Mais uma vez Coral fica admirando Maximiliano, o homem que se transforma em leão na hora de defender alguém que ama. Ela pensou se um dia teria alguém que a amasse assim, além de sua família e Vicencio. Seu olhar baixou, sentindo ciúmes das pessoas que amava daquele jeito, com um amor visceral e penetrante. —Bem, Kitten, não podemos deixá-lo fugir de nós. Temos que pegá-lo. Vou pedir ao meu pessoal que o localize. OK? — ela disse imediatamente, determinada a pegar Jarret, determinação gravada em cada palavra. Ele decidiu que pode confiar este assunto a Maximiliano. Ele está tão ou mais interessado em descobrir quem matou seus avós. E não é que ele precise de um aliado, mas gosta de colaborar com ele. Por sua vez, Maximiliano observou-a com seriedade; Ele não tinha perdido como ela aparentemente o aceitou e iria confiar nele. Ele não sabe por que, mas gosta disso, um eco de confiança no caos que os rodeia. —Está tudo bem, Coral—, diz ele, olhando nos lindos olhos verdes dela p
As sombras que ele pensava ter deixado para longe agora parecem perseguir todos os cantos de Roma. Maximiliano, com seu olhar sério, representa a verdade na sua forma mais crua. A história que parecia escondida sob vários véus de normalidade começa a se desvendar, e Coral entende que deve permanecer alerta, pois tudo que ela pensava ser seguro está perigosamente abalado. Coral havia começado a caminhar em direção à saída para ir até Vicencio, e ao saber disso parou. Ela quer saber de onde ele tirou toda essa informação, temendo que seja para enganá-la. Ele olha para ele com desconfiança. Maximiliano, ao perceber isso, pega uma ficha inteira e entrega para ele. —Aqui, este é o homem que me contou. Mas se você for fazer algo contra ele, quero que me avise e me deixe ajudá-lo—disse, muito preocupado com sua segurança.—Não acredito, tem certeza que é ele? —pergunta ela, vendo a foto e tudo o que ela diz. —Sim, Coral, não tenho dúvidas—, garante Maximiliano, olhando-a atentamente. —
Cristal está muito assustada e envia uma mensagem para sua mãe explicando tudo o que está acontecendo enquanto permanecem no carro. Não se passaram dez minutos e começam a chegar diferentes veículos cheios de homens, todos vestidos com impecáveis trajes, que se olham desconfiados.Filipo e Guido cercam o carro de Gerônimo e os obrigam a sair. Ao ver Cristal, alguns homens que estavam à espreita tentam se aproximar, mas são repelidos pelos homens de Flavio, que chega nesse momento. Finalmente, conseguem entrar na sala, mas se deparam com todos os implicados ameaçados. Jarret se adianta e grita:—¡Cristal, se você não quiser que eu mate a todos, aproxime-se! ¡Você vai se casar comigo hoje!Ele ameaça enquanto aponta uma arma para uma mulher que chora assustada e o olha suplicante. Mas antes que ela responda, Gerônimo se adianta, saca sua arma e, sem piscar, dispara em Jarret, ferindo-o em um braço. Isso faz com que Jarret solte a arma com a qual estava apontando para a mulher, que grita
A polícia começa a perseguir aqueles que tentam escapar. Finalmente, quase todos os grupos foram retirados do tribunal. Maximiliano sai com Cristal abraçada, que olha para Gerônimo desesperada. Ele tenta segui-la, mas Coral coloca uma mão em seu peito e impede. —Agora não, primo, agora não. Guarde a arma ou o tio Colombo vai ter que nos prender —diz-lhe em voz baixa. Todos vão embora, cada um para seu lado, sem parar de vigiar uns aos outros. Filipo se aproxima de Gerônimo, a quem seu irmão Guido mantém tranquilo. Quer dizer a todo mundo que Cristal é sua esposa, pegá-la e levá-la. Ele está tão assustado ao ver como ela se afasta com seu irmão, que teme perdê-la e não pensa com clareza. —Primo, mantenha a calma —diz-lhe Filipo em voz baixa—. Você tem que testemunhar o que aconteceu para a polícia. —Mas Filipo, eu preciso ir atrás da minha esposa ou temo que não a verei novamente! —diz desesperado Gerônimo—. Deixe-me ir até ela, por favor. —Espere, a paciência é o que vai te
Coral o abraça com força e até deixa escapar um soluço. Vicencio a solta, e quando se separa dele, a olha com carinho. Ele ajeita o cabelo dela, que, ao contrário do que costuma fazer ao levá-lo sempre em um coque, hoje está solto. Isso a faz parecer muito mais bonita. —Prometa-me que você vai se cuidar muito bem. Não volte a me esperar fora do carro, faça isso dentro —pede ela nervosa—. Também quero que, a partir de hoje, tenhamos mais seguranças com você. —Se fizermos isso, vão descobrir que você está com o filho do Greco —lembrou Vicencio. —Não me importa, quero que você esteja seguro! —respondeu ela imediatamente. —Não é aqui onde a mãe dele comprou o apartamento? —perguntou de repente Vicencio, olhando para o local—. Acho que é o que fica ao lado do de Maximiliano, ou o do andar de baixo. —É verdade! —exclamou Coral e puxou-o—. Vamos ver qual é! Tenho a chave aqui! Será seu. —Não será meu, será dela, e assim ela poderá entrar neste edifício sem que ninguém desconfie d
Enquanto Maximiliano chegava em casa com Cristal, sua mãe saiu correndo para recebê-los e a abraçou assustada. Ela estava muito preocupada com o medo de que Luciano a sequestrasse. Ela se alegra em vê-la bem, embora a examine para se certificar de que nada aconteceu, enquanto diz repetidamente: — Graças a Deus que você está bem, querida, graças a Deus! — Graças ao Gerônimo, mamãe, ele me salvou do Jarret e do Luciano — diz Cristal, ainda tremendo de medo. — Você sabia disso, mamãe? — pergunta Maximiliano ao ouvir Cristal falar com naturalidade sobre Gerônimo. Ele olha para a mãe com incredulidade. Não consegue acreditar que seja verdade. Ela sabe que são inimigos e que ele é o pior dos Garibaldi! Como pode estar de acordo? E agora começa a entender por que disse que e
A expressão de Stavri se iluminou diante do olhar de seu filho, que estava surpreso com sua atitude. Maximiliano não podia acreditar no que ouvia; sua mãe, sempre tão correta e pacífica, agora falava como se fizesse parte daquele mundo violento que ele conhecia tão bem. Seus olhos se abriram com espanto enquanto observava aquela mulher transformada, tão diferente da doce senhora que sempre conhecera. — Ele é tão bom assim? — perguntou Stavri com admiração, e acrescentou —: Fico feliz em saber, assim ninguém vai mexer com minha filha. Ela estará muito segura ao lado dele, não como aquele Luciano, e muito menos aquele tal Jarret. — Não diga isso, mamãe — pediu Maximiliano, desconcertado —. Por que você acha que nenhuma das famílias das garotas com quem ele andou se metia com Gerônimo? Porque ele a
Quando Cristal entra em seu apartamento, encontra a casa escura e bagunçada, e Gerônimo sentado no sofá, com a arma na mão e a cabeça apoiada nela. Ela corre até ele e o abraça com força. — Céu, meu Céu! — é a única coisa que Gerônimo consegue dizer, enquanto solta a arma, a aperta contra o peito e a beija na cabeça —. Pensei que não ia te ver tão cedo; eu estava morrendo de desespero sem saber o que fazer. — Desculpe, amor, me perdoe — balbucia ela, sem parar de chorar e beijando-o. — Por que você me pede perdão? — pergunta Gerônimo, que a abraça feliz. Parece impossível que ela tenha conseguido voltar para ele. Por isso, ele a segura com todas as suas forças, como se temesse que a tirassem dele novamente. — Não sei, sint