Capítulo 6 - Valentina

Sério, não sei qual é meu problema, desde que pisei nesta casa está acontecendo desastre atrás de desastre e olha que nem completei uma semana que estou aqui, não consigo nem olhar para a cara do meu chefe de tanta vergonha, não depois de ter o visto pelado e com uma mulher com a boca naquela monstruosidade que ele tem no meio das pernas.

Meus Deus só de pensar, meu rosto esquenta. Calma Valentina respira, puxo a respiração, prendo e solto, faço isso algumas vezes, tentando me acalmar, tudo em vão.

- Oi.

- Aí jesus! - me assusto com seu James na porta do quarto.

- Está doendo? - pergunta ainda na porta.

- Um pouco - respondo.

- Aqui está os rémedio que você tem que tomar - ao entrar me entrega uma sacola.

- Obrigada e mais uma vez, me desculpe - peço realmente arrependida de ter invadido a privacidade do meu chefe, pois ele já havia pedido para não zanzar pela casa - olha se o senhor quiser me despedir por justa causa, não irei me opor - digo enverhonhada, não consigo nem olhá-lo.

Por um breve momento penso que ele não está mais no quarto, porém quando levanto a cabeça seu James está me olhando, não consigo nem imaginar o que se passa em sua cabeça.

- Não será necessário, apenas aprenda a cumprir uma ordem - diz sério, até um pouco zangado.

- Sim senhor - digo rápidamente.

Ele simplesmente se vira e sai. Ainda com a sacola na e um pouco atordoada de ter escapado dessa vez permaneço com os olhos na porta.

- Obrigada Senhor! prometo não mais entrar em confusão e me manter longe do chefe. - rezo.

Já são quase uma da manhã, então tento dormir um pouco, a anestesia já está passando e o pé está começando a doer, pego uma das caixas que seu James trouxe e tomo um analgésico, somente quando começa a fazer efeito que cosigo dormir, porém dura pouco.

Passo boa parte da noite com dor, sinto que estou febril, procuro por antitérmico na sacola e logo tomo um, mas não me sinto bem, sinto calafrios, o que significa que a febre está alta, não tenho muito o que fazer, apenas me enrolo no máximo de lençol possível e tento voltar a dormir.

Em certo momento sinto-me flutuar, tento abrir os olhos, mas estão muito pesados.

- Vai ficar tudo bem - ouço alguém falar, mas não reconheço a voz - vou te deitar aqui ok - ouço novamente, apenas balanço a cabeça.

Não sei por quanto tempo dormir, abro os olhos e o quarto está uma escuridão total, tento levantar, mas meu pé lateja. Do nada a luz é acesa, e me assusto, pois não estou no meu quarto e sim no de seu James, levo minha mão a boca.

- Se sente melhor? - meu chefe vestido apenas de uma bermuda pergunta, apenas balanço a cabeça em positivo - tem certeza? - volta a perguntar sério - balanço a cabeça em negativo - dor?

- Sim.

- Ok.

Seu James se aproxima, puxa o lençol e delicdamente faz um curativo no meu pé, franzo a sobrancelha, segurando o choro, pois está doendo demais, ele espirra um trem que me faz lágrimar, logo em seguida assopra.

- Pronto, agora tomar os rémedios, primeiro esse - diz e me passa um comprido - é para a febre e esse é um anti-inflamatório - me passa outro.

- Tudo bem - enfio na boca e os comprimidos descem rasgando, sempre tive dificuldade em engolir comprimido, não importa o tamanho parece que eles ficam engatados na goela - mais água por favor - peço - obrigada.

Depois de tomar os rémedio, fica um silêncio constrangedor no quarto, seu James me observa atentamente, solto um pigarro.

- Desculpa por lhe estar dando trabalho na sua folga - me desculpo - mas como vim parar no seu quarto?, desculpe lhe perguntar.

- Fui verficar se você estava bem, b**e algumas vezes, mas você não respondeu, entrei e vi você tremendo, estava com febre alta, por isso te trouxe para cá, fiz umas compressas para baixar sua temperatura - explica.

- Ah! obrigada de novo, agora já posso voltar para meu quarto - falo e ele assente.

Levanto-me devagar e ao tocar o pé no chão a dor é dez vezes pior, tento disfaçar que não doeu, mas as lágrimas me entregam. Então seu James me devolve para sua cama, arruma alguns travesseiros e coloca meu pé sobre eles.

- Você fica ai - determina.

- Não posso senhor, sério, vou ficar bem no meu quarto, e o senhor precisa descansar também né, já atrapalhei demais sua vida - digo.

- Não me faça repetir - resmunga.

Rapidamente calo minha boca e deito-me obedecendo, como diz o diatado ''manda quem pode, obedece quem tem juízo'' por isso decido ficar quietinha, meu chefe bravo some por alguns longos minutos, e eu faço o que? fico olhando para o teto, quando ouço barulho no corredor, viro-me para o lado e finjo que estou dormindo.

- Garota - Seu James chama-me, para então me cutucar - Garota.

- Oi - digo ao vira-se para ele.

- Coma antes que morra de fome - diz e me juda a sentar.

Ele coloca uma bandeja sobre minhas pernas, o cheiro está maravilhoso, uma sopa.

- O senhor cozinhou? - pergunto incrédula.

- Não - responde - apenas coma - comanda.

Seu James simplesmente senta-se no sofá, pega seu computador e começa a trabalhar, como se eu não estivesse aqui, para não contrariar começo a comer e realmente, o sabor é excepcional, como tudinho inclusive os pãeszinho, não sei cabe o suco, mas tento empurrá-lo.

Ao terminar o jantar, perceo que não tomei banho, penso ''caraca vou deixar meu azedin nos lençois do meu chefe'' decidada a voltar para meu quarto, levanto-me devagar, engulo a dor e finjo que está tudo bem.

- Senhor estou me sentindo melhor, já posso ir para meu quarto - digo caminhando até a porta à passos de tartarugas.

- Ok - o ouço falar com a voz grave e um arrepio percorre meu corpo, não ouso olhar para trás.

Me escorando pelas paredes e mancando consigo chegar até meu quarto, a dor infernal volta com força total.

- Droga - me jogo na cama - esqueci os rémedios no quarto do chefe.

Me arrependo amargamente do esforço que fiz pra chegar o quarto, mas quero que me entendam mal, o que iriam falar sobre mim se soubesse que dormi no quarto do patrão, não! isso não.

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