Quando a manhã chegou, Flora percebeu que era cedo e aproveitou que ainda tinha tempo para tomar um longo banho, lavou seu cabelo com o shampoo e creme disponibilizado pelo hotel, percebendo que até isso era melhor do que o que tinha em casa. Retirou tudo que ficou da maquiagem e finalmente pôde se reconhecer no espelho, apesar de não gostar da imagem refletida. Colocou o vestido vermelho e guardou a camisola de renda na sacola em que veio.
Quando ia descer para esperar o táxi que a família iria enviar, a porta se abriu e Donatello entrou sem aviso. Flora se assustou, não esperava pelo homem, pensava que aquela seria a última noite que o veria e deu um passo para trás, com medo de que ele teria voltado para puni-la.— Te levarei para sua casa apenas para que pegue suas coisas, você virá comigo. — informou ele, Flora entendeu que era uma ordem, mas não entendia o que ele queria.— Por que? — questionou.— Você será minha esposa. — respondeu e se virou saindo para o corredor. Flora levou alguns segundos para assimilar o que tinha ouvido, mas o acompanhou, sem fazer mais perguntas. Nunca pensou que se casaria, ainda mais com um homem como ele, mas estava aliviada, se Donatello agisse sempre como naquela noite, esse casamento seria duplamente melhor que morar na casa dos tios.Um Rolls-Royce os esperava na entrada do hotel. O motorista abriu a porta para que eles entrassem, Flora entrou primeiro, admirada com o luxo e beleza do carro. Tudo que estava vivendo em dois dias era novidade para a garota que praticamente vivia em cárcere privado na mansão, ultimamente, saía apenas para ir à biblioteca com a prima e antes disso, apenas para frequentar a escola.Donatello olhou para a mulher percebendo que ela analisava os detalhes do carro e pensou que ela era como todas as outras, interessada apenas no luxo e riqueza, afinal os LeBlanc adoravam exibir até o que não tinham. Ele sabia muito sobre ela, Flora era filha de Leonel Callegari que se casou com a irmã da senhora LeBlanc, Leonel era braço direito de seu pai e numa fatídica noite num jantar especial, os pais de Flora foram mortos juntamente com a mãe de Donatello. A menina que na época tinha cinco anos, também foi dada como morta, mas aparentemente, os LeBlanc apenas estavam a escondendo e cometeram o grave erro de deixa-la em suas mãos por uma noite.Investigando um pouco, ele descobriu que os LeBlanc usaram todo o dinheiro da herança de Flora enquanto ela era de menor e estava sob tutela deles. Talvez fosse por isso que esconderam a menina, mas seu instinto lhe dizia que havia algo a mais nessa história, algo que envolvesse o atentado que matou sua mãe e quase tirou a vida de seu pai. Ter Flora consigo era como tirar uma carta boa do baralho, lhe dava uma vantagem que seu pai não teve quando buscou descobrir a verdade sobre aquela noite.Quando o carro de luxo preto estacionou na frente da mansão LeBlanc, George pediu para Amanda se esconder.— Ele deve ter vindo pessoalmente trazer a nossa "filha". Deve ser um bom sinal. — comentou com a esposa. — Aja como se ela realmente fosse a Amanda.— Não seja tão otimista, ele pode ter descoberto. — ralhou a mulher.— Só se ele já conhecesse a Flora, mas isso é quase impossível.O casal ficou lado a lado e quando a porta se abriu, se assustaram ao ver Flora sem a peruca e a maquiagem. O homem que a acompanhava era mais novo do que eles esperavam e pensaram se tratar de algum segurança vindo se livrar do lixo deixado no hotel.— Senhor e senhora LeBlanc, finalmente nos conhecemos. Vim pessoalmente trazer a sobrinha de vocês. — falou Donatello, para eles e em seguida se virou para Flora. — Vá pegar suas coisas, seja rápida.Flora saiu andando à passos largos para a cozinha, tinha deixado suas coisas do lado de fora para tentar fugir, mas estava tendo a chance de se livrar daquele inferno sem precisar fugir, mesmo que talvez fosse passar por outro.— Quero informá-lo que a partir de hoje nossos negócios se encerraram, sr. LeBlanc. Te darei dois dias para pagar tudo que me deve.— Senhor Puzzo, peço piedade. — o homem deu um passo à frente.— Deveriam pedir piedade à sobrinha de vocês, talvez ela permita que vendam a casa para pagar a dívida.O casal se entreolhou e quando Flora retornou com uma sacola de roupas, Donatello entendeu, ela nunca soube que tudo aquilo pertencia a ela e a julgar pela maneira que ela trouxe suas roupas, ela não teve o melhor tratamento.A senhora LeBlanc segurou o braço de Flora e a encarou ameaçando com o olhar. Ela sabia do poder que tinha sob a menina.— Não vá. — ordenou a mulher.Flora respirou fundo antes de dizer a palavra que tanto desejou dizer em voz alta para aquela família. Suas mãos tremiam e ela sentia uma trava na garganta, mas não suportaria de modo algum viver sob aquele teto, com aquela família e sob as ameaças dos tios.— Não. Me solte e nunca mais ouse tocar em mim. — ela agora tinha a escolha e jamais permitiria ser humilhada por eles novamente.— Flora, seu tio tem uma dívida alta comigo, mas te darei a escolha, se aprecia o que seus tios te fizeram durante todos esses anos, eu aceito essa casa como pagamento da dívida. — ela olhou para Donatello sem entender o que dizia, por que ela deveria escolher? — A casa é sua, Flora, e a fortuna que a família usufruiu por anos é herança deixada pelos seus pais em seu nome.— O que está acontecendo? — Amanda questionou descendo as escadas.— Isso é verdade? — Flora questionou olhando para os tios.— Não! — respondeu o tio rindo. — Claro que não, esse homem está louco!— Esse é o tal Donatello? — interrompeu Amanda. — Acho que posso gostar muito desse casamento.As insinuações da prima, a ordem dada pela tia, a falsa negação de seu tio e tudo que viveu naquela casa, fez Flora tomar a decisão sem remorso. Olhou para o homem que parecia possuir o controle do mundo, ela seria sua esposa, não poderia mais ser pisada por ninguém e nem permitir que sua bondade fosse vista como fraqueza. E ela seria fraca se tivesse pena de quem nunca sentiu pena dela.— Pois terão que pagar cada centavo que gastaram da herança e quanto a casa, quero que desocupem em no máximo três dias.Donatello sorriu orgulhoso da escolha da futura esposa, não podia esperar menos de uma Callegari. Não conheceu Leonel, mas conhecia a história do desembargador que confiou em seu pai e se aliou a ele. Era como se a união de Donatello e Flora fosse coisa do destino, pois se os pais da moça não tivessem morrido, teriam interesse em unir os dois.— Flora… — a tia se aproximou e a moça deu um passo para trás, abraçando a sacola em seu peito, nada a impediria de ir embora.— Vamos. — Donatello saiu levando Flora consigo e a satisfação de ter conseguido algo melhor do que imaginava.Depois de vários minutos no carro em silêncio, Donatello decidiu fazer algumas considerações.— Fez o que seu pai faria se estivesse vivo. — ela o olhou, tinha poucas lembranças dos pais.— Você o conheceu?— Não, mas ouvi falar sobre ele. Leonel Callegari foi importante para o sucesso da minha família. — respondeu. Finalmente ele parou para observar a mulher que seria sua esposa, Flora era bela aos seus olhos, mas não tanto quanto Amanda, era magra demais e tinha o semblante apático, a pele pálida como porcelana, a tornava frágil como uma, não havia nada nela que a tornasse desejável, mas era como um diamante bruto e ele poderia torná-la apresentável.Flora não percebeu o olhos atentos de Donatello sobre si, olhava o caminho pensando em como sua vida mudou em menos de 24 horas. O futuro era incerto, mas não esperava amor do homem que iria se casar, no fundo sabia que aquilo tinha um propósito, mas estava agradecida por se livrar daquela família. Qualquer coisa que Donatello lhe pedisse, ela faria de bom grado, desde que não fosse maltrada como foi na casa dos tios.— Flora, dentro de dois dias irei anunciar nosso noivado e dentro de um mês assinaremos os papéis. Tem que ser um casamento legítimo. Estou me casando, porque preciso de herdeiros, por isso amanhã mesmo você irá numa clínica realizar todos os exames necessários. No demais, nunca pense em me trair e em qualquer lugar que estiver aja como uma mulher de respeito, você não me conhece, mas eu sou um homem perigoso e tenho uma reputação a zelar, não admitirei nenhuma afronta a minha pessoa.— Sim, senhor, farei como deseja. — respondeu ela e Donatello relaxou no banco, apesar de que a facilidade com que Flora aceitou lhe parecesse suspeito. Que tipo de mulher aceita tão facilmente se casar com um completo desconhecido? Precisava descobrir mais sobre ela.Quando chegaram, todos os funcionários os aguardava em fila na frente de sua mansão. O chafariz com uma estátua de querubim na ponta, permanecia jorrando sua água cristalina que brilhava sob o sol daquela manhã, Flora ficou encantada com sua beleza. Desceram do carro e o motorista o levou até a garagem.— Bom dia a todos, quero que conheçam Flora Callegari, minha noiva. — Donatello informou.— Don, por que não avisou que a traria cedo? Teríamos preparado uma recepção melhor. — disse Branca, governanta da mansão. — Já tomou seu café da manhã, querida?Antes que pudesse responder, Branca apoiou as mãos nas costas da garota e a levou para dentro da mansão. Flora estava preocupada com suas coisas e ficou a todo momento se virando para ver se não iriam jogar fora por estar numa sacola.— Não se preocupe, suas coisas serão levadas ao seu quarto. Aproveite o café da manhã, se quiser algo a mais, posso pedir na cozinha.A mesa estava farta, havia uma variedade de pães, queijos, frutas, bebidas e doces. Flora nem mesmo sabia por onde começar, Donatello se aproximou, pegou uma xícara de café e saiu, indo para seu escritório.— Quantas pessoas moram aqui? — ela perguntou a Branca.— Apenas o senhor Puzzo, srta. Callegari. — respondeu prontamente com um sorriso.Ela costumava tomar o café com os empregados, pão com geleia ou torrada e café. Nem mesmo já presenciou tanta fartura.— E o que fazem com tanta comida?— Bem, o senhor Puzzo permite que seja dividido com os empregados. — Flora sorriu para Branca, aliviada ao perceber que o empregados eram bem tratados, se fosse como eles, ainda seria melhor do que os LeBlanc.Ela se sentou e experimentou um pouco de tudo, muitas coisas eram novas e percebeu o quanto foi privada de coisas simples e era pior pensar que não deveria ter sido assim. Se seus pais não tivessem morrido, ela jamais teria passado por tudo aquilo, teria uma vida tranquila, talvez teria feito faculdade e namorado vários garotos até encontrar aquele com quem desejasse se casar, mas se casaria sem amor, apenas para fugir da maldade de seus tios.Flora não sabia até onde ia sua liberdade, mas estava genuinamente feliz. Seu quarto era grande o suficiente até para dar uma festa, a cama de casal era macia e confortável, os lençóis limpos cheiravam amaciante de roupas. Tinha um banheiro com chuveiro e banheira e um closet vazio. As roupas que trouxe jamais seriam o suficiente para encher o closet, mas no chão estava sua sacola. Ela retirou os documentos e guardou as roupas no closet, aproveitou para tirar o vestido vermelho que em nada combinava com ela e colocar uma de roupas usuais. Vestiu calça jeans e camiseta rosa, ambas peças que eram de Amanda e ficavam largas, colocou tenis All Star e desceu novamente. Se sentia estranha, não sabia o que fazer, nem mesmo se sentia parte daquele lugar. Não conhecia ninguém, não sabia onde ficavam as coisas e nem o que lhe era permitido fazer. Esperava que Branca pudesse lhe dizer. — Que roupas são essas? — ouviu a voz de Donatello atrás de si e parou de caminhar. Se virou lentamente para
A noite, Donatello e Carlo subiam as escadas para entrar na Oásis, a boate que era um dos poucos negócios legítimos que Puzzo administrava. O lugar era um ponto de encontro para homens em busca de prazer e mulheres dispostas a oferecer isso em troca de presentes caros, todos sabiam que qualquer mulher que frequentasse o Oásis podia ser comprada.Ao ver as mesas cheias de homens bêbados, com duas ou três mulheres os acompanhando, Don imediatamente pensou que Flora jamais colocaria os pés naquele lugar. Ninguém notou a presença dos homens e eles subiram até a área VIP. — Me surpreende você continuar mantendo sua identidade em segredo. Eu no seu lugar já teria espalhado por todos os lados que sou dom da maior máfia italiana. — Carlo comentou erguendo os braços ao falar sobre a organização. — E é por isso que você não duraria um mês. Sabe que o negócios mudaram. — ponderou, tentando manter-se tranquilo com o primo, não queria que ele o visse como inimigo. — Falando em negócios, te chame
Flora jantava sozinha na enorme mesa de jantar farta de opções, ela tentava não demonstrar sua decepção por estar jantando sozinha, esperava poder conhecer melhor o homem com quem ia se casar, ele era um enigma para ela, que ainda não sabia dizer se aceitar aquele casamento foi uma boa ideia. Se sentia aliviada por não ter mais que sofrer nas mãos da família, porém e se seu marido fosse pior do que eles? A garota terminou de jantar e subiu para seu quarto, parecia grande demais para uma pessoa só, foi até a janela e se debruçou no peitoril, deixou que lágrimas silenciosas lavassem seu rosto e sua alma. Seu marido não deixaria que eles a humilhasse e ela mesma não se permitiria ser fraca novamente. Só precisava ser cautelosa em sua nova vida, talvez se escolhesse as palavras certa e seguisse as ordens do marido, ele lhe desse liberdades. Se isso não acontecesse, ela fugiria, daria seu jeito, mas jamais viveria presa. No dia seguinte, Flora seguiu sua rotina matinal, não viu seu futur
Donatello calculou o ângulo, a mão esquerda do soldado lhe daria milésimos de segundos a mais para desviar da bala caso ele atirasse, então não precisava atrair a atenção para Marconi. Num movimento rápido, ele desviou seu alvo atingindo os dois tiros em Carlo, exatamente como deveria, um no coração e um na testa. O ruído das armas sendo engatilhadas foi o único som restante. Don abaixou a arma e cuidadosamente a guardou, ignorando as cinco armas apontadas para sua cabeça. — Pode explicar o que foi isso? — Savoia foi o primeiro a abaixar a arma e perguntar, perplexo com o que tinha acontecido. Dario olhou surpreso para si mesmo, não era aquilo que esperava da morte e demorou a perceber que não foi atingido. — O acordo era que eu devia matar o mandante do assassinato de Rute Osório. Foi isso que eu fiz. — respondeu calmamente. — Rute descobriu que a filha e Piazzi estavam tendo um caso. Se Ângelo descobrisse, mandaria matar os dois, então Carlo precisava se livrar de Rute. — Quem me
— Você me assustou. — disse ela com a voz falha e as mãos tremendo. — O que deseja? Donatello estudou a mulher na cama, usando uma camisola fina e quase transparente, seu rosto confuso por algum motivo lhe parecia mais belo. Talvez fosse algum tipo de feitiço, pois Flora estava deliciosamente desejável para ele. Tinha ido com o propósito de confrontá-la sobre o passado, mas não conseguiria resistir. Ele se levantou e se deitou ao lado de Flora apoiando os cotovelo na cama. Ela pacientemente esperava e se surpreendeu quando Donatello tocou seu rosto e a puxou para um beijo. Ele a beijou lentamente, queria sentir seu gosto, sua textura e Flora retribuía com devoção, aprendendo com ele, seguindo seu ritmo. Don levou a mão até a coxa de sua noiva e deslizou por seu corpo, sentindo e adorando o contato em sua pele e parou nos seios, que ele apertou e esfregou o mamilo fazendo Flora soltar um gemido em sua boca. Ele gostou do som. Tirou sua mão dali às pressas para enfiá-la por debaixo da
Ao abrir as cortinas de seu quarto, Flora se deparou com a bela vista do mar mediterrâneo. Ouvia as ondas se quebrando contra as rochas e sentia o vento salgado tocar seu rosto, o sol iluminava as águas azuis e refletia um brilho prateado. Era um belo dia para um casamento. Tentou manter-se otimista, a noite passada lhe provou que nem tudo estava perdido. Descobriu que era mais forte do que imaginava e percebeu que Donatello tinha uma fraqueza: ela. Se não fosse isso, por que ainda estava viva? Uma equipe chegou para arrumá-la, seu vestido foi posto num manequim à sua vista e todas as vezes que o olhava, pensava em fugir pela incerteza do futuro, tinha a palavra de Donatello, mas isso não a protegeria, isso não era amor. Mas para onde iria? Se jogaria no mar? Não, ela faria aquilo, mas teria que ser forte e não se deixar abalar por nada. Quando terminaram, ficou boquiaberta ao se olhar no espelho, estava verdadeiramente linda, a maquiagem sem exageros apenas realçou sua beleza natura
Pela manhã tomaram juntos o café da manhã e depois desceram para a praia, Donatello estava despreocupado, mas dois homens faziam a segurança deles a distância. Enquanto Flora se apaixonou pela praia, amou o vento salgado em sua pele, o som das ondas se quebrando, a areia quente e macia em seus pés. Don não gostou muito do biquíni que ela usava, mas não disse nada, não iria estragar o dia por ciúmes. Flora se divertia na água quando ele recebeu uma ligação, era Enzo com a notícia que ele estava esperando, finalizou a ligação e ligou para Ferdinando. Quando terminou, Flora estava ao seu lado. — Pensei que ficaria longe dos negócios hoje. — ela comentou e se sentou na cadeira ao lado dele. — Desculpe, era importante. — ela o encarou, cobrindo os olhos para evitar o sol. — Vai me contar com o que trabalha? — ela sabia que não era dentro da lei, mas queria ver até onde podia confiar nele. — Tenho algumas empresas espalhadas pelo país. — ela riu da resposta. — Acha que sou tão boba as
Assim que colocou os pés em Roma, Donatello recebeu uma ligação de um número desconhecido, pensou em não atender, mas o fez, ouvia ruídos ao fundo e não tinha certeza se tinha alguém na linha, até que ouviu:— Escolheu a mulher errada, senhor Puzzo. — disse uma voz feminina, que Don não reconheceu e desligou em seguida. Estava ciente em tempo real da ameaça que aconteceu em seu casamento, estava preparado, assim como sabia que quem estava atrás da Flora não iria desistir. Entregou o aparelho para um de seus seguranças e pediu que o destruísse e comprasse outro, se aquela pessoa tinha seu número, poderia conseguir outras informações. Lembrou-se de Flora e pediu que comprasse dois aparelhos. Chegou no local marcado por Ferdinando, uma praça pública movimentada, era um dia quente, muitos turistas visitavam a cidade e ele se adaptou, vestiu uma bermuda e camisa polo, colocou óculos escuros e fingiu estar admirando a paisagem romana até que um carro parou do seu lado. Savoia estava ali,