Kara Jimenez Fiquei em silêncio, com a cabeça recostada em seu peito, enquanto ouvia seu coração bater. Aquele parecia o melhor lugar do mundo, o qual eu não deixaria por nada. Gustavo me abraçava tão forte que tive a impressão de que ele julgava que eu fugiria, como das últimas vezes, mas eu não pretendia ir a lugar. — O que faremos agora? – Perguntei quando fechei os olhos e afundei o meu rosto em seu peito. Senti seu beijo tocar a minha pele, quando abri os olhos e ergui a cabeça para olhá-lo. — Vamos ficar juntos – fiquei submersa no medo, de modo que me afastei dele repentinamente. Os olhos dele revelaram uma leve irritação. Eu demonstrei claramente o quanto sentia medo daquela decisão. Olhei para ele com vergonha e disse: — Eu não quero que ninguém saiba que estamos juntos – ao ouvir meu comentário, o rosto de Gustavo se tornou sombria – você ainda é um homem casado. — Não vamos entrar nesse assunto novamente, Kara – ele fechou os olhos com força e soltou um longo e pesa
Kara Afonso olhava para os lados constantemente, como se temesse algo, quando voltou a se aproximar de mim e eu recuei. — O que está fazendo? – obriguei ele a parar quando coloquei o carrinho de Jasmim entre nós dois. — Eu preciso confessar algo – ele disse, abaixando o olhar enquanto sussurrava – eu não entendo por que o Gustavo me proibiu de vir até aqui. — Quer confessar isso? – ele levantou o olhar imediatamente e sorriu, me fazendo sentir uma idiota. — Quero confessar que amo você, Kara – as palavras escapuliram de forma rápida e inesperada, causando em mim ondas de choque intensas – que não suporto mais ficar um minuto sequer longe de você. Eu recuei ainda mais e minha vontade foi pegar Jasmim e fugir dali o mais rápido que eu podia. Um nó sufocou minha garganta quando eu percebi o quanto Afonso estava sendo sincero. Os olhos dele brilhavam na minha direção. Inevitavelmente, eu fiz uma careta quando me lembrei de que o meu coração já estava ocupado e que dizer isso ao Afon
Kara — Quem você pensa que é, para humilhar o meu sobrinho na frente de todos? - lagrimas escorriam dos seus olhos e os seus punhos estavam fechados, como se ela reprimisse um ódio incontrolável por mim. — Pensei que não queria me ver com ele. Um grito abafado escapuliu dos lábios de Marta, de modo que me assustei e me encolhi. Ela avançou um passo em minha direção com rosto completamente transtornado. Cerrou os dentes como um cão raivoso, só faltava espumar pela boca, quando me disse. — Não se faça de boba comigo, Kara – seu tom de voz me causou arrepios – você pediu para que ele viesse aqui, o atraiu para uma armadilha. — Do que você está falando? – eu me enfureci com as mentiras dela. — Afonso jamais faria uma loucura dessa se não tivesse sido atraído por você – o rosto de Marta ficou obscuro e o tom de sua voz de repente ficou frio – eu farei você pagar por essa humilhação. Por me fazer levar uma advertência do patrão. — Você só pode estar ficando louca – eu ri, debochand
Gustavo Contra todas as probabilidades, eu estava apaixonado novamente. Kara fazia meu coração acelerar como cavalo desgovernado e enquanto eu me arrumava para o nosso encontro, me senti um adolescente sem saber exatamente o que fazer. Havia dispensado todos os empregados, deixando a casa somente para mim e ela. Eram oito horas em ponto, quando desci as escadas e fui em direção ao quarto de Kara. O lugar estava escuro e silencioso. Devo confessar que ela era pontual. Caminhei até a sala, olhando pela janela e a vi, parada no mesmo lugar que havia nos encontrado horas antes, com Jasmim nos braços. Será que eu estou realmente nervoso, ou completamente perdido por ela? Fui ao seu encontro e os olhos dela brilhavam quando se encontraram com os meus. Eu peguei Jasmim do seu colo, sem ter notado seu crescimento nas últimas semanas. A sua duração de sono era reduzida, tendo em vista que dormia durante longos períodos e seus traços já revelavam a quem ela seria parecida. A abracei forte
Kara Eu jamais havia confessado algo parecido com isso a alguém. Uma garota de vinte e três anos, virgem? O Gustavo certamente me acharia uma boba, era exatamente assim que eu me sentia. Eu o observei suspirar, com o olhar distante e pensei por um momento que tudo estaria perdido. Um homem como o Gustavo, não aceitaria tal situação, nem mesmo por amor. Mas eu estava enganada. Gustavo sabia se comportar como um verdadeiro cavalheiro. Girou o pescoço na minha direção e olhou para mim como se sentisse orgulho do que acaba de ouvir. Era como se me ter como sua namorada desse a ele um propósito de vida renovado. — Eu nunca namorei uma garota virgem – eu abaixei a cabeça me sentindo envergonhada – sabe o quanto eu sou sortudo por saber que eu serei o primeiro homem da sua vida? A simples pergunta dele me fez sorrir, fazendo meu rosto esquentar descontroladamente. — Não deve se sentir envergonhada por isso – disse, erguendo o meu queixo e me forçando a olhar para ele – você é rara em
Gustavo HenriEu sentia a Kara segurando o meu braço e suas palavras ecoavam na minha mente, mas eu não prestei atenção. Possuído pelo ódio, eu avancei em Donovan, que dessa vez parecia preparado e me acertou antes que eu pudesse revidar.Meu corpo tombou para trás e ele avançou mais uma vez, segurando pela minha camisa e me forçando a olhar nos olhos dele.— Pensou que ninguém descobriria o seu caso amoroso, Gustavo? – o som da voz desesperada e impotente de Kara era a única coisa que eu me importava – não tem moral para me acusar de nada dessa vez.Recuperando as forças, eu o empurrei. Embora Donovan fosse mais forte do que eu, ele foi afastado com a força do meu punho. Eu pensei em bater nele, mas a rua do condomínio foi ficando cheia de curiosos e uma briga acontecendo ali geraria grandes problemas para mim.Senti Kara me agarrar novamente e sussurra no meu ouvido.— Por favor, não faça nada – eu olhei nos olhos dela, encharcados de lágrimas, e a expressão de medo estampada no ros
Kara Jimenez Escolhi não ver o Gustavo partindo. Voltei para dentro da mansão e percebi que Jasmim já havia acordado. A segurei e ela sorriu. Nunca imaginei gostar tanto de uma criança que não era nada minha, como eu gostava de Jasmim. Se algum dia eu tivesse que me despedir dela, seria um momento difícil. Verifiquei a fralda e ajeitei ela nos meus braços, prometendo-a que daríamos um passeio pelo jardim. Encontrei a Marta regando as plantas e girei os calcanhares, com a intenção de sair de perto dela e das confusões que ela me arrumava. Foi em vão. Eu nunca havia conhecido alguém tão corajosa e disposta a ir até as últimas consequência para defender aquilo que acreditava. No caso da Marta, ela estava empenhada em tornar minha vida impossível dentro daquela casa. — Você não disfarça mais o quanto está apaixonada pelo patrão – eu parei imediatamente, assim que ouvi a voz irritante dela – aliás, parece sentir orgulho de ser a amante. — Acho que os tapas que eu dei em você não lhe e
Quando eu percebi finalmente para onde Sebastian estava me levando, eu suspirei aliviada. Eu temi o que ele poderia fazer comigo e um milhão de coisas ruins surgiram em minha mente. Ele estacionou em frente à sua casa, a mesma casa que ele havia me expulsado. Uma nostalgia me alcançou. Eu só tinha lembranças ruins daquele lugar. Era impossível evitar a tristeza. Foi somente o abraço caloroso de Olivia que me afastou do abismo e me trouxe para o lado bom de retornar àquele lugar. Ela me abraçava tão fortemente que devolveu a mim a esperança. — Eu nem acreditei quando a mamãe disse que você viria para casa – o sorriso de Olivia era genuíno, mas suas palavras geraram em mim um enorme desconforto. — Ela disse? – perguntei, quando ergui a cabeça para olhar nos olhos de Sebastian. Havia cinismo em seu olhar, tudo havia sido planejado, eu só esperava saber seus reais motivos de me levarem ali. — Entre Kara – ele apontou para a casa e eu considerei aquilo uma loucura – sua mãe está