Ironia Do Destino
Ironia Do Destino
Por: Pyetra Souza
Prólogo

A noite está fria e uma tempestade horrível cai no lado de fora. Sobre os lençóis de sua cama, uma mulher geme extremamente de dor. Logo seu filho virá, sendo isso só o começo de suas contrações. 

Seu marido que a observa perplexo se irrita pela demora do médico. Pois não era pra ser em casa o parto de seu filho que infelizmente aconteceu por incidente doméstico por cair no chão enquanto fazia seus afazeres. 

Depois de longos minutos, ouve-se batidas na porta. Abrindo em seguida apressadamente, se depara com o médico chacoalhando seus sapatos molhados no tapete da entrada de sua casa, por causa da chuva forte que balança as folhas e as copas das árvores.

_ Me desculpa a demora Senhor Bentes. Parece que houve um acidente na rodovia. Que pena, um casal lindo morreu. Fiquei para prestar os primeiros socorros mas logo chegaram outros médicos. 

_ Tudo bem, por favor.. ela está assim há quase uma hora.

Seu marido aponta para o quarto e quando chegam é no momento exato de outra contração, que a propósito estão ficando com o tempo mais curto de intervalo.

_ Está certo. Ele está vindo, faça força!

Diz o doutor entre as pernas da mulher que grita pela dor agonizante. 

_ Aah! - Deu seu primeiro grito ao forçar a passagem. 

_ Vamos, você consegue querida. - Diz seu marido ao seu lado.

_ Aah! 

Com o seu segundo grito, a criança nasce cedendo a bolsa de sangue logo depois de seu ventre, sua placenta. 

Após o médico cortar com sua tesoura cirúrgica todos ficam em silêncio. 

É perceptível o vislumbre de dor na feição dele, que segura o bebê que ainda não ousou chorar.

Preocupada a mãe pergunta ainda fraca, olhando para seu filho sem entender o motivo de não ouvir o seu choro pela primeira vez.

_ O que houve doutor? Por que meu bebê não chora?

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