Desde que ouvi tudo o que os meninos me disseram, o chão desapareceu debaixo dos meus pés, o ar sumiu dos meus pulmões, e a única coisa que pude fazer foi sair dali o mais rápido possível. Assim que terminei de falar com o irmão mais velho, dei a ordem para liberá-los e mantê-los sob vigilância, garantindo a segurança de suas famílias. Se aquele pulha, que se dizia meu amigo, os mantinha na coleira com ameaças, agora eles podem respirar aliviados, pois a segurança deles e dos seus está sob a minha proteção.Deixei tudo sob os cuidados dos meus homens e fui para casa. Na verdade, minha vontade era ir para o campo de treinamento, mas, como tinha algumas coisas para resolver mais tarde, decidi encher a cara de álcool para relaxar um pouco. Minha tensão já estava no limite.O restante do dia correu normalmente, mas decidi que precisava mostrar que, comigo, com a minha família e com a Khazar, ninguém se mete. Em casa, meu filho saiu, acredito que para esfriar a cabeça. Esperei ele retornar
Depois de vários dias esperando algo que fizesse a adrenalina do meu corpo subir ao nível máximo, finalmente chegou o grande dia. Foram dois longos e exaustivos dias de treinamento e, finalmente, um dia de descanso para a invasão. A adrenalina está a mil. Aproveitei, depois que voltei da casa dos rapazes com meu pai, e fiz uma corrida até o galpão para dar uma olhada em como estão as coisas — se os que ficarão aqui já estão preparando o material que vamos utilizar na invasão. Assim que cheguei, vi a movimentação dos carros estacionados na frente e o entra e sai dos nossos homens, preparando as nossas vans e os carros blindados para o embate.Me aproximei, e eles se assustaram com a minha chegada repentina. Acredito que acharam que estavam atrasados com a preparação, e isso se confirmou logo após o primeiro abrir a boca.— Andrew, já está na hora? Nem notei, os carros ainda não estão prontos, mas falta pouca coisa... — Vamos, rapazes, precisamos acelerar, nos atrasamos e daqui a pouco
Conforme os minutos foram passando, escutamos mais um tiro, nos alertando novamente. Nos preparamos para receber os novos guerreiros que estavam chegando. Depois de alguns segundos, um primeiro carro entrou no nosso campo de visão, e a cena que eles viram não foi das melhores: vários corpos espalhados pelo campo de treino, sangue por todo lado, armas abandonadas. Em seguida, os outros carros começaram a entrar, e, claro, o inferno veio ao encontro deles.Assim que começaram a descer dos carros, abrimos fogo. Já estávamos em pontos estratégicos no campo de treinamento, e eles só conseguiram enxergar alguns de nós. Mas eram muitos dessa vez. Ao notarem onde estávamos, começaram a revidar com tiros e bombas. Começamos a nos mover entre os carros, e não vi quando um se aproximou de mim pelas costas. Apenas senti meu braço esquerdo queimar e, em seguida, um soco nas minhas costelas, que por alguns segundos me fez perder o ar. Com uma das mãos no colete com lâminas, peguei a primeira e a de
No QG do O Monopólio...Há alguns dias, um dos meus informantes veio até a minha casa me dizer que, por fontes seguras, ficou sabendo que a Khazar está planejando uma invasão a o meu território. O cheiro de café fresco ainda pairava no ar da sala, e o som distante de passos na rua ecoava pela janela entreaberta. Claro que não me surpreendi, mas até que demoraram para que isso acontecesse. Não sei bem o que esperar, pois sei que os ataques da Khazar são muito bem planejados. Talvez o insuportável do Giorgi ainda não saiba que eu sou O Chefe dessa "Nova Organização". Por um lado, se isso for verdade, é bom: terei mais chances de derrotá-lo com o efeito surpresa. Mas, por outro, se ele já tiver essa informação, aí sim estarei totalmente ferrado, afinal, ele planejou a invasão com cuidado, e não faço a menor ideia de quando acontecerá.Aproveitei que o meu homem ainda estava ali e o informei para espalhar a notícia de que haverá uma possível invasão a qualquer momento em Terni. Não poderi
Ainda olhando através da janela, sinto mãos passeando em minhas costas. No início, por cima da minha camisa, logo se tornam mais ousadas, entrando por baixo do tecido e acariciando meu peitoral e abdômen. Mãos quentes que me provocam um calor absurdo e que despertam meu corpo imediatamente. Viro-me e puxo o corpo da minha linda esposa Constanza para ficar ainda mais próximo ao meu, fazendo meu corpo arder. Um sorriso safado está estampado em seu rosto, e ela me puxa pela camisa para um beijo que me fez queimar ainda mais que o inferno.Começo a tirar a camisa e vejo em seu olhar o desejo que está sentindo. Volto a sugar sua boca com desejo e luxúria. Já sem a camisa, sinto-a abrir minha calça, que não demora a cair no chão. Suas mãos voltam a me abraçar com força e desejo. Dou um impulso, e ela cruza as pernas em minha cintura. O fogo está presente; sinto seu desejo a cada toque, a cada beijo. Dou alguns passos até a cama e deito-me por cima dela, beijando seu pescoço. Escuto-a gemer,
Assim que abro os olhos, por um instante, fico atordoado com o ambiente, mas logo em seguida a ficha finalmente cai e lembro-me de onde estou e o que estou fazendo neste lugar. Forço o corpo para levantar, mas sinto algumas leves fisgadas, alguns incômodos, e lembro que fui ferido em alguns lugares. Mesmo assim, isso não me impede. Levanto-me e saio da van, e assim que coloco o meu pé para fora, vejo que todos estão ali e prontos para qualquer emergência. Alguns claramente felizes, outros demonstrando que sentem um pouco de dor, mas isso é o de menos. Para eles, não importa. O importante é que tivemos poucas perdas. Os ferimentos cicatrizam; isso pouco importa. O importante, neste momento, é vencermos essa invasão, essa investida que demos em Terni."Lembro-me daquela noite em que o Monopólio invadiu nosso território na Calábria, matando dois dos nossos e deixando uma mensagem clara: ou nos submetíamos, ou seríamos destruídos. Meu pai não hesitou. 'Ninguém mexe com os Montanaro', ele
Dois dias se passaram comigo dentro do hospital da Máfia. Ainda sinto algumas fisgadas no local onde foi feita a cirurgia, e durante esses dias faltaram cuidados excessivos comigo. Claramente, eles sabem que não podem deixar que nada ruim aconteça comigo, e eu tenho certeza de que isso tem o dedo do meu pai.Conforme as horas passam, fico ainda mais irritado aqui dentro. Detesto esse ambiente, e quero compartilhar junto aos outros o luto pela perda de alguns dos nossos irmãos. Sei que é um momento ruim e quero passar essa fase com eles. Depois de muito insistir, consegui convencer o turrão do meu pai a me deixar sair do hospital. Não estou todo lascado, só foram alguns cortes, e depois que entrei no hospital, ainda fui obrigado a passar por uma transfusão por conta da perda de sangue que tive.Todos os nossos mortos já haviam sido sepultados e, segundo eles, com toda a honraria da Khazar. Mas o clima fúnebre ainda paira sobre a nossa organização, sobre a nossa cidade. Fui levado diret
Assim que saio de casa e entro no carro, coloco a chave na ignição. A porta do passageiro se abre, e olho para o lado, observando o meu menino se aproximar. Ele apenas me olha e diz:— Pai, eu vou com você...Sinceramente, não sei como ele me viu saindo de casa. O rapaz vive atento o tempo todo que está ao meu redor. Acredito que meu filho ainda está vivo hoje por algo relacionado a isso. Essa muralha humana sempre esteve lado a lado com o meu filho, inclusive já levou bala por ele. É um dos meus maiores orgulhos...Respiro fundo e concordo que ele vá comigo. Talvez, com ele ao meu lado, eu consiga me controlar e não falar nenhuma besteira. Afinal, o meu filho merece ter o gostinho de sentir a vida desse desgraçado se esvaindo por entre os dedos...O meu filho merece ter o direito à vingança.A minha raiva não diminuiu nenhum pouco. Ao contrário, a minha vontade é matar aqueles dois, e sinceramente, estou bem decidido a isso.Durante o percurso até o local, o meu "filho" tenta me mant