"Quando as coisas parecem perfeitas, mas só parecem. Você tem que fazer uma escolha, ainda que essa escolha pareça errada, você a faz. Sem saber ao certo, onde essa escolha a levará. Se a vida de todo mundo é feita de escolhas, a minha não se torna diferente. Sigo, acreditando que tudo há seu tempo, se resolverá, mesmo porque, se faz necessário rever velhas feridas, para que seu futuro seja no mínimo menos intenso que seu passado. Aprendi que muitas vezes, para uma ferida cicatrizar é necessário retirar a crosta antiga, cuidar, zelar para que o processo de cura aconteça. Mas quem disse que estamos preparados para esse processo?!? Infelizmente, nem todas as coisas dependem exclusivamente de você, daquilo que você acha certo, daquilo que você acredita ser justo.
Nem sempre aquilo que lhe é acrescentado, é algo que lhe faltava. Nem sempre você consegue abrir mão, porque nem tudo se resume a você.Mas isso é viver, isso é continuar, isso é caminhar; mesmo em meio a tantas novidades, mesmo em meio há tantas mudanças, mesmo em meio a sua própria vontade.Por mais que eu não queira, preciso deixar com que as peças se encaixem, mesmo que essas peças não me façam a menor falta, preciso permitir que estas encontrem seu lugar em minha vida, mesmo alheia a minha vontade.Há situações que precisamos deixar com que sigam, para que assim ao menos, você se encontre em algum momento. Nem tudo fará sentido nessa jornada, nem tudo seguirá uma lógica esperada, nem tudo será o que parece, nem tudo é sobre o que você espera ou acredita.Isso é seguir em frente, isso é prosseguir, isso é dar continuidade, isso é continuar, continuando! Mesmo que você tenha que se reencontrar, se reinventar, se reescrever. E se viver é isso, que seja intenso, o meu caminhar"...Quem disse que toda decisão bem tomada é fácil. Tal afirmação é um consolo hipócrita. Pois nem sempre será fácil escolher, em meio aquilo que você nem esperava viver.Acreditei que me abrindo de verdade, conseguiria ao menos sua compreensão, e no final sua aceitação, mesmo que os caminhos até aqui trilhados não tenham sido os mais simples, acreditei que tudo ficaria bem.Mas me enganei!Criei tanta expectativa quanto a tudo isso, para no final não ser nada do que eu esperava.Jamais me vi vivendo uma situação dessa, nunca passou pela minha cabeça que estaria me sujeitando a um momento como esse.Como pude baixar a guarda dessa forma, sempre fui tão aquém do que se esperava, sempre levando a razão acima da emoção e sentimentos.Como me tornei alguém tão comum, tão normal, tão fraco?!?Já busquei com todos que poderiam me dizer onde ela está, mas ninguém sabe.Parece que foi engolida pela terra!Fico sem saber como fazer, mas estou atordoado sem ter nenhuma notícia dela.Cogitei pedir a Eduard que realizasse uma busca, mas pensei melhor, não seria certo pedir a um de seus amigos que vasculhasse sua vida.Bom, ao menos nesse primeiro momento. Pois não descarto qualquer alternativa, para encontrar essa mulher.Ela fez menção de alguns dias, mas isso já foi há uma semana, no entanto, ainda assim, são alguns dias, mesmo que para mim pareça uma eternidade.Que saco!Droga, definitivamente não sei lidar direito com o tempo, essa é a merda!Como fui burro, deveria ter previsto que minha atitude poderia assustá-la, pela primeira vez em minha vida, decido fazer o que meus sentimentos me pedem e olha o que dá.É um inferno!Um cara como eu não comete erros idiotas assim, sempre fui tão centrado, por saber que os sentimentos só trazem problemas.Sempre corri dessa coisa de amor, de ter alguém, de relacionamento, mas agora estou aqui atormentado por uma mulher que simplesmente sumiu!A merda de não ter domínio sobre as coisas, não é algo que eu consiga lidar com tanta facilidade.Essa coisa toda que sinto, me deixa muito aquém do cara que costumo ser. Nunca deixei meus sentimentos levarem vantagem, mas agora, aqui estou eu, refém deles!É uma grande e tremenda… merda!Não adianta eu ficar aqui me auto analisando, como se me interrogando assim, fosse resolver alguma coisa.Pior, nem sei o que fazer, não sei como lidar com essa novidade toda, não sei na verdade… mais nada!A única coisa certa, e que preciso descobrir ao menos onde ela se meteu e depois disso, penso no que vou fazer. Mesmo porque, agora não tenho ideia alguma de tudo isso e me olhando assim, pareço um daqueles sentimentalóides que tanto já tirei sarro em outros tempos.“Que merda Stela, onde foi que você se meteu MULHERRR!!!”Porque não fui mais devagar?Porque não esperei um pouco mais?Fui tomado pela emoção, essa é a verdade. Não estava esperando encontrá-la assim e quando vi, já estava indo contra tudo o que haviamos combinado.Fui muito burro, precipitei demais as coisas.Ela não é como as outras mulheres, merda!Como fui tonto, acabei colocando tudo a perder!Poderia ter ganho um pouco mais de tempo, poderia ter investido em estar mais próximo dela, poderia ter feito tudo de uma maneira mais tranquila, mais suave.Mas não, agi sem pensar e com isso, posso ter colocado tudo a perder.É uma merda!Mas agora, preciso deixar isso um pouco de lado, se não irei enlouquecer, se é que já não estou enlouquecendo.Mesmo com ela povoando minha mente, mais do que desejava, preciso seguir, ao menos tentando trabalhar.Uma vez que tenho muito o que fazer e meus dias, como todos sabem, não são tão simples assim.Preciso focar nas responsabilidades que carrego, mesmo com essa nuvem sobre minha cabeça, estava tudo indo bem, tudo caminhando para tornar nossos dias incríveis. Agora isso!Mas minha agenda não pode esperar, os compromissos não irão simplesmente desaparecer, pessoas dependem de mim, famílias dependem de mim.Mesmo sem nenhuma vontade, a responsabilidade fala mais alto e com isso, preciso agir, pois não posso continuar refém da sua ausência…....“Bom dia Vitor, me leve para casa!”, disparo, assim que me aproximo dele no aeroporto, entrego minha mala a ele e nem espero que abra a porta do SUV para mim.Olho para meu telefone desligado, será que minha escolha é a mais certa?!?Olhando para minha vida, sim é!Uma vez que tenho uma história pendente com meu passado. É hora de rever algumas coisas e colocar todas as cartas na mesa.Já adiei demais e chegou a hora de tomar as rédeas dessa parte da minha história. Mesmo não fazendo ideia do que vem pela frente, preciso mudar as coisas para o meu bem.Retiro o aparelho que até pouco tempo nem queria utilizar e realizei uma ligação.“Aconteceu alguma coisa, Stela?”“Ah, para!!! Desde quando se preocupa comigo Albert?”Albert Noan, meu tutor, responsável pelo meu espólio e gerenciamento de tudo o que infelizmente herdei.“Não fale isso! Me preocupo sim, mas infelizmente você não acredita!”“Será que é porque, você sempre se coloca a favor dos meus parentes mortos?!?", respondo.“Você quer dizer, seus avós! Se os conhecesse, saberia que tomaram a decisão certa!”“Decisão esta que pouco importa minha opnião, decisão esta, que me faz refém de algo que eu nunca quis!”“Decisão esta Stela, que a manterá bem amparada até o fim dos seus dias e até mesmo por gerações”“Albert chega! Sempre discordamos quanto a isso. Você sempre será fiel a eles e ponto!”“A você também sou fiel!”, ele rebate.“Um dia quem sabe, acabo acreditando nessa mentira que tanto você faz questão de afirmar. Mas por hora, estou a caminho da minha casa, deixe todos avisados da minha chegada. Providencie tudo a respeito da situação que deixei para que você cuidasse”“Essa sim, é uma excelente novidade! Quanto tempo irá ficar dessa vez?!?”“Não interessa! Como sempre te lembro, você é pago para cuidar das coisas para mim, não da minha vida!”“Como quiser! Mas alguma coisa?”, me pergunta Albert, ignorando meu show de cavalice.“Sim, sem alarde algum, como sempre! Quero seguir como um fantasma! Espero não ter surpresas, como dá ultima vez que por pouco, não descobriram quem eu era de verdade”“Eu mesmo montei dessa vez sua equipe de segurança, tomei todo o cuidado para que tudo saia sempre da maneira que espera. Da última vez, a incompetência da equipe contratada, encarregada pela sua estadia, foi demais até mesmo para mim!”“É o mínimo que espero!”, rebato.“Pode deixar!”E assim finalizo a ligação.Minha paciência está cada vez menor, preciso começar a tomar cuidado, ninguém tem culpa das coisas que me acontecem, não preciso ser tão rude assim com os outros, mesmo que esses outros, sejam o Albert!Pronto, agora é procurar terminar as coisas por aqui. Porque na realidade, não sei o que fazer da minha vida de verdade!Se quer saber, não, não foi fácil sair da casa do Lucas, depois da noite maravilhosa que vivemos.Tudo foi mais que perfeito!Mas neste momento não posso dar a Lucas o que ele quer.Não agora!Sei que estou completamente apaixonada por ele, mas tenho esse meu passado mal resolvido.Que droga!Quando me vi sozinha, sem ninguém, pensei comigo, agora é hora de cuidar de mim à minha maneira.E quando tudo estava indo bem, sou surpreendida por uma convocação de comparecimento com dia e hora marcada, o documento dizia apenas que era para legitimação de bens.Pensei naquele momento, o que meu avô aprontou, pois fazia pouco tempo que havia falecido. Sem muita escolha, pois presumi que era algo que tinha relação com meu avô e acabei indo até o endereço informado.Me lembro como hoje, cheguei no local vinte minutos antes do horário marcado e claro, o prédio era imponente, me lembro de ter passado por ele algumas vezes e até com meu avô ao lado. E em uma dessas vezes comentei como achava a fachada do prédio deslumbrante, imponente, lindo! Lembro dele não dando muita atenção para meu comentário, até estranhei, porque era algo que gostávamos de ver juntos, as fachadas suntuosas e suas magníficas construções, imaginar como foram construídas, era um passatempo maravilhoso nosso.Meu avô sabia muito sobre muitas construções da cidade, mas logo este prédio, ele fez questão de não dar muita atenção.Achei estranho, mas deixei para lá.Caminhei até a recepção luxuosa por sinal, não poderia ser menos para aquele prédio, me apresentei e fui orientada a que andar deveria ir e a quem me dirigir.Quando o elevador anunciou meu andar ao descer, havia uma moça simpática me aguardando.“Bom dia senhorita Stuart, sou Elizabeth James, por aqui por favor, Senhor Storn a espera”A comprimentei e seguimos até onde esse senhor me aguardava.Adentramos a uma sala muito bem mobiliada, magno para todos os lados que olhasse, havia uma mesa de escritório ao lado direito e no lado esquerdo havia um conjunto de sofás em couro e mais ao canto uma mesa de reunião.Um senhor grisalho levantou-se da mesa em que estava e caminhou em nossa direção assim que adentramos a sala.“Bom dia, senhorita Stuart!”, e dizendo isso, estendeu a mão para me comprimentar."Sou Ronald Storm, advogado e testamenteiro, representante legal da sua família”“Bom dia, senhor Storn! Só não entendi o que meu avô aprontou, mesmo porque, achei que haviamos cuidado de tudo logo que minha avó faleceu. Ele me persuadiu a ajudá-lo, mesmo contra minha vontade”“Bem, sente-se aqui por favor”, me indicou um lugar à mesa de reunião."Posso lhe servir algo, suco, água, café?”“Agua seria excelente!”, respondi.“Elizabeth, providencie dois copos de água, por favor. E providencie também as pastas que mais cedo lhe pedi”“As pastas senhor Storn já estão aqui, deixei sobre sua mesa, vou providenciar a água. Algo mais?”, perguntou.“Excelente!... Não, obrigado Elizabeth!”E assim Elizabeth saiu nos deixando sozinhos.Percebo que o senhor Storn me olhava, sem disfarçar que estava me avaliando ou algo parecido. Fico sem graça, quando fazem isso, mas o que posso fazer, mais essa para a coleção das graças que meu avô possivelmente me aprontou. Pois não faço a mínima ideia do que estou fazendo aqui, essa é a verdade.“Senhorita Stuart, só estamos aguardando a chegada de mais uma pessoa, para que eu possa lhe explicar o motivo da senhorita estar aqui”, e acabando de dizer isso Elizabeth b**e a porta, adentrando a sala acompanhada de um homem alto, aparentando um pouco mais 40 anos, muito bem arrumado e bem afeiçoado.Ele caminha até onde estamos e com um sorriso enorme no rosto, senhor Storn o comprimenta com um caloroso abraço, demonstrando o carinho de velhos e bons amigos.“Ronald meu amigo, bom reencontrá-lo!"O Senhor Storn retribui com a mesma alegria de velhos e queridos amigos.“Digo o mesmo Albert, só assim para rever os amigos!”“Ah, Ronald não fale isso, a menos de um mês te mostrei o que é jogar sinuca de verdade com aquela minha jogada inesperada”“Pode parar Albert, aquilo ali não dá para ser chamado de jogar, meu amigo!”E os dois caem na risada, parecem mesmo velhos e bons amigos, só não entendo o que eu estou fazendo na companhia dos dois, pois não me lembro de os conhecer.E parecendo ler meus pensamentos, senhor Storn se antecipa a me apresentar ao seu amigo.“Albert, deixe-me apresentar a senhorita Stela Stuart. Senhorita Stuart este aqui é Albert Noan”Estendendo minha mão para cumprimentar o homem à minha frente, que demonstra alegria ao me ver, parece até surpreso!Estranho, não me recordo de conhecê-lo e nem seu nome me é familiar.O que meu avô deve ter feito, pois não tenho lembrança alguma, de ter ouvido falar de nenhum dos dois.“Senhorita Stuart já poderemos começar, era Albert que estavamos esperando”O Senhor Storn mostra o lugar ao qual o senhor Noan deve se sentar e logo pega as pastas que anteriormente Elizabeth entregou.Percebo que o senhor Noan não tira seus olhos de mim e isso começa a me incomodar, mesmo porque, seu olhar não é nada agradável."Wilson e Carmem Grassi, seus avós maternos, começaram a trabalhar em nossa casa assim que se casaram. Anos depois Roger nascia para encanto da nossa família, um menino lindo, cheio de vida e trazendo um novo colorido ao nosso lar. Tivemos a sorte de ter a família da Carmen conosco, pois ela se tornou uma segunda mãe para Roger. Ele cresceu e como todo jovem querendo ganhar o mundo. Nunca escondemos dele, que mais dia ou menos dia, teria que assumir seu lugar nos negócios da família, algo que sempre nos causou muitos conflitos e desentendimentos, por ele não querer tal obrigação. Mesmo ao nosso contragosto, ele seguiu vivendo sua vida da maneira que achava certo e por hora, resolvemos deixar as coisas seguirem sem brigas, ao menos por aquele momento. Acho que erramos ao permitir a Roger tanta liberdade e pouca responsabilidade, mas queriamos que nosso filho crescesse de uma forma mais independente, livre e cheia de escolhas, talvez esse deva ter sido o nosso maior erro, mas uma vez fe
Celebramos um acordo vitalício, para que eles tivessem todo o amparo financeiro que precisassem para você ser bem cuidada. Passamos temporariamente sua guarda para eles, para que não pudessem suspeitar quem de verdade você era. Porque se algum abutre da imprensa descobrisse, seríamos massacrados e acabariam com a paz que estavamos buscando para você. E assim os anos foram passando e quando percebemos, você já não era mais aquele bebezinho indefeso, ao contrário, crescia uma linda menininha e sem ter contato algum com os holofotes, que tanto fazem parte do nossos dias. Sendo assim, olhando exclusivamente para o seu bem, mesmo com nossos corações em pedaços, resolvemos com muita tristeza, que você seguiria sendo criada apenas por seu avós, Wilson e Carmem, e nos manteríamos distantes.Procuramos durante todo o tempo encontrar seu pai, mas não obtivemos êxito em nenhuma das nossas buscas. Foram anos e mais anos tentando e nada!Roger simplesmente parecia ter sido engolido pela terra, o
Por isso eu não esperava?!? Além de ter uma nova família ou melhor, além de descobrir que herdei uma coisa enorme e quando digo enorme, pode elevar a quinta potência ou até a sexta, pois não é algo tão simples assim, tão básico ou comum.“Sei que pode parecer estranho. Mas é muita informação para eu processar… Estamos no meio do dia, mas por favor Sr. Storm, vi que há um bar ali, posso me servir de algo. E antes que me questione: Não!... Não sou dada a bebedeira, no entanto hoje, o dia está sendo muito diferente, até estranho e esquisito!!!"Ele concorda e consente. E assim me levantei, fui até o bar e me servi de uma bebida âmbar, enchi o copo até a metade, sem me dar o trabalho de perguntar o que estava bebendo. Caramba!!! Porque meus avós me esconderam tudo isso?!? Qual foi a lógica usada para toda essa história? Enquanto penso nisso tudo, percebo que os dois me observam e a bebida que engoli em um gole só, não me ajudou em nada!Nem sei porque inventei de beber, acho que na ve
“Ai como vou te contar isso sem fazer drama?!?”"Oras… contando e não fazendo!” digo a Isa“Stelinha, ontem fui jantar num bistrô que estava inaugurando com Dougue”“Hum…”, digo, mostrando que estou prestando atenção.“Quando chegamos, o lugar estava com fila de espera de três horas, mas como o dono do lugar, era um dos amigos do Dougue, estavamos com nossa reserva… O lugar é um arraso Stelinha! Chiquérrimo! A comida, um manjar dos deuses!”Isa tem esse lado contadora de história, irrita quem não a conhece, pois ela em nada é objetiva, quando está relembrando. “E o que foi que mudou durante esse jantar épico?”“Então, enquanto estavamos comendo a sobremesa, vi Lucas entrar, até então era ele. Dougue acenou para ele que por um momento se intimidou em corresponder. Achamos estranho! Aquela morena, acho que Sônia estava de braços dados com ele. Muito embora fisicamente fosse Lucas, mas as roupas, os gestos, sei lá, Stelinha foi estranho! Achamos melhor deixar para lá e seguirmos jantando
Albert se animou com a notícia. Mesmo com nossas indiferenças, baixar a guarda não irá me fazer mal e mais, acredito que farei bem em acompanhá-lo. Nesse momento meu telefone toca e Albert pede licença para sair. “Alo”“Oi sumida!”, Sheila do outro lado.“Sumida eu?!?... Nem tanto!!!", e caímos na risada.“Bom ouvir sua voz!”, não imaginei o quanto estava com saudade.“Digo o mesmo! E aí, ainda demora?” “Acho que mais uma semana, mas não sei bem ao certo, as coisas aqui mudaram muito com a minha chegada”“Hum… Não sei não, acho que Isa e eu perderemos uma amiga!”“Ahhh, nãoooo… isso NUNCA!!! Pode acreditar, carrego vocês para onde eu for, da forma que for… uma por todas e…""Todas por uma!”, completa Sheila feliz. E assim, ganhei um tempo conversando com Sheila, enquanto ela me falava das coisas sobre ela e Eduard, perguntei pelos preparativos do casamento, mas percebi um pouco de desinteresse dela, resolvi não questionar, até porque, estou longe e assim nossa conversa partiu para
Algumas coisas que não costumo fazer, mas em meio a minha falta de tempo, escolhi um modelo pérola lindo dentre os três que uma das lojas que herdei me enviou. Sim, tenho algumas lojas de roupas, lojas não, na verdade minha querida avó Mars, criou uma marca de roupas e com o sucesso alcançado, virou uma rede e enfim, mas uma empresa que faz parte do meu espólio. Escolhi um traje completo, conjunto íntimo, vestido, sapato, bolsa e optei por um conjunto de pérolas e ouro, que pertenciam à Sra. Mars, acho que ela gostaria de me ver usando isso, sei lá, gosto de pensar que sim. Sai duas horas antes do trabalho, passei no salão que havia marcado, fiz unhas, cabelo e maquiagem. Piter ficou de nos encontrar lá no jantar. Albert até sugeriu em me acompanhar, mas acabaríamos chamando atenção demais para mim, coisa que não seria bom para o momento. Fiquei de ir, sozinha mesmo. No horário combinado, Vitor já me aguardava e ficou perdido no que me dizer, uma vez que nunca me viu em trajes a
Nossa, há dias não me divertia tanto!!! Até Albert se animou e veio dançar conosco. Tudo bem, Albert parecia meio enferrujado, mas quem ligava.O importante era se divertir! É incrível como a música me faz bem, ainda mais quando meu parceiro se encaixa perfeitamente em meu estilo. Já havia perdido a conta, de quanto tempo já estava na pista, mas o quanto isso importa, me divertir era o que mais queria. Estava suada e de boca seca, avisei ao Piter, que iria atrás de água para me refrescar. Quando estava saindo da pista avistei um garçom vindo em minha direção, aproveitei para pegar um copo com água e descansar uns minutinhos, até voltar onde deixei Piter dançando. Fiquei olhando meu amigo que se divertia, olhei em torno do salão, me lembrando da festa do grupo Rym e tudo o que Lucas se deu ao trabalho de me proporcionar. Quanta coisa havíamos vivido desde então. Sinto aquele frio na barriga ao perceber as lembranças surgindo. Muitas vezes, se torna difícil não ser atingida po
Para mim a noite já deu!Depois do meu encontro com Lucas, resolvo voltar para casa. Sem condições de encarar mais nada, ele veio e conseguiu acabar com minha racionalidade. Piter também disse que estava cansado e acabamos os dois indo embora juntos. Repasso inúmeras vezes meu encontro com Lucas.Ele é frustrante! Por um momento achei que iria falar sobre eu o ter deixado sozinho daquele jeito, depois da noite que tivemos, exigir explicações, mas não, vem com aquela velha casualidade tão típica dele. Como levar a sério uma pessoa que age assim?!?Literalmente não temos nada um com o outro. Somos como água e óleo, impossível de se misturar, cada um com sua personalidade e quase nada em comum. Piter tenta puxar assunto, mas logo percebe que não estou adepta a conversa. Me pergunta se estou bem e acabo afirmando estar apenas cansada, completo falando do quanto estou trabalhando, pois quero no próximo final de semana, estar de volta