- Queres parar? – Pediu Petter, mas eu não conseguia, o olhar que ela deu foi a pior coisa.
- O quê? – Gritei movendo de um lado para outro, os três idiotas estavam de pé olhando-me como se de um maluco me tratasse.
- Queres parar de gritar e de andar feito maluco. – Resmungou Guillerme. – O que se passa?
- O que se passa…. Aquela mulher se passa! – Respondi parando para olhar para avenida pela minha janela. – Como ela teve coragem?
- Conheces a Gouveia? – Perguntou Guil com um sorriso astucioso.
- Ela é linda! – Elogiou Jack. Sabia que estavam implicando, pelo menos uma parte do meu cérebro.
- Deixem as vossas mãos longe dela. – Apontei para os dois, já que para Petter não era necessário.
- Vai atrás dela, seu idiota. – Ordenou Petter. – Deixa de ser estúpido e anda.
Não esperei, saí e para minha surpresa não estava ali. Olhei para Olga que sinalizou para o corredor discretamente, pois o urubu da outra garota levantava
- O quê? Não! – Disse para mim ajeitando meu cabelo antes de ir atrás desta mulher teimosa. – O que acabou de acontecer aqui? Gemi o nome dela, de novo? Saio do banheiro, Olga estava já de pé com um sorriso no rosto. - Menino, o Senhor Guillerme já conversou tudo com o menino Jack e Petter e convidou-os aos três para um almoço. – Informou profissionalmente mas seu rosto pedia em silêncio para que recusa-se. Não apetecia-me sair para lado nenhum a não ser, ir até ao bar do meu escritório e beber, mas com Érica ali a trabalho, não podia declinar. - Desculpa, Olga. Mas vou aceitar. – Falei caminhando e encontrando Érica de pé perto da porta com os três homens ali. - É ela, a menina que tua mãe falou, não é? – Perguntou caminhando ao meu lado. - É. – Afirmei mas morrendo de medo que ela acabasse por sair de minha vida tão rápido como entrou. – Mas, não sei se o quê disse, vai estragar as coisas antes mesmo de elas começarem. - Olhares não
- Do Sérgio e do seu cliente, claro. – Falou olhando para Guil com um sorriso. - O quê? Que estás a fazer? – Perguntou ele novamente nervoso, com medo. Ele deixou de confiar nas pessoas, mas quem o podia culpar, não é. - É claro que sim. Vivo para irritar o S, diz só onde que eu e o resto encontramos-te. - Na Manu. - O quê? In mia madre? Stai facendo del male. – Reclamou o homem do outro lado, já nós quatro estávamos a olhar para ela espantados. - Vuoi fermarti! Avresti dovuto parlarle ormai, è ora di andare avanti. – Falou Érica com um italiano perfeito, fazendo-nos olhar ainda mais para ela. – Há leva a minha amiga, se faz favor. - Maledizione. – E desligou o telemóvel na cara da jovem que sorria e colocou o elevador em funcionamento novamente. - Queres explicar? - Perguntou Guil ainda impaciente. - Você fez um contrato para S proteger uma pessoa, neste caso comigo. Mas mudou o trato agora vai ter que abrir mais
- Érica! – Chamei e qual foi a minha surpresa quando desfez-se do abraço do amigo e apertou-se contra mim. – Hey está tudo bem! – Assegurei colocando a minha cabeça em cima da sua. - Vocês conhecem-se? – Pergunta Manuela Azevedo, uma italiana que casou-se com um espanhol, ambos mudaram para Washington e por cá continuam levando suas vidas. - Sim. Minha… – Foi interrompido por Érica. - Sim, Manu. Sim. – Disse afastando-se de mim sem deixar-me acabar. – Obrigada. – Sussurrou. – Desculpem por isso. – Disse olhando para o chão. - Não precisas desculpar-te, Éri. Mamma, é que … - Disse com as mãos ocupadas com comida. - E tu já estás a comer! – Implicou mudando de assunto. Nós quatro nos sentamos, o rapaz foi ter a um balcão e continuou a comer. Érica foi até à mesa ao lado da nossa perto das janelas e fechou as cortinas todas. Ficado o lugar escuro. - O que se passa? – Perguntou Jack. - Deixe-a estar menino. – Assegurou Manuela. – E
O almoço estava a correr bem, sentia-me confortável. Jason não aproximou-se novamente de mim, o que agradeci a todas as divindades. Às vezes implicava com Azevedo, ele tinha 32 anos mas parece ter uns 20 e um estômago com um buraco negro. Manuela contente além de ter o filho ali, tinha aqueles quatro juntos. Algo dizia-me que eles também gostavam dela, ali havia história. Mas a felicidade acabou.- Mas, que merda. – Falei para mim. – Como este gajo veio parar aqui. – Reclamei dando dois toques na mesa. O barulho de uma cadeira logo ouviu-se.- Eri. Yasif está a entrar no restaurante. Repito, Yasif está entrando no restaurante. – Avisou Joseph do telhado em frente para a porta principal do restaurante. Meu telemóvel tocou.- Senhor Hoelens, peça a seus homens para irem embora. Peguem os carros e vão para sua moradia. – Ordenei. E
Yasif observou tudo novamente, compreendi que reconheceu-me. Levantei, ele colocou a mão por debaixo da mesa.- Idiota. – Pensei. - Não será preciso isso. Yusuf. – Disse ficado à sua frente.- Salaam Aleikum. (A paz esteja contigo) O que fazes aqui, Azrael? – Perguntou bebendo seu vinho.- Posso fazer a mesma pergunta. – Ele levantou uma sobrancelha, pois não retribui seu cumprimento.- Para quem ficou a sangrar está muito bem. – Lembrou com um sorriso no rosto.- Para quem levou uma facada na face, fez alguma plástica Yusuf? – Lembrei-o com um sorriso falso no rosto, seguindo para a minha mesa. Sabia que ele não iria fazer nada ali, estava para desvendar alguma coisa.- É. Por sorte consegui. – Confirmou. – Mas teu amigo… - Parou como se pensasse. – Philippe? Não teve a mesma sorte. – Sua voz mostrava o qu
- Nada demais. Só precisamos de garantir a vossa segurança, antes de os deixarmos ir. Confiem Érica é a melhor…. – Disse ele olhando para nós. – Desculpem Gouveia… Ela… Ela é a melhor. – Afirmou com um sorriso enquanto os outros carros ficavam para trás e apitavam com as mudanças de faixa que ele fazia.- Estamos a sair do centro? – Perguntou Hoelens. – Vais explicar?- Quem é Philippe? – Perguntei fazendo todos calarem-se e o motorista olhar de relance para mim.- Ele falou dele, não foi? – Respondeu com outra pergunta. Acenei com a cabeça e concordância o fazendo bater com uma mão no volante.- Vais explicar? – Perguntaram os três de trás, ele conduziu até um condomínio fechado. Estacionou e saiu do carro. – Por favor, venham lá em cima, estaremos mais confo
- Sim. Era para ser Érica a entrar naquela sala em primeiro lugar, mas quem entrou foi Philippe. – Suspirou. – Ele caiu em cima dela. A bala dele ultrapassou o corpo e foi parar ao colete dela.- Meu Deus.- Ela perdeu o ar. Tentou de tudo. Deixou o corpo sozinho, e correu atrás de Yusuf, só que quando o alcançou, ele já estava à espera. – Levantou-se e encarou a rua. – Eles lutaram, mas tu viste o tamanho dele. Ela o conseguiu ferir, mas estava sozinha. Yusuf, descarregou a arma nela. – Olhou para mim. – Levou quatro tiros, graças ao colete não foi pior. Mas o pior foi quando voltou depois de mais de um mês, ela foi sequestrada por isso algumas das cicatrizes nas costas.- Credo.- Ela tem medo de envolver-se com homens, ela tem pesadelos. E homens não gostam de acordar, não sabem o que fazer. Acho que tu tiveste uma amostra, não foi?
- Vai tomar banho, Érica. – Mandou Patrícia. – Só uma coisa, acabou?- Sabes que sim. Meninos, será possível os levar a casa? – Perguntei olhando para os quatro homens. – Hoelens, estás livre. A tua ameaça era a mesma que a minha. Acabou. Faz a diferença agora. Está nas tuas mãos.- O quê? – Perguntou alarmado, por um lado sabia que devia estar furioso comigo pois o deixem desprotegido.- Desculpa, por deixar-te… - Foi interrompida por ele.- Obrigado. Por trazeres justiça para mim e minha mulher. – Agradeceu levantado a mão. – Desculpa. Outro dia, tenho certeza que não é última vez que te vi. – Assegurou com um sorriso idiota no rosto.- Nós vamos levá-los. Encontramos no hospital. Tu não te metas em mais problemas, por favor. – Pediu Pátria. –