Com os olhos fixos em mim meu chefe se aproxima, como um animal selvagem, se aproxima lentamente, eu não tenho reação, apenas o deixo se aproximar.- Valentina - sussurra meu nome e isso tem uma reação, sinto um calafrio.- S.. simm - gaguejo.- Essa é a hora que você levanta e vai embora - ele diz com uma mão na minha nuca e a outra me puxando para si.- Não quero - digo em um fio de voz.Meu chefe simplesmente beija-me, levo alguns segundos para reagir, abro a boca para recebê-lo, seus lábios são macios, doces, acho que devido ao vinho, sua barba roça no meu rosto, com certeza aquele local ficará vermelho, seu beijo é lento, é como se ele estivesse me saboreando, seu aperto se torna mais apertado nos colando ainda mais, quando estamos quase sem folegos nos afastamos.Meu chefe encosta sua cabeça na minha e respira fundo.- O que você está fazendo comigo menina - diz mais para si mesmo.Por alguns segundos ficamos em silêncio o que chega a ser constrangedor, tento me levantar, porém s
Joana é um furação, quase não consigo acompanhá-la.- Sério, se clarear só um pouquinho vai ficar linda - nesse momento ela está tentando me convencer a pintar o cabelo - vamos - penso e penso, quer saber vou fazer.- Ok - digo e a doida sai pulando de alegria.Não sei se fiz certo em concordar com as loucuras de Joana, mas desde o momento que ela atracou em meu braço senti uma conexão com ela. Passamos a tarde toda no salão, ela apenas retocou seu tom rosa, eu já passei por uma grande transformação, a única coisa que não deixei em hipótese alguma foi cortar além das pontinhas do cabelo, amo meu cabelo comprido.- Não abre os olhos - Joana pede, me levando a algum lugar, provavelmente para perto de um espelho, já que a mesma não me deixou ver nada - tchan tchan ram tcham agora - comanda e então abro os olhos e meu queixo vai ao chão.Chego bem pertinho do espelho para observar melhor, pois ainda não estou acreditando no que meus olhos veêm.- Essa sou eu mesma? - pergunto incrédula.-
Valentina me encara, olhando em meus olhos, e o fato dela não responder quem foi o cara que a trouxe me enfurece, perco totalmente a razão, toco o foda-se, estamos a poucos centímetros, em um gesto brusco a puxo pela cintura e a beijo, não é um beijo romântico nem perto disso, é um beijo punitivo, estou a punido por ser petulante.Por alguns segundos o mundo ao nosso redor deixou de existir, o beijo foi ficando mais lento, até que nos afastamos, eu sabia que Valentina não era uma mulher qualquer, ela era diferente de todas que já me relacionei, encosto minha testa na dela.- O que você está fazendo comigo garota? - indago rouco, apenas ouço uma risadinha em resposta - fome?- Não, jantei com uma amiga... - responde - e foi ela que me trouxe - completa e ergue a sobrancelha - balanço a cabeça em negativo sorrindo.- Então o que quer fazer? um filme? - pergunto, claramente ansioso por sua resposta.- Sim, mas eu escolho - diz sorrindo - vou apenas me trocar, tudo bem?- Sim, enquanto vo
Mesmo de olhos fechados sorrio, meu corpo está dolorido, no entanto, me sinto muito, muito bem. Abro os olhos e me deparo com um par de olhos azuis me observando.- Bom dia - sauda.James estar arrumado, só então me ligo na hora.- Que horas são? - pergunto me levantando.- Seis da manhã - responde ainda me observando.O bem estar que estava quando acordei evaporou, me sinto desconfortável a sua observação e o fato dele não sorrir só piora a situação, eu sabia exatamente o que iria acontecer após ir para a cama com meu chefe, ainda assim fiz minha escolha.Cato minhas roupas pelo chão, sem vergonha da minha nudez, me visto rápido sem olhá-lo, ainda sem olhá-lo saio de seu quarto, no caminho até meu quarto agradeço à Deus mentalmente por não cruzar com nenhum outro funcionário, seria muito embaraçoso se alguém me pagasse saindo do quarto do chefe.Com o coração quase na boca sigo direto para o banheiro, toma uma ducha rápida, congelo quando olho-me no espelho, há chupões em meus seios e
Acho que fiz a maior burrada da minha vida. Tive a certeza quando vi o brilho de Valentina sumindo ao se levantar da cama, poderia ter tido outra reação? sim, quis? não. É melhor assim, não quero que crie expectativa sobre o que acontceu ontem, foi apenas sexo consensual.Eu sei estou sem sendo um bastardo, mas como disse antes, é m elhor assim. Ouço Loiuse falar sem prestar muita atenção.- Collins, está me ouvindo? - pergunta claramente irritada.- O que disse, desculpe.- Você está com a cabeça aonde? - pergunta intrigada,- Em nada - ao terminar de falar os olhos de Valentina vão direto para mim.- Algo mais senhor? - pergunto olhando em meus olhos.- Não - respondo seco.Louise observa tudo atentamente.- Não acredito Collins, a empregada - afirma perplexa.Louise e eu somos amigos desde a faculdade, quando vir para o Brasil a trouxe comigo, a vejo com uma irmã, ela é minha melhor amiga e advogada, então me conhece bem.- Para de ver coisas onde não tem - digo e ela revira os ol
Desde que nasci sei o que é rejeição, fui abandonado ainda preso a placenta, jogado em uma caixa como se fosse um bicho morto, por pouco não conheci a morte, um segurança que passava pela rua deserta onde me encontrava ouviu meu lamento baixinho, a principio o homem ficou assustado, porém logo agiu me enrolando em sua blusa, fui levado para um hospital meu estado não era dos melhores, virei notícia nacional, ''Homem encontra bebê ainda preso a placenta dentro de uma caixa'' depois da alta fui entregue para o estado, passei por vários orfanatos até por fim ser adotado aos 6 anos pelos Collins, um casal americano que veio em busca de uma criança no Brasil.Antes da adoção passei por muitos maltratos mesmo sendo muito pequeno, aprendi a me defender na raça, sei o que é dormir com fome e frio. Minha vida se transformou com a chegada de Louis e Mary Collins, tive dificuldade em confiar, para mim eles iriam fazer o mesmo que os outros faziam, demorou muito para que baixasse a guarda e os de
Estou quase fritando debaixo desse sol escaldante, hoje o sol nascecu com ódio, limpo o suor da testa e continuo com a lida, trabalhar na roça não é pra qualquer um não, no meu caso é a única opção que tenho, pelo menos por enquanto, pois estou juntando dinheiro para tentar a vida na cidade grande, ainda não tenho o suficiente, mas logo terei, já são quatro anos trabalhando de sol a sol desde que me formei no ensino médio.Não gosto nem um pouco do patrão, percebo o jeito que me olha, até a esposa dele já percebeu, e graças a Deus ela não me culpa pela falta de caráter do marido, falando no diabo.- Princesa - o velho barrigudo diz ao se aproximar, reviro os olhos.- Acho que o senhor me confundiu - digo seca.- Tenho algo para você - ignora o que acabei de dizer e retira um pacote do bolso, não dou confiança e continuo o que estou fazendo - aqui tem milzinho, é seu se me deixa apenas sentir o cheiro do seu mel.Fico totalmente perplexa com o que acabei de ouvir, realmente não acredit
Apenas com uma mochila nas costa e um sonho sigo para a rodoviária, no caminho decido pegar um ônibus para São Paulo, pesquiso por pensões e acho uma que julgo ser boa e segura, a viagem será longa e terei tempo para pensar o que fazer da minha vida.É nessas horas que penso nos meus pais, quem são eles? será que ainda estão vivos? por que eles me abandonaram? são tantas perguntas que possívelmente nunca saberei a resposta. Costumo falar que sou filha de chocadeira, por conta desse detalhe. Bom, mas a males que vem para o bem, se meus genitores não tivessem me abandonado quando criança não teria conhecido Juliete a mulher me criou, ela sim foi uma mãe de verdade, foi uma pena ela ter me deixado tão cedo.Juliete morreu aos 45 anos devido a um câncer de mama, por muitos anos lutamos contra, porém ele venceu, minha mãe se foi quando havia acabo de completar 18 anos, erámos apenas nós duas, foi uma época muito dificil, não tínhamos muitas condições e esperar pelo governo era ainda mais d