Mael Laurent era um executivo grosso e impiedoso, pelo menos era o que a maioria via nele, a sua vida foi em torno de muito dinheiro, bebidas, negócios bem sucedidos e muitas, muitas mulheres, ele nunca imaginou que se apaixonaria por alguém, até conhecer Lucy Bernard, uma bela jovem, mas com um caráter um tanto quanto duvidoso, que nunca se importou com nada, viveu intensamente como ela queria, sem se preocupar com julgamentos de ninguém, Lucy era como se fosse duas pessoas, sua personalidade era de uma garota tímida, simples, carinhosa e apaixonante, mas tinha dias que era devassa, soberba, havia algo no seu olhar que ninguém sabia explicar, essa versão amava o luxo, dinheiro e poder, porém, ao atravessar no caminho de Mael, a vida do belo bilionário mudou totalmente.
Lucy foi a única mulher que ele não teve jogada aos seus pés, e isso o intrigou por completo, sua missão era conquistar ela a todo custo, até que em uma noite, a magia da sedução aconteceu, os dois passaram noites e noites juntos, mas Lucy não o amava, o que ela gostava era da atenção, dos olhares de admiração das outras mulheres sobre ela, e o dinheiro que ele transferia para sua conta sem ela pedir. Mael queria casar, construir uma família, e pela primeira vez, no alge dos seus 40 anos, ele se viu apaixonado, qualquer mulher queria ter só uma oportunidade de conquistar o gélido coração do temido senhor Laurent.No dia que ele a pediu em casamento, o pedido foi em grande estilo, muito luxo e com um anel que de longe se via os pequenos diamantes rosa, mas ela não queria ficar com ele, saiu o deixando no meio da multidão, sozinho, fazendo com que Mael se tornasse tudo aquilo que ele havia esquecido ser por causa dela, ele sempre se perguntou do por que tal mudança, Lucy tinha dias que falava com tamanha alegria de um possível casamento, e no dia que isso aconteceu, simplesmente disse não. Para Mael foi algo difícil de esquecer. Mêses passou, e ele foi aumentando mais e mais sua fortuna, mas a versão da doce Lucy, ficou na sua cabeça.Até que um belo dia, já era tarde da madrugada, ele estava a trabalhar no escritório da sua mansão, como de costume bebendo o seu whisky, imerso entre as inúmeras folhas espalhadas sobre a mesa, ele ouviu um choro estridente, apesar das grandes portas serem de madeira maciça, ele ouviu com perfeição, seguindo o barulho que estava o irritando, encontrou na porta da sua casa, uma pequena cesta, com uma menina chorosa, os seus lábios já roxos pelo frio, sua pequena mão tremia sem parar.Mael amedrontado pelo que estava na sua frente, pegou a pequena criança e aqueceu com o calor do seu peito, quando já calma, e aquecida, ele ve um papel dobrado entre as cobertas da menina, mas no momento de nervosismo ele não deu devida atenção, imaginando ser uma desculpa esfarrapada de uma mãe desnaturada, ele pensou inúmeras coisas naquele momento, mas entre tantos absurdo que passou na sua cabeça, ele tomou a única e ideial decisão, os seus seguranças vieram o ajudar a fazer ronda pela mansão, pois Mael já viu de tudo na vida, e não se surpreenderia se a pequena bebê de olhos tão azuis como o céu, fosse uma isca dos seus inimigos, com todo o quarteirão vigiado ele adiciona a polícia, pois era uma vida que havia sido abandonada ali na sua porta.Uma investigação se abriu, mas tudo que conseguiram nas câmeras de segurança da mansão, era uma mulher estatura mediada, de blusa preta e capuz na cabeça, ignorando os pontos visíveis das câmeras, como se soubesse os lugares exatos que poderia levantar a cabeça...Como Mael era um homem conhecido, os policiais atenderam ao seu pedido de deixar a menina com ele, até que se resolva o problema, de encontrar os pais da pequena criança. Ele não entendia essa vontade de proteger aquele bebê, Mael estava disposto a ajudar, dando emprego e moradia a mãe da criança, mesmo que a sua razão abominasse aquela atitude, mas queria ver a menina crescer.Dias se passaram e nada dos pais serem encontrados, o deixando frustrado, nenhuma pista sequer, como se estivessem sido engolidos pela terra, por outro lado, ele se sentia aliviado por saber que poderá ficar mais tempo com ela, e com os passar dos dias, passou a criar afeto por ela.Passando 15 dias que Mael estava cuidando da menina, Dirah, a governanta da mansão, que o ajudava cuidar da pequena nos momentos de reunião, entra no escritório com um papel em mãos, ele vê o nervosismo dela e para o que estava fazendo, apesar de um homem bruto e sem piedade ele parou tudo que estava fazendo e levantou para ver o que estava acontecendo.Dirah quando começou a trabalhar para Salomão Laurent, pai de Mael, era apenas uma menina de 15 anos, ela o viu nascer, crescer, e se tornar o homem que seu pai queria, nos 41 anos que Dirah trabalha com a família Laurent, ela conhecia o seu melhor lado, e era esse que ele mostrava a ela e ao seu filho Matheo, que ele ajudou a criar. A governanta lhe entregou o papel e ele leu atentamente, em poucas linhas toda a admiração e amor que um dia sentiu por Lucy, morreu naquele instante, em letras pequenas, um papel comum, o que estava escrito jamais seria esquecido."Mael.Espero que você já tenha encontrado a paz e tenha me perdoado pelo que aconteceu entre nós no passado. Sinto muito pela dor que causei a você, mas há algo que preciso confessar. Desde a gravidez, lutei incessantemente para tentar abortar, mas falhei em todas as minhas tentativas com medicamentos que tomei. Me casei assim que dei à luz, a condição que meu noivo impôs para me assumir na alta sociedade era de me livrar da criança. Sei que você jamais irá me perdoar por isso, mas quero que saiba que ela é sua filha. Hoje ela completou 15 dias, mas não dei a ela um nome, pois realmente não tenho interesse por essa criança. Se você também não conseguir sentir afeto por ela, faça o que achar melhor. Jogue-a fora, dê-a para qualquer pessoa, pois, sinceramente, não me importo com o que acontecerá com essa criança. Sei que tudo isso soa cruel e sem piedade, mas essa é a dura realidade da situação.Adeus."Assim que ele lê o pequeno papel, se enche de raiva e rancor, mas, ao mesmo tempo, ele fica feliz por saber que a menina que ele aprendeu a amar, é na verdade, sua filha, naquele mesmo dia ele fez o teste que comprovava sua paternidade, registrando a menina com o nome da sua avó materna, a única que teve alguma demonstração de sentimento por ele.Os anos passaram e Alexia era a sua vida, viveu somente por ela, apesar de não ser um homem carinhoso e bem rígido na criação da filha, ele a amava mais que a si mesmo, mesmo que nunca tenha dito ou demonstrado tal sentimento, ele foi criado assim, e por esse motivo não sabia como demonstrar afeto, a educando para ser forte e decidida, determinada e fria, pois ele sabia que um dia os seus inimigos iriam conseguir acabar com ele, o seu tempo era curto, onde em poucos anos a ensinou nunca abaixar a cabeça perto de ninguém, Mael não suportaria a dor de ver a sua filha sofrer.A pequena menina foi crescendo sem afeto do pai, o último abraço que ela recebeu foi com 5 anos de idade, daí em diante, Mael se dedicou a por ela nos melhores colégios, e um deles foi um religioso, que cada erro, tinha uma punição, até quando ela não errava era punida, ele ao descobrir que ousaram machucar sua menina, fez com que o colégio fosse fechado, e a responsável pela agressão parar atrás das grades, ele queria sua filha forte, mas nunca imaginou que por anos ela sofreu humilhações e era praticamente espancada, aguentou tudo calada, achando que era seu pai que havia mandado, e até hoje ela não sabe que ele não tinha nada haver com tudo que ela sofreu.Alexia Laurent, se tornou uma deslumbrante francesa, mora da cidade de Paris na região Île-de-France. Ela uma jovem de sucesso incontestável. Embora possa parecer uma doce e frágil mulher à primeira vista, a realidade é bem diferente. A vida e a educação rigorosa de seu pai moldaram-na em uma jovem amarga, privada do calor do afeto. Em muitas ocasiões, quando a vontade de desabar era quase insuportável, ela se via forçada a manter uma fachada de frieza. Sua personalidade forte e determinada lhe rendeu o apelido de "senhora arrogante".Muitas vezes, ela se questionou se merecia ser tratada com tamanha severidade, chegando a acreditar que a rejeição do pai estava relacionada à ausência de sua mãe. No entanto, ao refletir sobre sua trajetória até o presente momento, ela reconhece e agradece seu pai por ter lhe ensinado a ser uma mulher destemida, capaz de enfrentar qualquer desafio que surgir em seu caminho.Apesar dos rumores e fofocas que circulam a seu respeito, Alexia é a inveja de muitas jovens de sua idade. No entanto, a inveja não é alimentada por seu sucesso profissional ou pelo fato de ser a mulher mais rica do país. O que realmente desperta o ciúme é o fato de Alexia ser a noiva do ex-solteirão mais cobiçado da cidade.O relacionamento de Alexia com Lucas não passa de um noivado de conveniência, pelo menos para ele. Embora Alexia não seja uma mulher que expressa facilmente seus sentimentos, ela nutre um amor genuíno por Lucas. Infelizmente, para ele, ela é tão insignificante quanto o chão que pisa.Os esforços de Alexia para se tornar mais atraente e apaixonante parecem inúteis aos olhos de Lucas. Tudo o que ele realmente deseja é o dinheiro, a fama e o luxo que ela pode proporcionar. Sem Alexia, a vida de ostentação e privilégios que ele tanto almeja seria impossível. A família dele está à beira da falência e, portanto, nada poderia ser mais conveniente do que se casar com a única herdeira da rica família Laurent. Não é mesmo?Alexia, é uma jovem empreendedora de apenas 23 anos, é uma figura notável no cenário empresarial nacional e internacional. Além de administrar com maestria a maior metalúrgica do país, ela também investiu consideravelmente em diversos países, estabelecendo outras empresas voltadas para o desenvolvimento de jogos e aplicativos de sucesso na área da tecnologia. Sua habilidade e destreza nesse ramo têm sido fundamentais para garantir seu sucesso empresarial.Já havia amanhecido na grande cidade de Paris, o vento soprava lá fora, mostrando o quanto essa manhã seria fria. Alexia toma um demorado banho quente, ao terminar, veste-se e coloca um sobretudo branco por cima do vestido azul que molda perfeitamente sua barriga. Penteia seus longos e escuros cabelos, olha no espelho e sorri discretamente ao ver Lucas sentado na cama, ainda sonolento.— Bom dia, amor! Nossa, acho que vou me atrasar para a reunião. — Ela fala ao olhar no relógio. Meu Deus, esqueci de avisar a Lia. Você pode passar no meu escritório e falar com ela? Minha consulta é agora de manhã. — Ela fala admirando-o pelo espelho.— Bom dia, meu amor. — ele levanta, coloca a camisa e checa as mensagens do celular encostando na parede em frente da janela.— Pode deixar que aviso, esse horário ela não está no escritório, mas ligo da empresa!— Obrigada por isso.— Querida, Como dormiu essa noite? Parecia estar assustada essa madrugada. — Ela o olha um pouco desanimada, pois teve novam
Alexia aperta o pequeno chaveiro na mão e o leva em contato com seu peito. Ali, sozinha, encostada no espelho do elevador, ela deixa a emoção tomar conta. Seus olhos ardiam pelas lágrimas que caíam uma atrás da outra. Por alguns segundos, ela os mantém fechados. Sua memória a transporta para anos atrás. Aquele chaveiro, para ela, é muito mais do que isso...Quando pequena, Alexia gostava de brincar sempre no quarto do pai, Mael. Entre tantas jóias e relógios valiosos, ele tinha um chaveiro com as iniciais M e A. Ele o carregava por todo lugar, nunca o deixava para trás. Mael sempre deixava claro que o valor das coisas não está em quanto custa, e sim no sentimento que está por trás delas. Ela nunca entendeu o que tinha de tão importante nele, só anos depois da sua morte, ela descobriu que eram as iniciais do seu nome com o dele. Mael mandou fazer assim que a paternidade foi confirmada. Ao ver o chaveiro que sua amiga fez com tanto carinho e tanta delicadeza nos detalhes, ela sente uma
Alexia levanta elegantemente, caminhando em passos lentos, com o olhar distante.— Que bom que terminaram! Agora posso fazer isso.— se aproximando de Lucas, ela desfere um forte tapa na cara dele, apesar de mãos pequenas, sua força era bem maior que se podia imaginar.— E você, Dominique? Parece que você não é tão inocente quanto aparenta. — O olhar de Alexia está carregado de indignação e desapontamento. Dominique engole em seco, com medo das consequências de suas ações.— Alexia, por favor, me escuta, foi um erro, eu não queria te magoar. Eu amo você, só você! — Lucas tenta se explicar desesperadamente, mas suas palavras não conseguem acalmar a dor e a raiva que Alexia está sentindo. Se jogando de joelhos no chão ele implora por perdão.Ela os encara por um momento, sem dizer uma palavra. A mágoa e a tristeza estão evidentes em seu rosto, mas ela se mantém forte. Alexia sabe que precisa agir com determinação e firmeza, preservando sua dignidade.— Que cena lamentável. Levante-se e as
Lucas olha intensamente para ela pela última vez, seus olhos encontram os dela, e um instante de arrependimento percorre seu ser. Ele se dá conta do quão grosseiro e idiota foi ao longo do tempo e lamenta profundamente suas atitudes. No entanto, seu remorso é inútil, pois é tarde demais para se desculpar. Antes que Lucas consiga articular uma palavra, ela se afasta com indiferença, ignorando qualquer sinal de tristeza que possa estar sentindo. No hall do hotel, ela caminha com determinação até o balcão e rapidamente entrega suas ordens de despejo. Em seguida, entra em seu carro e liga para seus advogados, pedindo uma reunião de emergência e colocando todos em alerta. Aqueles que a conhecem sabem que qualquer atraso é inaceitável quando ela está com raiva.Ao chegar na empresa, uma sala repleta de pessoas a aguardava, incluindo os Donavan, pais de Lucas, que não faziam ideia do motivo daquela reunião.Horas se passaram, repletas de discussões acaloradas e surpresas. Ela dissolve todas
Alexia desce do carro correndo, sem se importar com o sangue que escorre pelo seu rosto, mas o desespero mesmo foi perceber que atropelou alguém.— Meu Deus. Por favor! Se afastem.— Ela fala autoritária, mas ao mesmo tempo emanando medo em sua voz, espantando os curiosos que estavam em cima dele, dando espaço para ela se aproximar do rapaz caído no chão.— Não se mova!— Ela fala impedindo o belo rapaz de levantar.— Por favor, alguém pode emprestar um telefone ou ligar para emergência?— Diz um pouco nervosa, suas mãos estavam trêmulas além do normal.— Ei, você está bem? Fala comigo. Como se chama?— Sem nem saber o que estava falando, ela faz um monte de perguntas uma atrás da outra.— Ow! Você de novo?— Ele fala lembrando do dia anterior em que esbarrou nela.— Que isso, morri e estou no céu? Acabo de ver um anjo— Ele fala como se estivesse hipnotizado, admirando o belo rosto de Alexia.— Desculpa não me apresentar de pé, acho que estou meio atropelado.— Ele fala rindo, encarando os belos
A mulher do outro lado da linha bufa por ter que ensinar Cleber a fazer o seu trabalho.— Pegue a bolsa com os documentos dela, não deixe vestígio de quem se trata. A idiota foi parar longe, tão previsível. Aí ninguém conhece a senhora arrogante. Será enterrada como desconhecida.— Ok, senhora. Mais alguma coisa?— Não! O dinheiro foi transferido para sua conta. Já pode sumir do mapa. Se eu te ver, tenha certeza de que você será um homem morto. — Com essas palavras, a voz feminina do outro lado desliga o celular.Quando Cleber ameaça ir embora, percebe que Alexia começa a se mexer. Ele pega o celular e liga para a mandante do crime.— Senhora, ela ainda está viva. Nem o diabo quer essa mulher. O que eu faço?— Não se fazem assassinos como antigamente. Termine o serviço, seu inútil! — A voz feminina, alterada, fala do outro lado da linha, desligando com raiva o celular.Quando Cleber vai terminar o que começou, ele ouve barulho de carro se aproximando. Apavorado, ele acelera e se escond
Vanusa olha assustada com o que ela fala.— Como assim? Não sabe quem você é.— Eu... eu não sei, onde estou? Quem são vocês? E por que meu corpo dói tanto? — Alexia pergunta com a voz baixa, quase num sussurro.Vanusa corre para procurar uma enfermeira ou um médico, e logo volta com eles.— A senhora sabe o seu nome? — pergunta o médico que estava de plantão.— Desde que acordei, estão me chamando de Alexia, creio que vocês me conhecem melhor do que eu, pois não me lembro.— Cadê o prontuário da paciente? — João pergunta para a enfermeira, que responde balançando a cabeça em negação. — Desculpe, logo resolvo isso! Pelo que falei com os meninos que estão lá fora, ontem a senhora sofreu um acidente junto com o seu namorado Benício. — Alexia abaixa a cabeça um pouco desconfiada, sem saber se o que estão falando é verdade. — Esses jovens estão desde ontem esperando para lhe ver, se puder, peço para eles entrarem, talvez os conheça. Infelizmente, o médico que te atendeu não atende o telefo
A mãe do Benício a encara por alguns segundos, até que abre um sorriso.— Ah, então você conhece minha nora, talvez possa ajudá-la a se convencer de que é namorada do meu filho. — Vanusa fala animada, sem perceber a arrogância da mulher na sua frente.— Não acredito, amiga? Você perdeu a memória? — Dafne olha-a com soberba e abre um sorriso diabólico. Alexia, sem notar a maldade nos olhos da bela mulher, abaixa a cabeça triste. — Oh, minha querida, vamos te ajudar a lembrar, não se preocupe. Sou sua amiga de infância, sempre contamos tudo uma para a outra.– Ali, Dafne viu a chance de se livrar do Benício sem ter que matá-lo.Dafne Duran é namorada de Benício, ela mora com ele em Barcelona, praticamente têm uma vida de casados. Benício conseguiu recentemente o sonhado negócio que mudaria a vida deles e de suas famílias, então veio para a cidade onde nasceu para dar a notícia do seu noivado. Mesmo morando juntos, ela ficava enrolando ele com essas formalidades. E ele, iludido pelo amor