- Ela não vai fugir de mim. – Falei dentro do carro indo para a Fonseca.
- Tudo bem, menino? – Perguntou meu companheiro diário e fiel motorista, Nicolas.
- Não, tudo mal.
- Menina Érica, estava igual a si, menino. Saiu daqui naquela coisa que vocês dois gostam a uma velocidade três vezes superior à permitida. – Disse olhando para mim pelo retrovisor.
- É, acho que fiz asneira da grossa. – Disse suspirando.
- Nada que uma boa conversa não resolva, menino.
O resto do caminho foi feito em silêncio, pelo menos fora da minha cabeça, pois dentro dela, vagam imagens da melhor noite da minha vida. Contudo, os pesadelos, o choro, o olhar que ela me deu de desprezo quando tentei aproximar-me dela magoo-me tanto quanto eu possivelmente a magoei com o descaso das minhas palavras.
- É Jason, palavras têm consequências. – Falei sozinho com a minha mente traiçoeira.
Chegamos às 8:20 à empresa, e avistamos vários carros pretos alinhad
- Que pares de chamar-me como se fosses minha amiga ou conhecida. És minha funcionária. É senhor Jason. – Falei rudemente fazendo os três que estavam dentro da minha sala olharem para mim com espanto. - É… É claro. – Respondeu fechando a porta. - Fizeste muito bem, meu filho. Eu vou indo. – Concordou com uma piscadela para os rapazes que fingiram um desmaio caindo no sofá logo atrás deles. - Idiotas. Venham trabalhar, que é para isso que vos pago. – Reclamei, mas rindo deles. - Calma, chefinho. Está tudo resolvido. – Levantou-se Jack ajeitando sua roupa e sentando à minha frente. - É, olha estas fotos, querido patrão. – Apontou Petter para o envelope que o nosso amigo coloca na mesa. - Droga. Ela tem um namorado. – Falei o que os outros dois à minha frente já sabiam. - Não diria que é um namorado, mais uma pega. Mas, ela não desconfiava que tu ias investigar. – Falou Jack colocando-se à vontade no escritório. - Pois. Ni
- Senhor, irei consigo até ao escritório, verificarei o mesmo e depois irei sair para puder que possa a sua reunião em paz. – Avisei olhando para ele ainda dentro do carro. - Sim, senhora. – Concordou fazendo continência. -Engraçadinho. – O filho da mãe deu uma gargalhada. - Vamos lá, Sr.Engraçadinho. VIP saindo. – Avisei logo os quatro carros abriram as portas. – Atravessando a estrada. Tudo seguro. - Olá bom dia. Nome por favor. – Perguntou uma mulher com cabelo em um coque. - Não sou eu. Mas o nome é Senhor Guillerme Hoelens, ele sim tem uma reunião marcada. - É claro. Desculpe. Aqueles seguranças vão todos ficar ali? – Apontou para os rapazes que estavam lá fora, falou com um sorriso no rosto, parecia ser simpática. - Meninos dispersem, não fiquem na entrada do prédio, se faz favor. – Pedi falando para eles pelo comunicador ao que todos olharam para dentro e começaram a movimentar. - Obrigada, Senhora. – Agradeceu com um so
- Queres parar? – Pediu Petter, mas eu não conseguia, o olhar que ela deu foi a pior coisa. - O quê? – Gritei movendo de um lado para outro, os três idiotas estavam de pé olhando-me como se de um maluco me tratasse. - Queres parar de gritar e de andar feito maluco. – Resmungou Guillerme. – O que se passa? - O que se passa…. Aquela mulher se passa! – Respondi parando para olhar para avenida pela minha janela. – Como ela teve coragem? - Conheces a Gouveia? – Perguntou Guil com um sorriso astucioso. - Ela é linda! – Elogiou Jack. Sabia que estavam implicando, pelo menos uma parte do meu cérebro. - Deixem as vossas mãos longe dela. – Apontei para os dois, já que para Petter não era necessário. - Vai atrás dela, seu idiota. – Ordenou Petter. – Deixa de ser estúpido e anda. Não esperei, saí e para minha surpresa não estava ali. Olhei para Olga que sinalizou para o corredor discretamente, pois o urubu da outra garota levantava
- O quê? Não! – Disse para mim ajeitando meu cabelo antes de ir atrás desta mulher teimosa. – O que acabou de acontecer aqui? Gemi o nome dela, de novo? Saio do banheiro, Olga estava já de pé com um sorriso no rosto. - Menino, o Senhor Guillerme já conversou tudo com o menino Jack e Petter e convidou-os aos três para um almoço. – Informou profissionalmente mas seu rosto pedia em silêncio para que recusa-se. Não apetecia-me sair para lado nenhum a não ser, ir até ao bar do meu escritório e beber, mas com Érica ali a trabalho, não podia declinar. - Desculpa, Olga. Mas vou aceitar. – Falei caminhando e encontrando Érica de pé perto da porta com os três homens ali. - É ela, a menina que tua mãe falou, não é? – Perguntou caminhando ao meu lado. - É. – Afirmei mas morrendo de medo que ela acabasse por sair de minha vida tão rápido como entrou. – Mas, não sei se o quê disse, vai estragar as coisas antes mesmo de elas começarem. - Olhares não
- Do Sérgio e do seu cliente, claro. – Falou olhando para Guil com um sorriso. - O quê? Que estás a fazer? – Perguntou ele novamente nervoso, com medo. Ele deixou de confiar nas pessoas, mas quem o podia culpar, não é. - É claro que sim. Vivo para irritar o S, diz só onde que eu e o resto encontramos-te. - Na Manu. - O quê? In mia madre? Stai facendo del male. – Reclamou o homem do outro lado, já nós quatro estávamos a olhar para ela espantados. - Vuoi fermarti! Avresti dovuto parlarle ormai, è ora di andare avanti. – Falou Érica com um italiano perfeito, fazendo-nos olhar ainda mais para ela. – Há leva a minha amiga, se faz favor. - Maledizione. – E desligou o telemóvel na cara da jovem que sorria e colocou o elevador em funcionamento novamente. - Queres explicar? - Perguntou Guil ainda impaciente. - Você fez um contrato para S proteger uma pessoa, neste caso comigo. Mas mudou o trato agora vai ter que abrir mais
- Érica! – Chamei e qual foi a minha surpresa quando desfez-se do abraço do amigo e apertou-se contra mim. – Hey está tudo bem! – Assegurei colocando a minha cabeça em cima da sua. - Vocês conhecem-se? – Pergunta Manuela Azevedo, uma italiana que casou-se com um espanhol, ambos mudaram para Washington e por cá continuam levando suas vidas. - Sim. Minha… – Foi interrompido por Érica. - Sim, Manu. Sim. – Disse afastando-se de mim sem deixar-me acabar. – Obrigada. – Sussurrou. – Desculpem por isso. – Disse olhando para o chão. - Não precisas desculpar-te, Éri. Mamma, é que … - Disse com as mãos ocupadas com comida. - E tu já estás a comer! – Implicou mudando de assunto. Nós quatro nos sentamos, o rapaz foi ter a um balcão e continuou a comer. Érica foi até à mesa ao lado da nossa perto das janelas e fechou as cortinas todas. Ficado o lugar escuro. - O que se passa? – Perguntou Jack. - Deixe-a estar menino. – Assegurou Manuela. – E
O almoço estava a correr bem, sentia-me confortável. Jason não aproximou-se novamente de mim, o que agradeci a todas as divindades. Às vezes implicava com Azevedo, ele tinha 32 anos mas parece ter uns 20 e um estômago com um buraco negro. Manuela contente além de ter o filho ali, tinha aqueles quatro juntos. Algo dizia-me que eles também gostavam dela, ali havia história. Mas a felicidade acabou.- Mas, que merda. – Falei para mim. – Como este gajo veio parar aqui. – Reclamei dando dois toques na mesa. O barulho de uma cadeira logo ouviu-se.- Eri. Yasif está a entrar no restaurante. Repito, Yasif está entrando no restaurante. – Avisou Joseph do telhado em frente para a porta principal do restaurante. Meu telemóvel tocou.- Senhor Hoelens, peça a seus homens para irem embora. Peguem os carros e vão para sua moradia. – Ordenei. E
Yasif observou tudo novamente, compreendi que reconheceu-me. Levantei, ele colocou a mão por debaixo da mesa.- Idiota. – Pensei. - Não será preciso isso. Yusuf. – Disse ficado à sua frente.- Salaam Aleikum. (A paz esteja contigo) O que fazes aqui, Azrael? – Perguntou bebendo seu vinho.- Posso fazer a mesma pergunta. – Ele levantou uma sobrancelha, pois não retribui seu cumprimento.- Para quem ficou a sangrar está muito bem. – Lembrou com um sorriso no rosto.- Para quem levou uma facada na face, fez alguma plástica Yusuf? – Lembrei-o com um sorriso falso no rosto, seguindo para a minha mesa. Sabia que ele não iria fazer nada ali, estava para desvendar alguma coisa.- É. Por sorte consegui. – Confirmou. – Mas teu amigo… - Parou como se pensasse. – Philippe? Não teve a mesma sorte. – Sua voz mostrava o qu