Desde que nasci sei o que é rejeição, fui abandonado ainda preso a placenta, jogado em uma caixa como se fosse um bicho morto, por pouco não conheci a morte, um segurança que passava pela rua deserta onde me encontrava ouviu meu lamento baixinho, a principio o homem ficou assustado, porém logo agiu me enrolando em sua blusa, fui levado para um hospital meu estado não era dos melhores, virei notícia nacional, ''Homem encontra bebê ainda preso a placenta dentro de uma caixa'' depois da alta fui entregue para o estado, passei por vários orfanatos até por fim ser adotado aos 6 anos pelos Collins, um casal americano que veio em busca de uma criança no Brasil.
Antes da adoção passei por muitos maltratos mesmo sendo muito pequeno, aprendi a me defender na raça, sei o que é dormir com fome e frio. Minha vida se transformou com a chegada de Louis e Mary Collins, tive dificuldade em confiar, para mim eles iriam fazer o mesmo que os outros faziam, demorou muito para que baixasse a guarda e os deixassem entrarem.
Eles me trataram com um filho de verdade, Loius foi um pai maravilhoso, assim como Mary, tive uma infância e adolescência feliz e se hoje sou o que sou o mérito é totalmente deles. Quando estava entrando na faculdade a vida me deu mais uma rasteira, tirando de mim as pessoas mais importantes da minha vida, por uma imprudência de uma pessoa. Meus pais morreram em um acidente de trânsito, um cara bêbado que jamais deveria estar ao volante bateu no carro deles e ceifando suas vidas.
Por muito tempo fiquei com raiva do mundo, fiquei mais revoltado quando o culpado pela morte dos meus pais saiu ileso, não cumpriu um terço da pena que lhe foi dado, ali percebi o quanto o dinheiro é mais importante que a justiça, o tal cara era filho de um senador, e por isso estava livre e meus pais mortos.
Ele teve que me pagar uma indenização de 2 milhões, porém isso não apaga seus erros e nem trouxe meus pais de volta, jurei a mim mesmo que ele iria pagar, e cumpri essa promessa.
Estudei, me dediquei, quadripliquei o dinheiro, ao longo da minha formação conheci pessoas, fiz conexões, estudei meu inimigo, e coloquei meu plano em prática, em pouco anos eu James Collins era o bilionário mais novo na lista da Forbs, ninguém me conhecia, pelo menos até está no topo da lista, muitas especulações surgiram ao meu respeito.
Pessoa influentes no mundo dos negócios se aproximaram, inclusive meu inimigo número 1, senador Williams Smith e seu filho assassino Brian Smith, eles não faziam ideia de quem eu era, já haviam esquecido das suas atrocidades, sabia tudo sobre eles, todos os esquemas, suas fraudes politicas, tudo.
Estava pronto para iniciar eu plano de destruição, meus pais seriam enfim vingados, em pouco tempo a casa do senador Williams caiu, e ele nem sabia quem era o inimigo até me apresentar a ele. Foi muito satisfatório o seu olhar surpreso quando fui o visitar na prisão, foi preciso dizer apenas duas palavra ''OS COLLINS'' e ele entendeu tudo.
Nada mais me segurava naquele país, foi então que decidir voltar ao Brasil, minha terra natal e me estabelecer por lá e foi a melhor decisão da minha vida. Agora estou aqui observando à vista do parque Ibirapuera, enquanto minha assistente dita minha agenda do dia.
- O único compromisso de hoje é no orfanato senhor - diz e assinto.
- Clara - a chamo quando ela está quase na porta.
- Sim, senhor - viro-me e ela engole em seco, há um brilho em seu olhar que não me passa despercebido.
- Veja para mim uma acompanhante para o baile beneficiente dos Carmago - comando - se for preciso contrate uma.
- Sim senhor, mas... - ela pausa - se o senhor quiser posso lhe acompanhar - se oferece.
Poderia levá-la como minha acompanhante, Clara é uma mulher linda, mas percebo a forma que me olha, não quero que crie expectativa ao meu respeito, não misturo trabalho e diversão, para isso prefiro as acompanhantes de luxo.
- Não - a respondo e ela abaixa o olhar, sei que pareço rude a tratando assim, mas é melhor.
- Só queria ajudar - diz.
- Ajuda contrando uma acompanhante - digo sério.
- Ok senhor - responde e sai.
Respondo alguns e-mails antes de sair para a visita ao lar das Marias.
- Estou de saida e não volto mais hoje, qualquer coisa estou no celular - aviso ao passar por Clara, ela assente mordendo o lábio.
O orfanato é um pouco longe, porém antes passo no shopping em uma loja de brinquedo e compro uma porção de briquedos para levar para as crianças, faço mais duas comprar e mando entregar em outros 2 orfanatos, depois sigo para o lar das Marias, é uma alegria só quando chego, esse é um lugar onde me sinto verdadeiramente feliz.
- Oi tio - as meninas gritam em conjunto.
- Oi minhas princesas, como vocês estão hoje? - pergunto me abaixando e recebo um grande e caloroso abraço.
- Estamos bem, temos aula agora, tchau - dizem e saem correndo, sorrio.
Ando pelos correndo, as crianças estão em aula, as salas estão cheias o que me deixa um pouco triste, pois a adoção fica mais dificil quando as crianças ficam maior.
- Senhor James - a diretora diz feliz - fico feliz com sua visita.
- Luiza - ela me abraça.
- Vamos temos muito o que conversar - diz ao abrir a porta - café, chá, água - oferece.
- Café.
Passamos a manhã toda conversando sobre as melhorias que podemos fazer, falamos também sobre os jovens que estão prestes a completar 18 e precisarão sair. Estamos estudando uma forma de não desamparar esses jovens e eles não precisem ir para rua.
- Vou pensar em algo - digo.
- Tudo bem James, você já faz muito por todos nós.
- Não se preocupe não vamos deixar esses jovens na mão.
- Muito obrigada.
Nos despedimos, no caminho para a saída observo alguns jovens ao ar livre fazendo algum curso com madeiras, eles realmente gostam do que estão fazendo e fico feliz por proporcionar isso a eles. No carro recebo uma mensagem de Clara com as informações da pessoa que irá me acompanhar ao baile a noite, a respondo apenas com um ok e dirijo para casa.
Ao passar pela porta sinto o cheiro da comida caseira, meu estômago ronca alto, nem havia reparado que estava com fome até sentir o cheiro da comida de Maria.
- Bom dia senhor - Maria cumprimenta ao me ver passar pela porta.
- Bom dia Maria, vou almoçar aqui mesmo - digo, as meninas da cozinha arregalam os olhos, entendo a surpresa.
- Sim senhor.
Ela aproveita para me comunicar que irá precisar contratar uma faxineira.
- Senhor, vou precisar contratar uma faxineira, a Neide precisou se ausentar - explica.
- Ok, fique a vontande para fazer a contratação.
Confio em Maria, ela está comigo desde que cheguei há 6 anos atrás, e sei que fará a escolha certa, pelo menos era o que achava.
Estou quase fritando debaixo desse sol escaldante, hoje o sol nascecu com ódio, limpo o suor da testa e continuo com a lida, trabalhar na roça não é pra qualquer um não, no meu caso é a única opção que tenho, pelo menos por enquanto, pois estou juntando dinheiro para tentar a vida na cidade grande, ainda não tenho o suficiente, mas logo terei, já são quatro anos trabalhando de sol a sol desde que me formei no ensino médio.Não gosto nem um pouco do patrão, percebo o jeito que me olha, até a esposa dele já percebeu, e graças a Deus ela não me culpa pela falta de caráter do marido, falando no diabo.- Princesa - o velho barrigudo diz ao se aproximar, reviro os olhos.- Acho que o senhor me confundiu - digo seca.- Tenho algo para você - ignora o que acabei de dizer e retira um pacote do bolso, não dou confiança e continuo o que estou fazendo - aqui tem milzinho, é seu se me deixa apenas sentir o cheiro do seu mel.Fico totalmente perplexa com o que acabei de ouvir, realmente não acredit
Apenas com uma mochila nas costa e um sonho sigo para a rodoviária, no caminho decido pegar um ônibus para São Paulo, pesquiso por pensões e acho uma que julgo ser boa e segura, a viagem será longa e terei tempo para pensar o que fazer da minha vida.É nessas horas que penso nos meus pais, quem são eles? será que ainda estão vivos? por que eles me abandonaram? são tantas perguntas que possívelmente nunca saberei a resposta. Costumo falar que sou filha de chocadeira, por conta desse detalhe. Bom, mas a males que vem para o bem, se meus genitores não tivessem me abandonado quando criança não teria conhecido Juliete a mulher me criou, ela sim foi uma mãe de verdade, foi uma pena ela ter me deixado tão cedo.Juliete morreu aos 45 anos devido a um câncer de mama, por muitos anos lutamos contra, porém ele venceu, minha mãe se foi quando havia acabo de completar 18 anos, erámos apenas nós duas, foi uma época muito dificil, não tínhamos muitas condições e esperar pelo governo era ainda mais d
DOIS MESES DEPOISToda animação de quando cheguei a cidade grande, se foi. Não imaginava que poderia ser tão dificil arrumar um emprego, mesmo com a Carol me ajudando, ainda assim o negócio tá osso, ter apenas o ensino médio não está ajudando, Carol me disse pra fazer algum curso profissionalizante, iria ajudar muito no meu curriculo, e é isso que estou fazendo nesse exato momento.Saio do cursinho de cara no chão com os preços, está totalmente fora dos meus reursos pagar uma mensalidade de quase quinhentos reais e por doze meses ainda por cima, e fora que ainda preciso pagar setecentos reais do quarto e me manter.Me sinto totalmente desanimada, volto para a pensão triste, ao chegar encontro uma Carol super feliz.]- Amigaaaaa - grita assim que passo pelo portão - você não vai acreditar, que cara é essa, sorria - diz me abraçando - senta - pede - hoje uma amiga da minha mãe ligou, e pediu uma indicação e ela indicou você - diz empolgada.- Sério - levanto-me mais que depressa.- Séri
Assim que passo pela porta sou abordado por Maria.- Senhor, a moça já foi contratada, aqui está o curriculo dela - entrega-me um papel, nem me dou ao trabalho de olhar.- Tudo bem Maria - digo ao devolver o papel a ela - só peça que fique fora do meu caminho - digo.- Sim, claro.- Vou só tomar um banho e já desço para o jantar.- Sim.Subo para meu quarto e já percebo algo diferente, a arrumação está diferente, não dou muita bola para isso, e sigo para o banheiro, levo um susto quando abro a porta e vejo uma bunda perfeitamente redonda de quatro praticamente dentro do armário de toalhas, preciso afrouxar a graveta com a visão.A moça ainda me percebeu minha presença, preciso pigarrear para que ela ouça.- Ai - diz ao bater a cabeça na porta, devido ao susto - caraca.Levanta devagar com a mão na cabeça, só então me ver e se assusta ainda mais.- Desculpe senhor - diz e abaixa a cabeça.Passa por mim mais que depressa e acaba escorregando no tapete - sem querer acabo sorrindo.- Ai j
Sério, não sei qual é meu problema, desde que pisei nesta casa está acontecendo desastre atrás de desastre e olha que nem completei uma semana que estou aqui, não consigo nem olhar para a cara do meu chefe de tanta vergonha, não depois de ter o visto pelado e com uma mulher com a boca naquela monstruosidade que ele tem no meio das pernas.Meus Deus só de pensar, meu rosto esquenta. Calma Valentina respira, puxo a respiração, prendo e solto, faço isso algumas vezes, tentando me acalmar, tudo em vão.- Oi.- Aí jesus! - me assusto com seu James na porta do quarto.- Está doendo? - pergunta ainda na porta.- Um pouco - respondo.- Aqui está os rémedio que você tem que tomar - ao entrar me entrega uma sacola.- Obrigada e mais uma vez, me desculpe - peço realmente arrependida de ter invadido a privacidade do meu chefe, pois ele já havia pedido para não zanzar pela casa - olha se o senhor quiser me despedir por justa causa, não irei me opor - digo enverhonhada, não consigo nem olhá-lo.Por
Como essa garota pode ser puro desastre, fico imaginando como sobreviveu até agora. A observo ir para seu quarto se segurando pelas paredes, poderia ajudá-la? sim poderia, no entanto prefiro me manter onde estou, ela segue firme, será um desafio descer as escadas, se me importo? depois de atrapalhar minha foda, e acabar com meu fim de semana... provalvemente não!Continuo com o que estou fazendo, estudo cautelosamente um documento importante que preciso enviar para Adalberto Vale meu estimado advogado, reviso mais uma vez e envio. Pelo tempo devo imaginar que a garota já deva ter chegado em seu quarto, olho para a mesinha de cabeceira e vejo todos os rémedios dela lá.- Droga! - resmungo apanhando todos - agora vou ter que descer!Chateado desço para entregar os rémedios a Valentina, sua porta está entre aberta e a vejo apenas de roupas íntimas, congelo! deveria dar meia volta, e é isso que faço, mas quando estou no meio da sala, ouço um xingamento.- Puta que pariu! - paro no pé da e