- Do Sérgio e do seu cliente, claro. – Falou olhando para Guil com um sorriso.
- O quê? Que estás a fazer? – Perguntou ele novamente nervoso, com medo. Ele deixou de confiar nas pessoas, mas quem o podia culpar, não é.
- É claro que sim. Vivo para irritar o S, diz só onde que eu e o resto encontramos-te.
- Na Manu.
- O quê? In mia madre? Stai facendo del male. – Reclamou o homem do outro lado, já nós quatro estávamos a olhar para ela espantados.
- Vuoi fermarti! Avresti dovuto parlarle ormai, è ora di andare avanti. – Falou Érica com um italiano perfeito, fazendo-nos olhar ainda mais para ela. – Há leva a minha amiga, se faz favor.
- Maledizione. – E desligou o telemóvel na cara da jovem que sorria e colocou o elevador em funcionamento novamente.
- Queres explicar? - Perguntou Guil ainda impaciente.
- Você fez um contrato para S proteger uma pessoa, neste caso comigo. Mas mudou o trato agora vai ter que abrir mais
- Érica! – Chamei e qual foi a minha surpresa quando desfez-se do abraço do amigo e apertou-se contra mim. – Hey está tudo bem! – Assegurei colocando a minha cabeça em cima da sua. - Vocês conhecem-se? – Pergunta Manuela Azevedo, uma italiana que casou-se com um espanhol, ambos mudaram para Washington e por cá continuam levando suas vidas. - Sim. Minha… – Foi interrompido por Érica. - Sim, Manu. Sim. – Disse afastando-se de mim sem deixar-me acabar. – Obrigada. – Sussurrou. – Desculpem por isso. – Disse olhando para o chão. - Não precisas desculpar-te, Éri. Mamma, é que … - Disse com as mãos ocupadas com comida. - E tu já estás a comer! – Implicou mudando de assunto. Nós quatro nos sentamos, o rapaz foi ter a um balcão e continuou a comer. Érica foi até à mesa ao lado da nossa perto das janelas e fechou as cortinas todas. Ficado o lugar escuro. - O que se passa? – Perguntou Jack. - Deixe-a estar menino. – Assegurou Manuela. – E
O almoço estava a correr bem, sentia-me confortável. Jason não aproximou-se novamente de mim, o que agradeci a todas as divindades. Às vezes implicava com Azevedo, ele tinha 32 anos mas parece ter uns 20 e um estômago com um buraco negro. Manuela contente além de ter o filho ali, tinha aqueles quatro juntos. Algo dizia-me que eles também gostavam dela, ali havia história. Mas a felicidade acabou.- Mas, que merda. – Falei para mim. – Como este gajo veio parar aqui. – Reclamei dando dois toques na mesa. O barulho de uma cadeira logo ouviu-se.- Eri. Yasif está a entrar no restaurante. Repito, Yasif está entrando no restaurante. – Avisou Joseph do telhado em frente para a porta principal do restaurante. Meu telemóvel tocou.- Senhor Hoelens, peça a seus homens para irem embora. Peguem os carros e vão para sua moradia. – Ordenei. E
Yasif observou tudo novamente, compreendi que reconheceu-me. Levantei, ele colocou a mão por debaixo da mesa.- Idiota. – Pensei. - Não será preciso isso. Yusuf. – Disse ficado à sua frente.- Salaam Aleikum. (A paz esteja contigo) O que fazes aqui, Azrael? – Perguntou bebendo seu vinho.- Posso fazer a mesma pergunta. – Ele levantou uma sobrancelha, pois não retribui seu cumprimento.- Para quem ficou a sangrar está muito bem. – Lembrou com um sorriso no rosto.- Para quem levou uma facada na face, fez alguma plástica Yusuf? – Lembrei-o com um sorriso falso no rosto, seguindo para a minha mesa. Sabia que ele não iria fazer nada ali, estava para desvendar alguma coisa.- É. Por sorte consegui. – Confirmou. – Mas teu amigo… - Parou como se pensasse. – Philippe? Não teve a mesma sorte. – Sua voz mostrava o qu
- Nada demais. Só precisamos de garantir a vossa segurança, antes de os deixarmos ir. Confiem Érica é a melhor…. – Disse ele olhando para nós. – Desculpem Gouveia… Ela… Ela é a melhor. – Afirmou com um sorriso enquanto os outros carros ficavam para trás e apitavam com as mudanças de faixa que ele fazia.- Estamos a sair do centro? – Perguntou Hoelens. – Vais explicar?- Quem é Philippe? – Perguntei fazendo todos calarem-se e o motorista olhar de relance para mim.- Ele falou dele, não foi? – Respondeu com outra pergunta. Acenei com a cabeça e concordância o fazendo bater com uma mão no volante.- Vais explicar? – Perguntaram os três de trás, ele conduziu até um condomínio fechado. Estacionou e saiu do carro. – Por favor, venham lá em cima, estaremos mais confo
- Sim. Era para ser Érica a entrar naquela sala em primeiro lugar, mas quem entrou foi Philippe. – Suspirou. – Ele caiu em cima dela. A bala dele ultrapassou o corpo e foi parar ao colete dela.- Meu Deus.- Ela perdeu o ar. Tentou de tudo. Deixou o corpo sozinho, e correu atrás de Yusuf, só que quando o alcançou, ele já estava à espera. – Levantou-se e encarou a rua. – Eles lutaram, mas tu viste o tamanho dele. Ela o conseguiu ferir, mas estava sozinha. Yusuf, descarregou a arma nela. – Olhou para mim. – Levou quatro tiros, graças ao colete não foi pior. Mas o pior foi quando voltou depois de mais de um mês, ela foi sequestrada por isso algumas das cicatrizes nas costas.- Credo.- Ela tem medo de envolver-se com homens, ela tem pesadelos. E homens não gostam de acordar, não sabem o que fazer. Acho que tu tiveste uma amostra, não foi?
- Vai tomar banho, Érica. – Mandou Patrícia. – Só uma coisa, acabou?- Sabes que sim. Meninos, será possível os levar a casa? – Perguntei olhando para os quatro homens. – Hoelens, estás livre. A tua ameaça era a mesma que a minha. Acabou. Faz a diferença agora. Está nas tuas mãos.- O quê? – Perguntou alarmado, por um lado sabia que devia estar furioso comigo pois o deixem desprotegido.- Desculpa, por deixar-te… - Foi interrompida por ele.- Obrigado. Por trazeres justiça para mim e minha mulher. – Agradeceu levantado a mão. – Desculpa. Outro dia, tenho certeza que não é última vez que te vi. – Assegurou com um sorriso idiota no rosto.- Nós vamos levá-los. Encontramos no hospital. Tu não te metas em mais problemas, por favor. – Pediu Pátria. –
Se dissessem que apaixonara-me só com um olhar para uma mulher que nunca a tinha visto, ainda por cima em meu quarto de infância e minhas roupas, diria que todos precisariam de tratamento psiquiátrico. Mas, agora. Como continuar a viver normalmente, sabendo que existe Érica. Juntamente ela foi imprudente, mas ao mesmo tempo sabia o que estava a fazer, os riscos e consequências não assustaram-me. Mas vê-la entrar neste prédio, toda cheia de sangue, isso sim apavorou como tudo. Procurei e como havia dito havia de todo o tipo de roupa, naquele armário. Sapatos, Botas, Chinelos, T-shirts, Camisas práticas ou até mesmo empresariais, calças e calções para qualquer prática. Vesti minha boxer novamente, agarrando a primeira calça de ganga preta que vi que era do meu número e tamanho. Mais uma t-shirt verde pendurada e uma camisa de ganga azul claro. Achei um par de ténis pretos com os cordões brancos. Coloquei todo na ca
- Vá, gatinha, podes namorar tudo o que quiseres depois de eu ver isso. Tu mexeste muito a dormir, e Joseph não colocou nenhuma protecção. – Falou levantando e pegando uma mochila pequena, tipo um estojo.- Ai! – Reclamou ela quando ele a fez deitar, por completo. E percebendo-se do meu desconforto, Marcus puxou o lençol até à sua cintura.- Os pontos foram bem dados, não vai deixar cicatriz pelo menos o do ombro, já que o outro por ser perto da cintura e ao sentar vai doer para o inferno, e já foi costurado duas vezes, então cicatriz este deixará com certeza. – Divaga enquanto eu movia-me para o outro lado e sentei, Érica olhou para mim.- Desculpa. – Pediu levantado a mão para tocar em meu rosto.-Por quê? – Perguntei porque mesmo com tudo o que aconteceu, não a queria fora da minha vida.- Por Maki, por ser