Tempos depois… Claro que aceitei ser a senhora Marshal! Até parece que perderia essa chance.Depois que deixamos a ilha, passamos a organizar nossa vida juntos. Não queríamos perder muito tempo, pois não havia um porquê. Resolvemos que dois meses era um bom tempo para fazer todas as mudanças necessárias.Lucas tinha urgência e de certa forma acabei entendendo que não tínhamos porque esperar, não havia motivos e estávamos certos do que queríamos para nossa vida. E feito! Nós casamos! Uma cerimônia muito simples em família. Lucas queria algo ainda mais íntimo, no entanto, o convenci a ao menos, nos casarmos na companhia dos nossos familiares e amigos.Não achei que seria justo com aqueles a quem amamos, pois além da nossa família, tínhamos nossos amigos e estes foram os responsáveis por conseguirmos acertar nossas diferenças.Nosso casamento foi lindo!Albert me ajudou em muita coisa, ficou tão eufórico em poder fazer o papel do pai da noiva.Óbvio que entrei com ele na cerimônia
"Quando as coisas parecem perfeitas, mas só parecem. Você tem que fazer uma escolha, ainda que essa escolha pareça errada, você a faz. Sem saber ao certo, onde essa escolha a levará. Se a vida de todo mundo é feita de escolhas, a minha não se torna diferente. Sigo, acreditando que tudo há seu tempo, se resolverá, mesmo porque, se faz necessário rever velhas feridas, para que seu futuro seja no mínimo menos intenso que seu passado. Aprendi que muitas vezes, para uma ferida cicatrizar é necessário retirar a crosta antiga, cuidar, zelar para que o processo de cura aconteça. Mas quem disse que estamos preparados para esse processo?!? Infelizmente, nem todas as coisas dependem exclusivamente de você, daquilo que você acha certo, daquilo que você acredita ser justo. Nem sempre aquilo que lhe é acrescentado, é algo que lhe faltava. Nem sempre você consegue abrir mão, porque nem tudo se resume a você. Mas isso é viver, isso é continuar, isso é caminhar; mesmo em meio a tantas novidades, mesm
"Wilson e Carmem Grassi, seus avós maternos, começaram a trabalhar em nossa casa assim que se casaram. Anos depois Roger nascia para encanto da nossa família, um menino lindo, cheio de vida e trazendo um novo colorido ao nosso lar. Tivemos a sorte de ter a família da Carmen conosco, pois ela se tornou uma segunda mãe para Roger. Ele cresceu e como todo jovem querendo ganhar o mundo. Nunca escondemos dele, que mais dia ou menos dia, teria que assumir seu lugar nos negócios da família, algo que sempre nos causou muitos conflitos e desentendimentos, por ele não querer tal obrigação. Mesmo ao nosso contragosto, ele seguiu vivendo sua vida da maneira que achava certo e por hora, resolvemos deixar as coisas seguirem sem brigas, ao menos por aquele momento. Acho que erramos ao permitir a Roger tanta liberdade e pouca responsabilidade, mas queriamos que nosso filho crescesse de uma forma mais independente, livre e cheia de escolhas, talvez esse deva ter sido o nosso maior erro, mas uma vez fe
Celebramos um acordo vitalício, para que eles tivessem todo o amparo financeiro que precisassem para você ser bem cuidada. Passamos temporariamente sua guarda para eles, para que não pudessem suspeitar quem de verdade você era. Porque se algum abutre da imprensa descobrisse, seríamos massacrados e acabariam com a paz que estavamos buscando para você. E assim os anos foram passando e quando percebemos, você já não era mais aquele bebezinho indefeso, ao contrário, crescia uma linda menininha e sem ter contato algum com os holofotes, que tanto fazem parte do nossos dias. Sendo assim, olhando exclusivamente para o seu bem, mesmo com nossos corações em pedaços, resolvemos com muita tristeza, que você seguiria sendo criada apenas por seu avós, Wilson e Carmem, e nos manteríamos distantes.Procuramos durante todo o tempo encontrar seu pai, mas não obtivemos êxito em nenhuma das nossas buscas. Foram anos e mais anos tentando e nada!Roger simplesmente parecia ter sido engolido pela terra, o
Por isso eu não esperava?!? Além de ter uma nova família ou melhor, além de descobrir que herdei uma coisa enorme e quando digo enorme, pode elevar a quinta potência ou até a sexta, pois não é algo tão simples assim, tão básico ou comum.“Sei que pode parecer estranho. Mas é muita informação para eu processar… Estamos no meio do dia, mas por favor Sr. Storm, vi que há um bar ali, posso me servir de algo. E antes que me questione: Não!... Não sou dada a bebedeira, no entanto hoje, o dia está sendo muito diferente, até estranho e esquisito!!!"Ele concorda e consente. E assim me levantei, fui até o bar e me servi de uma bebida âmbar, enchi o copo até a metade, sem me dar o trabalho de perguntar o que estava bebendo. Caramba!!! Porque meus avós me esconderam tudo isso?!? Qual foi a lógica usada para toda essa história? Enquanto penso nisso tudo, percebo que os dois me observam e a bebida que engoli em um gole só, não me ajudou em nada!Nem sei porque inventei de beber, acho que na ve
“Ai como vou te contar isso sem fazer drama?!?”"Oras… contando e não fazendo!” digo a Isa“Stelinha, ontem fui jantar num bistrô que estava inaugurando com Dougue”“Hum…”, digo, mostrando que estou prestando atenção.“Quando chegamos, o lugar estava com fila de espera de três horas, mas como o dono do lugar, era um dos amigos do Dougue, estavamos com nossa reserva… O lugar é um arraso Stelinha! Chiquérrimo! A comida, um manjar dos deuses!”Isa tem esse lado contadora de história, irrita quem não a conhece, pois ela em nada é objetiva, quando está relembrando. “E o que foi que mudou durante esse jantar épico?”“Então, enquanto estavamos comendo a sobremesa, vi Lucas entrar, até então era ele. Dougue acenou para ele que por um momento se intimidou em corresponder. Achamos estranho! Aquela morena, acho que Sônia estava de braços dados com ele. Muito embora fisicamente fosse Lucas, mas as roupas, os gestos, sei lá, Stelinha foi estranho! Achamos melhor deixar para lá e seguirmos jantando
Albert se animou com a notícia. Mesmo com nossas indiferenças, baixar a guarda não irá me fazer mal e mais, acredito que farei bem em acompanhá-lo. Nesse momento meu telefone toca e Albert pede licença para sair. “Alo”“Oi sumida!”, Sheila do outro lado.“Sumida eu?!?... Nem tanto!!!", e caímos na risada.“Bom ouvir sua voz!”, não imaginei o quanto estava com saudade.“Digo o mesmo! E aí, ainda demora?” “Acho que mais uma semana, mas não sei bem ao certo, as coisas aqui mudaram muito com a minha chegada”“Hum… Não sei não, acho que Isa e eu perderemos uma amiga!”“Ahhh, nãoooo… isso NUNCA!!! Pode acreditar, carrego vocês para onde eu for, da forma que for… uma por todas e…""Todas por uma!”, completa Sheila feliz. E assim, ganhei um tempo conversando com Sheila, enquanto ela me falava das coisas sobre ela e Eduard, perguntei pelos preparativos do casamento, mas percebi um pouco de desinteresse dela, resolvi não questionar, até porque, estou longe e assim nossa conversa partiu para
Algumas coisas que não costumo fazer, mas em meio a minha falta de tempo, escolhi um modelo pérola lindo dentre os três que uma das lojas que herdei me enviou. Sim, tenho algumas lojas de roupas, lojas não, na verdade minha querida avó Mars, criou uma marca de roupas e com o sucesso alcançado, virou uma rede e enfim, mas uma empresa que faz parte do meu espólio. Escolhi um traje completo, conjunto íntimo, vestido, sapato, bolsa e optei por um conjunto de pérolas e ouro, que pertenciam à Sra. Mars, acho que ela gostaria de me ver usando isso, sei lá, gosto de pensar que sim. Sai duas horas antes do trabalho, passei no salão que havia marcado, fiz unhas, cabelo e maquiagem. Piter ficou de nos encontrar lá no jantar. Albert até sugeriu em me acompanhar, mas acabaríamos chamando atenção demais para mim, coisa que não seria bom para o momento. Fiquei de ir, sozinha mesmo. No horário combinado, Vitor já me aguardava e ficou perdido no que me dizer, uma vez que nunca me viu em trajes a