Baby Ortiz — Nunca mais? – Dominic sussurrou, aproximando seu rosto. Nossas bocas estavam tão próximas que me senti obrigada a sorver seu hálito fresco.— Nunca. Mais! – Disse de uma forma calma, embora ainda estivesse confusa sobre o que esse homem me fazia sentir. Meu coração parecia falhar sempre que eu o chateava. Dominic umedeceu os lábios, depois passou as mãos pelo cabelo novamente, removendo uma mexa da testa que eu tinha achado charmosa, e da qual meus olhos tinham sido incapazes de desviar nos últimos segundos. – Deixe-me esclarecer, meu anjo. Eu toco em você quando quiser. Não por que a comprei, ou pelo fato de que me pertence, Baby. Porque, convenhamos, pode não saber que você me pertence, ou aceitar, mas o seu corpo me reconhece toda vez que chego perto de você.Desviei o olhar para o lado, temendo a mão que se apoiou na borda da piscina, e que me bloqueou as rotas de qualquer fuga que eu planejasse. Talvez prevendo que eu o chutaria, seu corpo tornou-se tão próximo qu
Dominic Lexington A infeliz estava prestes a me fazer perder a porra do controle. Algo que eu fui treinado para ter desde que me conheço por gente. Ainda não podia compreender como uma maldita pequena conseguia influenciar nas minhas decisões dessa forma. Coisas que nunca teria feito nessas mesmas circunstâncias... Coisas das quais sabia que acabaria por arrepender-me, e das quais a causaria dor. Ou talvez, o que me atormentasse fosse o fato de que, pela primeira vez na vida, eu faltaria a uma reunião importante com meus irmãos, e não conseguia sentir remorso algum por isso, porra. Era demais para entender.Confuso, continuei a devorar sua boca, até quando as minhas mãos avidas a agarraram pela bunda grande. A ideia de que estava completamente nua me atormentava a cada segundo, mas eu sentia-me incapaz de cobri-la, porque sentir os peitos durinhos contra o meu, ou sua intimidade quente pressionada a minha estava me deixando a beira da loucura. Pressionando-a contra a borda, me aconch
Dominic Lexington Dizer que eu estava louco havia acabado de se tornar a porra de um eufemismo. Depois que deixei a Baby. A minha Baby, em casa, não consegui parar de pensar nos nossos momentos, e no quão fodido eu estava a ponto de não conseguir me manter afastado dela. Fazendo uma curva perigosa no meu carro, entrei em um retorno proibido sem me preocupar com as fodidas multas que viriam em breve, ou com a possibilidade de um acidente. Motoristas irritados buzinavam enquanto eu continuava a acelerar o carro de volta para casa. Para ela.Porra. Meus irmãos iam me matar por isso, mas não havia nada que desejasse mais que isso.Mais louco do que esperava, acelerei o carro ainda mais, pisando no acelerador como se meus pés tivessem tijolos presos a eles. Rapidamente cheguei à entrada da mansão, e nem ao menos me dei ao trabalho de deslizar o carro antes de descer e largar a porta aberta atrás de mim. A passos firmes segui por entre a sala, louco para subir as escadas e a encontrar quan
Baby Ortiz Depois que a minha amiga desceu as escadas, a abracei apertado, ainda suja de farinha. Enquanto isso, um segurança levava duas malas que sequer fazia ideia que possuía dentro.Tensa, eu a encarei uma última vez, como se fosse uma despedida, e talvez realmente fosse. Os meus olhos estavam cheios de tensão, e quando Ava os viu, tive certeza que ela temeu por mim, mas a minha amiga não fazia ideia sobre o lugar para onde eu estava prestes a ir, ou os motivos para aquele ser o meu próprio inferno pessoal.Tensa, senti as mãos do Dom segurarem minha cintura, tirando-me do torpor que aquela sensação causava em mim. Não era medo, era desespero. Respirando fundo, concentrei-me em permanecer distante em pensamentos, quando deveria estar feliz ao lado dele, certo? O homem voltou por mim, para me buscar, e agora, talvez nós dois não fossemos capazes de escapar do que estava por vir.Durante todo o caminho, tentei imaginar algum cenário em que fosse seguro estar naquele lugar. Como se
Dominic Lexington A vontade de me embriagar pareceu mais sedutora naquele momento. Não de álcool, mas dos lábios vermelhos e trêmulos. Minhas narinas se expandiam conforme eu respirava. Havia uma força sobrenatural me segurando para não a agarrar contra a parede, abrir suas pernas e entrar nela, reivindicando tudo que é meu. Mas eu não fiz. Eu sou um homem sensato, porra. Ou, eu ao menos deveria ser.Recuando um passo atrás, ignorei o fato de que, mesmo quando ela brigava feito uma louca, continuava atormentado de excitação por ela. – Talvez você seja jovem demais para entender, meu anjo. Se pensar demais, vai estragar tudo. E baby, não estrague tudo dessa vez.Tensa, ela me encarou sem conseguir entender. Espalmei as minhas mãos na parede, ao redor dela. Nossos rostos estavam próximos, os narizes roçando um no outro, e quando brinquei com ele, Baby não reagiu ou se afastou. Sabia que se a beijasse, ela se deixaria levar, mas eu não a queria assim. E por mais imbecil que aquilo pud
Baby Ortiz O vestido tinha o tom rosa-claro, o que obviamente me deixou parecendo ainda mais jovem. Me sentei em frente ao espelho uma última vez, indecisa sobre o quanto de maquiagem deveria usar realmente. Optei por deixar exatamente como estava: Sutil, quase como se não houvesse nada em meu rosto.Meu cabelo apenas solto, e seu liso perfeito e que deslizava pelos meus ombros a cada movimento que fazia, permitia que eu me lembrasse de onde vim, e o pouco de liberdade que eu o tinha naquela época. Se eu fechasse os olhos e me esforçasse bastante, ainda podia me lembrar da sensação.Suspirando, liguei para a minha avó, que obviamente não me reconheceu. E quando me certifiquei de que cuidavam dela muito bem, como havia ordenado, decidi que estava pronta.Do lado de fora, Dominic me aguardava distraído, falando em seu telefone. Ele parecia um pouco preocupado, e diria que até mesmo surpreso sobre algo. – Continue me informando... – A frieza em sua voz contou outra história, o que, obvi
Dominic Lexington Apertei a minha mão ao redor da cintura da Baby. Um gesto mais que possessivo, mas que, naquele momento, eu ainda não sabia que precisaria manter por toda a maldita noite.Andando pelas pedras que formavam um caminho até a entrada da mansão, senti o corpo da garota ao meu lado se tornar tenso. Eu não poderia culpá-la. Todo o passado deveria estar a nocauteando nesse momento, e nós dois sabíamos disso. Apenas um, no entanto, conhecia o passado do outro.A passos firmes, segui com ela, que ao se ver tão perto da entrada, segurou a minha mão em sua cintura com força. Ela parou de caminhar abruptamente, deixando meu corpo em alerta.Baby precisava entrar, porque eu não podia mais adiar isso. Tinha que estar exatamente nesse lugar, nessa maldita noite que eu ou qualquer um dos meus irmãos odiávamos que estivesse acontecendo.– Eu acho que não estou pronta! – Baby disse. – Será que Dilan não pode me levar a algum hotel?– Nossas bagagens estão no porta malas, meu anjo. –
Baby OrtizMeus olhos estavam arregalados, e o medo que havia se instalado, e que o Dominic havia conseguido dissipar apenas um pouco havia ido embora assim que coloquei meus olhos sobre um homem dois centímetros mais alto que o meu Dom.Aflito, Dominic passou os dedos pelo cabelo liso de fios grossos, forçando a mecha teimosa a voltar para o seu lugar. – Ela foi embora, irmão. – Sua mão pousou nos ombros do homem quase loiro.Foi impossível não os comparar. Apesar de ambos serem bem altos, notei que seu irmão era loiro, tinha o queixo levemente furado e ao contrário do Dom, algumas tatuagens a subir pelo pescoço.Forçando meus olhos para baixo, evitei fitar aquele homem por muito tempo. De alguma maneira, havia algo em sua aparência que me causou arrepios. Diria até que medo. Ele era como os homens do meu passado. Aqueles em que desejei nunca mais estar perto. Só que o destino sempre gostou de brincar com a minha vida e pregar-me as piores peças do mundo.— Porra, ela não pode, cara