece, ela é conhecida como Síndrome de Locked-In. — O médico coloca o raio x e os outros exames para Vanusa entender.— A Síndrome de Locked-In ocorre quando há uma lesão no tronco cerebral, especificamente na ponte protuberante. Essa região é responsável por transmitir os sinai
Dafne se solta um pouco dos apertos dele e, colocando a mão no rosto, limpa discretamente a boca.— Meu amor, que bom te ver. Você está ainda mais linda do que quando te vi antes de vir para cá. O que aquela mulher está fazendo na minha casa? Quem é ela e por que você não veio me ver nessa semana? Eu estava acordado, amor... — Benício fala baixo, mas dando para ela ouvir claramente. — Fiquei esperando sua visita nas duas semanas em que acordei, mas você não veio.— Amor... eu tentei me aproximar, eu juro, mas ela... — Dafne força um choro para tentar convencê-lo. — Ela me obrigou a ficar longe. Durante quase 3 anos, eu tentei me aproximar, juro, mas ela não deixou. Todos os dias ela implicava comigo, nem mesmo a minha amizade ela queria, porque era a única maneira de eu me aproximar de você. Foi tudo culpa dela, amor. Foi por isso que você ficou tanto tempo dormindo.— O... oi? Como assim 3 anos? — Ele a olha assustado. — Eu fiquei em coma por 3 anos?— Sim. Por que você estava com el