James Collins, O ceo sem coração
James Collins, O ceo sem coração
Por: Cris Seixas
Capítulo 1 - James Collins

Desde que nasci sei o que é rejeição, fui abandonado ainda preso a placenta, jogado em uma caixa como se fosse um bicho morto, por pouco não conheci a morte, um segurança que passava pela rua deserta onde me encontrava ouviu meu lamento baixinho, a principio o homem ficou assustado, porém logo agiu me enrolando em sua blusa, fui levado para um hospital meu estado não era dos melhores, virei notícia nacional, ''Homem encontra bebê ainda preso a placenta dentro de uma caixa'' depois da alta fui entregue para o estado,  passei por vários orfanatos até por fim ser adotado aos 6 anos pelos Collins, um casal americano que veio em busca de uma criança no Brasil.

Antes da adoção passei por muitos maltratos mesmo sendo muito pequeno, aprendi a me defender na raça, sei o que é dormir com fome e frio. Minha vida se transformou com a chegada de Louis e Mary Collins, tive dificuldade em confiar, para mim eles iriam fazer o mesmo que os outros faziam, demorou muito para que baixasse a guarda e os deixassem entrarem.

Eles me trataram com um filho de verdade, Loius foi um pai maravilhoso, assim como Mary, tive uma infância e adolescência feliz e se hoje sou o que sou o mérito é totalmente deles. Quando estava entrando na faculdade a vida me deu mais uma rasteira, tirando de mim as pessoas mais importantes da minha vida, por uma imprudência de uma pessoa. Meus pais morreram em um acidente de trânsito, um cara bêbado que jamais deveria estar ao volante bateu no carro deles e ceifando suas vidas.

Por muito tempo fiquei com raiva do mundo, fiquei mais revoltado quando o culpado pela morte dos meus pais saiu ileso, não cumpriu um terço da pena que lhe foi dado, ali percebi o quanto o dinheiro é mais importante que a justiça, o tal cara era filho de um senador, e por isso estava livre e meus pais mortos.

Ele teve que me pagar uma indenização de 2 milhões, porém isso não apaga seus erros e nem trouxe meus pais de volta, jurei a mim mesmo que ele iria pagar, e cumpri essa promessa.

Estudei, me dediquei, quadripliquei o dinheiro, ao longo da minha formação conheci pessoas, fiz conexões, estudei meu inimigo, e coloquei meu plano em prática, em pouco anos eu James Collins era o bilionário mais novo na lista da Forbs, ninguém me conhecia, pelo menos até está no topo da lista, muitas especulações surgiram ao meu respeito.

Pessoa influentes no mundo dos negócios se aproximaram, inclusive meu inimigo número 1, senador Williams Smith e seu filho assassino Brian Smith, eles não faziam ideia de quem eu era, já haviam esquecido das suas atrocidades, sabia tudo sobre eles, todos os esquemas, suas fraudes politicas, tudo.

Estava pronto para iniciar eu plano de destruição, meus pais seriam enfim vingados, em pouco tempo a casa do senador Williams caiu, e ele nem sabia quem era o inimigo até me apresentar a ele. Foi muito satisfatório o seu olhar surpreso quando fui o visitar na prisão, foi preciso dizer apenas duas palavra ''OS COLLINS'' e ele entendeu tudo.

Nada mais me segurava naquele país, foi então que decidir voltar ao Brasil, minha terra natal e me estabelecer por lá e foi a melhor decisão da minha vida. Agora estou aqui observando à vista do parque Ibirapuera, enquanto minha assistente dita minha agenda do dia.

- O único compromisso de hoje é no orfanato senhor - diz e assinto.

- Clara - a chamo quando ela está quase na porta.

- Sim, senhor - viro-me e ela engole em seco, há um brilho em seu olhar que não me passa despercebido.

- Veja para mim uma acompanhante para o baile beneficiente dos Carmago - comando - se for preciso contrate uma.

- Sim senhor, mas... - ela pausa - se o senhor quiser posso lhe acompanhar - se oferece.

Poderia levá-la como minha acompanhante, Clara é uma mulher linda, mas percebo a forma que me olha, não quero que crie expectativa ao meu respeito, não misturo trabalho e diversão, para isso prefiro as acompanhantes de luxo.

- Não - a respondo e ela abaixa o olhar, sei que pareço rude a tratando assim, mas é melhor.

- Só queria ajudar - diz.

- Ajuda contrando uma acompanhante - digo sério.

- Ok senhor - responde e sai.

Respondo alguns e-mails antes de sair para a visita ao lar das Marias.

- Estou de saida e não volto mais hoje, qualquer coisa estou no celular - aviso ao passar por Clara, ela assente mordendo o lábio.

O orfanato é um pouco longe, porém antes passo no shopping em uma loja de brinquedo e compro uma porção de briquedos para levar para as crianças, faço mais duas comprar e mando entregar em outros 2 orfanatos, depois sigo para o lar das Marias, é uma alegria só quando chego, esse é um lugar onde me sinto verdadeiramente feliz.

- Oi tio - as meninas gritam em conjunto.

- Oi minhas princesas, como vocês estão hoje? - pergunto me abaixando e recebo um grande e caloroso abraço.

- Estamos bem, temos aula agora, tchau - dizem e saem correndo, sorrio.

Ando pelos correndo, as crianças estão em aula, as salas estão cheias o que me deixa um pouco triste, pois a adoção fica mais dificil quando as crianças ficam maior.

- Senhor James - a diretora diz feliz - fico feliz com sua visita.

- Luiza - ela me abraça.

- Vamos temos muito o que conversar - diz ao abrir a porta - café, chá, água - oferece.

- Café.

Passamos a manhã toda conversando sobre as melhorias que podemos fazer, falamos também sobre os jovens que estão prestes a completar 18 e precisarão sair. Estamos estudando uma forma de não desamparar esses jovens e eles não precisem ir para rua.

- Vou pensar em algo - digo.

- Tudo bem James, você já faz muito por todos nós.

- Não se preocupe não vamos deixar esses jovens na mão.

- Muito obrigada.

Nos despedimos, no caminho para a saída observo alguns jovens ao ar livre fazendo algum curso com madeiras, eles realmente gostam do que estão fazendo e fico feliz por proporcionar isso a eles. No carro recebo uma mensagem de Clara com as informações da pessoa que irá me acompanhar ao baile a noite, a respondo apenas com um ok e dirijo para casa.

Ao passar pela porta sinto o cheiro da comida caseira, meu estômago ronca alto, nem havia reparado que estava com fome até sentir o cheiro da comida de Maria.

- Bom dia senhor - Maria cumprimenta ao me ver passar pela porta.

- Bom dia Maria, vou almoçar aqui mesmo - digo, as meninas da cozinha arregalam os olhos, entendo a surpresa.

- Sim senhor.

Ela aproveita para me comunicar que irá precisar contratar uma faxineira.

- Senhor, vou precisar contratar uma faxineira, a Neide precisou se ausentar - explica.

- Ok, fique a vontande para fazer a contratação.

Confio em Maria, ela está comigo desde que cheguei há 6 anos atrás, e sei que fará a escolha certa, pelo menos era o que achava.

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