Vou até a cozinha, já que estou com muita fome. Assim que chego, vejo Jim na área externa da lavanderia numa conversa intensa no telefone. - Olá, Sou a mary - disse uma senhora de cabelos grisalhos com um sorriso gentil- você é a Alice né ?! - isso - digo estendendo a mão, fechando num aperto- Muito prazer! - Você tem alguma restrição alimentar ? Ou algo que não coma - pergunta com tom de medo. -olha, sou chata com algumas verduras mas como de tudo, fica em paz. - digo a ela tentando ser a mais gentil possível. - ah perfeito, hoje eu preparei lasanha, pode ser ?! - disse com o mesmo sorriso gentil. - claro, agradeço muito. - digo abrindo um grande sorriso Asim que ela sai, Jim se aproxima sentando na mesa. - já falou com a Mary ? - pergunta Jim um pouco ofegante - sim…. Tá tudo bem ? - Está, talvez eu vou ter que ir a capital. Estamos com um problema na matriz. - disse, tentando parecer tranquilo - Ah entendi. Mas é grave ? - pergunto curiosamente - não.
Tudo estava escuro. Haviam diversos carros encostados, enquanto homens se enfrentavam defendendo ideais. Christopher estava lá, mas eu não podia ajudá-lo, seria ferida na primeira oportunidade. Ele lutava com bravura, mas eu sabia que o pior iria acontecer. Instintivamente. Meu corpo suava demais, enquanto permanecia gelada. Sentia a falta da circulação nos meus dedos mas meu coração pulsava forte enquanto o som do tiro ecoava na minha mente. O pior aconteceu, não haviam lágrimas, apenas a dor da perda enquanto alguém me arrastava do local. O silêncio, após o tiro, invadia a minha alma, minha respiração já estava difícil e meu coração causava uma dor absurda cada vez que ele pulsava e batia contra meu peito. Meu corpo tomou consciência. Já não era a primeira vez que eu sonhava com essa cena. Toda vez, acordava sentindo-me sufocada, com as mãos suadas e lágrimas acumuladas. Vejo pelas fresta da janela que o sol não apareceu ainda, mas tenho a sensação que o dia já amanheceu, me
Era ele, meu primeiro amor. Vivo e respirando perto de mim.Meu corpo ansiava pelo seu, eu estava inquieta porém tranquila como se meus medos tivessem desaparecidos. - Chefe. Ela já chegou - disse um homem ao se aproximar, pude identificar que era o motorista que me trouxe.- Mande ela entrar - disse Christopher. Ele deu um passo à frente, seus olhos penetravm nos meus, ele realmente me queria. - Eu preciso de você - disse ele, fechando seu sorriso Eu não entendia o que era, mas sabia que precisava ajudá-lo. Faria o necessário por ele. - Como ? - pergunto, segurando as lágrimas Ele passa por mim, e retira delicamente as cordas que me seguravam e, se agacha novamente na minha frente. Ele me olha por alguns instantes e passa seus dedos firmes pelo meu rosto. Isso me causou arrepios, uma sensação que não sentia há muito tempo. Eu precisava ter ele. - Vem comigo. - disse ele, colocando-se de pé e passando seus dedos pelos meus. Meu corpo estava em frenesi. Eu queria ele, sentir
Eu estava em completo choque só de imaginar a ideia de me casar com ele. Ele era idêntico ao Christopher mas possui uma personalidade terrível. - Vamos meu amor. - disse estressado. Eu precisava ganhar tempo. Precisava pensar, arrumar um plano melhor. - Me conta mais, sobre essa empresa que vou trabalhar... Aonde vamos morar. - busco enrolar ele - Só direi depois que assinar o contrato. Minhas mãos tremiam e meu corpo suava em busca de uma solução. Ou eu me casava e tinha uma vida duvidosa, ou minha família corria perigo.Não ! Eu pego o papel e puxo uma caneta e assino sem nem ao menos ler, não queria imaginar ter minha família sofrendo por uma máfia. Eu sabia o que eles era capazes de fazer.- Pronto - digo a ele.- Ótimo - disse Lisa. - Mas vou reforçar os pontos importantes.Eu não havia lido, de tão nervosa estou. Merda!- Eu posso ler ?! - pergunto e Lisa me entrega o contrato novamente. De todos os pontos, os que mais me chamaram atenção: § Dentro e fora da facção, ele
Gabriel estava indo tão bem, mas vindo de alguém tão imaturo, era de se esperar esse tipo de comentário. - Não Gabriel. Não sou lésbica e o problema não é esse. O problema é ser forçado a fazer algo que não quer e ainda acreditar que alguém está vivo. Ele ficou pensativo por um instante. Ele entendeu meu recado. - Desculpa. - resmungouEle passou o resto do caminho em silêncio e parou o carro em frente a minha casa. Eu desci, sem nem esperar ele, até que notei sua presença. Demoraria um tempo até me acostumar com alguém me vigiando. Subimos, em silêncio, até meu andar e lá comecei a organizar minhas roupas. Não seria uma tarefa fácil, por isso, aproveitei e comecei a fazer uma limpa. Eu poderia doar algumas roupas para Dona Maria e, assim ela poderia entregar a um ONG ou a igreja. - Senta aí. - disse ao Gabriel, apontando para a cadeira da cozinha. Ele me olhou, fechou a porta e se sentou. Ele me observava enquanto ajeitava tudo. - Você não precisa levar muitas roupas. - dis
Sentia a respiração de Gabriel diminuir, seu corpo gelou. Mas não foi por prazer e, sim por medo de Caio.Ele analisou a situação e jogou-me para o lado e se colocou de pé rapidamente. Caio olhava para Gabriel com ódio, como se ele tivesse roubado algo dele. Conhecia esse olhar, já havia visto em Christopher. Caio não estava sozinho, haviam mais dois seguranças atrás dele. Eu permanecia estática e ansiava para que Caio me notasse, queria que ele visse que não é único a fazer as regras. Não demorou para que seus olhos me encontrassem, logo, passei meus dedos pelo meu pescoço de forma a intriga-ló.- Você é uma vadia mesmo, né ?! - disse Caio se aproximando de mim. Ele não hesitou e me acertou com um intenso tapa no rosto. Aquela sensação de ser corrigida me assustava e me deixava com raiva. Já não era a primeira vez que ele me agredia, isso iria ser comum ?Olho para porta e seus capangas entraram fechando a porta. Eles sacaram suas armas e permaneceram estáticos, me observando. C
Pude sentir Caio me carregando, mas não conseguia reagir. Não conseguia abrir os olhos, mover meus músculos, ficava apenas estática. Não sei em qual momento eu realmente apaguei, mas quando abri meus olhos, já estava no avião. Estávamos alto o suficiente para que não conseguisse ver a cidade. Obsservei ao redor, não havia ninguém mas podia escutar conversas vindo de outros lugares. Haviam vários setores no avião, não era um avião convencional. Tirei o cinto, mas logo começou a apitar. Não demorou para que dois homens grandes aproximassem. - Senta - disse um deles a mim - Você não tem autorização pra levantar até chegar na capital. Eu observei os dois caras, não valia meu tempo. Rapidamente me sentei, tentando evitar que pudesse tomr um tiro deles.- Chefe, a garota acordou - disse o outro homem no rádio. Os dois ficaram parados na minha frente, minha mente buscava entender o motivo de terem avisado a alguém que havia acordado.Não demora muito para que um homem alto, usando tern