– Porra, tenho uma filha! – Pensei sorrindo.
- Onde está o capacete?
- Ali dentro. – Apontou para um armário, deveria ser um armário para os pertences pessoais.
- Ok. A morada, soube que mudaste-te? – Falou com um sorriso possivelmente implicando com a minha mulher. Do que pode ver de todos, é que todos eles parecem quer ver até onde vai a sua tolerância, testando o limite até ela rebentar.
- Eu sei, vamos embora. – Disse Ângelo já pegando no casaco. Marcus também tinha desaparecido. – Depois conversamos, sobre a tua loucura. – Avisou tocando na cabeça de Érica. – Mas obrigada, por aquele filho da puta ter morrido. – Comentou sério, mas o olhar que ambos deram um para o outro fez-me perceber que a ligação deles era parecida com a dela com o Marcus.
- Então, teus amigos
- Estás bem? – Perguntou Jéssica ao encontrar-me sentada nas cadeiras em frente ao quarto de Makeila e de Rodrigo.- Ah? Sim. É sim. – Respondei desconcertada.- Que se passa? Porque não vamos ali, tomar uma bebida? - Perguntou sinalizando para o corredor pequeno à nossa frente.- É. É melhor. – Digo passando a mão no cabelo notando-o solto.- Que se passa? – Perguntou de novo passado alguns minutos esperando que eu falasse. – O homem que entrou contigo é bem bonito? Melhor ele é a personificação do diabo! – Comentou com um sorriso.- É. Acho que sim. – Concordei com um sorriso.- Mas? – Incentivou-me a falar.- Mas, não sei. Nunca estive com um homem… não como estou com ele, onde quero abrir-me, contar tudo. Mas…- Ele gosta de ti? Ou só é sexo?
- Dá para cá essa mochila. – Falei pegando na mochila e logo na mão dela.- É. O cavalheirismo ainda não morreu. – Rebateu ao entramos no elevador com mais umas enfermeiras. – Cuidado! – Avisou sussurrando e olhando de relance para as mulheres que estavam a olhar para nós.- Não preciso que avises. – Assegurei deixando a sua mão ao que a fez levantar uma sobrancelha. – Assim está melhor. – Disse colocando o meu braço na sua cintura e ela encostou a cabeça no peito.- Acho que estou a conhecer um lado meu que não conhecia. – Comentou quando caminhávamos em direcção ao carro, com Nicolas já fora para abrir a porta.- Qual lado, pequena?- Ciúmes! Tu vais continuar a chamar-me de pequena? – Perguntou com um sorriso no rosto- Sempre. – Disse chegando perto do carro. &n
Ambos caminharam pelo corredor, com Jason a apontar para vários sítios por onde passavam. Até chegaram ao quarto, Érica parou e Jason que estava por detrás dela não percebeu o porque da reacção da jovem mulher.- Que se passa? – Perguntou Jason sério pondo-se entre a mulher e a porta do quarto.- É que…. – Suspirou fechando os olhos. – É que tenho medo que quando contar o que tenho que falar, vás ter nojo de mim. – Disse movendo a mão abrindo a porta. – Entra, por favor. – Pediu olhando para ele.- Claro. Mas nada do que tu possas falar vai fazer-me ter nojo de ti. Achei que já tinha esclarecido isso. – Assegurou o jovem tocando-lhe na cara.- Não prometas nada, antes de ouvir, Jason.- Não. Não é Jason. Não vais fazer isso de novo, tentar fugir. Para ti é Jace.
- Vamos descansar? – Perguntou saindo do aposento e já caminhado em direcção às escadas. Foi atrás dele, quando cheguei o mesmo já estava sem camisa.- Está tatuagem é muito bonita. – Disse tocando em suas costas. – Tudo bem?- Sim. – Confirmou virando-se mexendo nos cabelos. – Vou tomar banho. – Informou afastando-se em direcção ao banheiro. Mal notei o que estava a fazer, quando dei por mim já estava dentro do banheiro.- Tu estás com nojo, não é? – Questionei nua, ele estava de costas para mim. Mas quando virou-se, o seu membro estava completamente duro.- Como tu podes dizer uma coisa dessas? – Disse mexendo em seu membro. – Precisei vir para poder… - Não o deixei acabar movi-me para perto dele pegando em seu membro. – Érica, saí do quarto para não forçar
11 De NovembroQuando acordei, estava sozinha na cama mas estava com um belo sorriso no rosto. Parece que conheço Jason há anos, mas na verdade o conheço a quase quatro dias. Envolvemo-nos rapidamente, é verdade. Entramos de cabeça numa relação onde não sabíamos como poderia acabar no final, mas desde que sai do quarto do hospital de minha filha e do meu novo amigo, e acabei encontrado Jéssica estava sentindo-me sufocada e apavorada pelo tamanho dos meus sentimentos em relação ao homem a quem tinha-me doado de corpo e alma, sem mesmo o conhecer.A conversa, melhorou muito o meu estado, as palavras que tanto Jéssica, mas há anos que Patrícia e Marcus diziam-me, que merecia ser feliz, porém com os anos e contudo o que vi e fiz, tinha medo, ainda tenho em alguma parte que ninguém possa amar-me. Sei que não sou fácil
- Tudo bem, menino? – Perguntou-me Rebeca mexendo em alguma coisa no balcão. – Bom dia.- Não. Não está. – Disse olhando em volta observando se estávamos sozinhos.- O que se passa menino? – Pergunta-me apontando com a cabeça para que eu me sentasse na cadeira à sua frente. – Explique-se, enquanto estamos sozinhos. – Diz com um sorriso no rosto.- Não sei. – Respondo mexendo com as mãos no cabelo.- Como não sabe? Ontem, tão feliz e hoje parece quê ….- Como queres que eu esteja, quando a mulher que amo, têm medo de engravidar! – Exalto-me levantando-me em direcção ao frigorifico.- Não grites! – Avisou-me olhando-me séria. – E já agora, acho que ela tem razão.- O quê? – Pergunto olhando para ela que continua a beber seu caf&ea
Jason ficou por muito tempo em silêncio quando foi para perto da janela do quarto, sem uma palavra. Até que ele começou a falar, após algumas palavras, os seus ombros começaram a tremer e a soluçar. Queria abraçá-lo mas sabia que ele precisava de fazer o que ele desejava sozinho, sem que eu visse a sua reacção ou emoção.– Eu não sabia. Eu matei a minha irmãzinha. A minha irmãzinha… - Começou a soluçar ainda mais. A sua voz estava elevada.- Chora. Chora tudo o que precisas, meu bem. – A minha voz saiu fraca, meus braços, entrelacei-os em sua cintura. As pernas dele tremeram fazendo com que nós dois caíssemos, ele caiu de joelhos, para minha sorte. Fiquei por trás dele na mesma enlaçando-o por trás. Ele continuava a chorar e falar palavras como se estivesse a pensar no que aconteceu anos atr&a
- Minha criança! – Lamentou-se Rebeca com os olhos cheios de lágrimas.- Ele vai ficar bem. – Garanti assentada ao lado dele meneando em seus cabelos por vários minutos. – Adormeceu. – Pronunciei levantando devagar da cama.- Meu pobre menino. – Divagou saindo comigo do quarto.- Rebeca, preciso que ligues para a secretária dele e avise que ele não vai hoje trabalhar. E que nem o incomode. – Ela ficou olhando para mim.- O dia todo? – Perguntou quando chegamos ao final das escadas.- Sim, ele precisa descansar. Foi muito. Eu não sei se alguma vez ele… - Suspirei fechando os olhos. – Ele alguma vez conseguiu falar com alguém sobre tudo?- Não, menina. – Revelou tocando em meu rosto com um sorriso. – Ele fechou-se, mas agora contigo parece o mesmo menino que via brincando e rindo por todo o lado.- Eu não sei