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Capítulo 4 - Vai me contar!

Por isso eu não esperava?!? Além de ter uma nova família ou melhor, além de descobrir que herdei uma coisa enorme e quando digo enorme, pode elevar a quinta potência ou até a sexta, pois não é algo tão simples assim, tão básico ou comum.

“Sei que pode parecer estranho. Mas é muita informação para eu processar… Estamos no meio do dia, mas por favor Sr. Storm, vi que há um bar ali, posso me servir de algo. E antes que me questione: Não!... Não sou dada a bebedeira, no entanto hoje, o dia está sendo muito diferente, até estranho e esquisito!!!"

Ele concorda e consente.

E assim me levantei, fui até o bar e me servi de uma bebida âmbar, enchi o copo até a metade, sem me dar o trabalho de perguntar o que estava bebendo.

Caramba!!!

Porque meus avós me esconderam tudo isso?!?

Qual foi a lógica usada para toda essa história?

Enquanto penso nisso tudo, percebo que os dois me observam e a bebida que engoli em um gole só, não me ajudou em nada!

Nem sei porque inventei de beber, acho que na verdade estava em busca de me levantar um pouco, sair do lugar, me mexer, pois tudo está me deixando bem fora de mim, é muita informação, de verdade não estava preparada para nada disso.

Volto a me sentar e dada a situação, melhor terminar, mesmo eu não tendo muita compreensão do que é isso tudo.

“Pelo que pude entender, além de viver uma vida de mentira, ainda herdei uma fortuna!”

“Colocado dessa forma - completa Ronald - Sim!”

Me viro para Albert, que em nenhum momento deixou de me observar.

“E agora, tenho que administrar todo esse circo com você?”

“Bom, eu não chamaria de circo”

“Ahhh, não! Porque não é com você!!!”, vociferei para ele.

“Calma, não tome em negativa, meu comentário!”, me diz Albert.

“Para ser bem sincera, por mim, sairia daqui agora, sem nem olhar para trás. Mas seria burrice minha, agir motivada pela raiva e acho que contudo, tenho mais direito sobre isso do que gostaria, sendo assim Ronald, conclua logo tudo”

“Como queira", diz ele.

Passei as duas horas seguintes ouvindo sobre minha mais nova família.

Albert também me contou mais sobre eles e contudo isso, ainda me sentia muito mal.

“Bem, acho que me passaram o básico de tudo o que precisava saber. Percebi a importância de todas essas informações, então vou fazer assim, vou me mudar para a casa da família Mars, não vou parar minha vida por conta disso. Continuarei estudando e vamos ver, como as coisas acontecem”

“Como queira Stela”, disse Ronald.

“Albert, não sei se lhe agrada, mas quero você morando comigo. Já que é meu tutor. Outra coisa Ronald, você segue responsável por toda parte jurídica que diz respeito a mim e ao grupo Mars"

“Será uma honra”, agradece Ronald.

“Agora outra coisa, tudo será administrado por Albert em concordância comigo. Mas não quero alarde quanto a minha existência. Sem holofotes, sem imprensa, sem essa coisa toda de mídia, ao menos por hora, sei que chegará a hora que não conseguirei segurar, mas enquanto nos for possível, sou uma gerente, uma estagiária, seja lá como vocês farão, só me deixem no meu anonimato. Quero seguir como estou, sendo quem sou”

Passei mais algumas coisas com eles, mesmo com minha cabeça fervendo. E pior, vou ter que manter essa história só para mim. E assim adentrei ao picadeiro chamado: Mars!

Alguns dias depois…

Como pode, ainda sinto falta do Lucas!

Tudo bem, foi escolha minha, por um momento achei que conseguiria, mas droga! Quando acho que consegui achar alguém legal, que eu possa dividir minha vida, a coisa não é tão simples e fácil assim.

Que merda!

Ainda sinto que ele me esconde algo sério e essa minha desconfiança não é algo à toa, não sou de ficar buscando pelo em ovo, mesmo porque, quem sou eu para ditar regras sobre segredos, tendo a história que tenho.

Pedi alguns dias de licença para Phillipe, que prontamente me atendeu. Contei que surgiu algo urgente e que precisava me ausentar, caso não fosse possível, falei que me desligaria sem nenhum problema.

No entanto Phillipe nem questionou, uma vez que me dediquei tanto às investigações e ele achou por bem, me dar esses dias.

Em meio às nossas conversas, Phillipe tentou especular sobre onde estou, mas não dei abertura para maiores informações, apenas contando que estão sendo dias proveitosos.

Tenho comigo, que algum CEO da nossa empresa, andou sondando algum tipo de informação, mas como ninguém faz ideia de onde estou, ele teria que se contentar apenas com minha ausência.

Lucas Marshal incrivelmente delicioso Rym, ainda assombra meus pensamentos!

Porque fui me apaixonar!!!

Porque baixei a guarda dessa forma?!?

Eu não sei em que momento me deixei ser levada assim.

Como se minha vida por si só já não bastasse.

Tenho tanta coisa martelando em minha mente e agora tenho que lidar com sua ausência.

Nesse momento, percebo Albert adentrar a sala, para o desjejum e me assusto, por mais que saiba que estamos na mesma casa, ainda assim, é estranho!

“Bom dia Stela!!!”, diz um eufórico Albert.

"Bom dia", respondo sem sua alegria.

Sempre foi esse entusiasmo que me irritou, me parece que ele faz isso de propósito, só pode!

Ele não perde uma única chance de me provocar.

Não que eu seja contra pessoas felizes, mas sou totalmente contra Albert e essa euforia constante.

Siimmm, assumo, não sou fã da companhia dele!

Pronto assumi!

Não que ele tenha me feito algo diretamente, mas indiretamente, ele é a personificação da família que eu não queria que fosse a "minha família".

Entenderam?!?

Não! Então, deixa para lá!

Porque a verdade é que Albert parece os fantasmas dos meus avós reencarnados, isso sim!

“Velhos hábitos não mudam!”

O que ele disse?!?

“Falou alguma coisa Albert?”

“Sim… afirmei que velhos hábitos não mudam!!!”

Lá vem ele, caramba, tenho tanta coisa para fazer e ele não se atenta que esses dias, não estou em meus melhores dias. Para variar!

Ou melhor, ele nunca se atenta que seu silêncio seria um bem mais que precioso para mim, diga-se de passagem!

“Sim Albert, velhos hábitos com certeza não mudam, inclusive o seu, de tentar oprimir o silêncio que até antes de você entrar, era o meu melhor companheiro!”

“Menos mal… o que mais?”

E assim, passamos as próximas horas trabalhando conforme vínhamos fazendo nos últimos quinze dias.

Era tanta coisa para se fazer, verificar e o pior, quanto mais eu realizava, mais eu estava gostando, claro que tomando o cuidado de não deixar Albert perceber, que aquela rotina imposta, estava me agradando mais do que imaginei.

Esses últimos anos trabalhando para o grupo Rym me trouxeram mais maturidade, conhecimento e agora vejo que minha escolha foi certeira em continuar trabalhando para a empresa Rym.

Penso nas coisas que deixei e resolvo ligar para Isa conforme tenho feito.

“Albert preciso fazer aquela ligação diária, pode me dar licença?”

E sem me questionar, ele pega o que precisa da sua mesa, leva seu telefone e sai.

“Isa bom dia!”

“Bom dia minha chefa!”

Caímos na risada na hora.

“Como estamos?”

“Bem, se quer saber sobre o trabalho já te conto, mas antes tenho que te falar algo”

Ai lá vem, o que será dessa vez?!? Nas últimas semanas Isa, narra diariamente, mesmo que eu não pergunte, o passo a passo do Lucas.

Nos primeiros dias ele me procurou incansavelmente, implorando até que as meninas lhe contassem onde eu estou. Fato esse que, mantenho oculto delas com a desculpa que um tio distante (claro que penso em Albert como esse tio) está precisando da minha ajuda, expliquei que ele gerencia alguns bens da nossa família (o que é verdade) e que eu tentei fazer isso a distância, mas não estava funcionando e assim elas me entendem, uma vez que, se pedi uma licença especial é que a situação era séria.

Elas não insistiram por mais detalhes, o que me facilitou e muito, me deixando mais tranquila, até mesmo, para não entrarem em briga direta com Lucas. Elas não mentem, não sabem onde estou e Lucas aos poucos foi acreditando, até parar de questioná-las nos últimos dias.

“Vai me conta!”, sabendo que não há como escapar dessa!

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