39. Declaração
Eduardo

É tão difícil vê-la tão vulnerável assim. Ela sempre foi tão topetuda, nunca levando desaforo para casa, enfrentando qualquer desafio com coragem. Ver aquela força se desmoronar diante do pai, ou até mesmo agora, em silêncio, quietinha com a cabeça em meu ombro, é doloroso. Sinto seu corpo tremendo levemente, como se a cada respiração ela tentasse segurar as peças de si mesma que ainda não se despedaçaram.

Eu nunca a vi assim antes. Sua bravura sempre foi sua armadura, uma proteção que ela usava contra mim e o mundo. Mas agora, essa armadura estava rachada, expondo uma fragilidade que ela raramente deixava transparecer. Tento ser uma presença firme, um porto seguro em meio ao caos, mas a verdade é que minha própria dor ecoa por cada parte do meu ser.

Estar no hospital me faz lembrar do acidente, da Savanna. A dor da saudade ainda é grande. Cada corredor, cada cheiro de desinfectante, traz de volta memórias vívidas daquele dia. É como se o tempo tivesse parado, deixando-me pres
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