Enquanto Maximiliano chegava em casa com Cristal, sua mãe saiu correndo para recebê-los e a abraçou assustada. Ela estava muito preocupada com o medo de que Luciano a sequestrasse. Ela se alegra em vê-la bem, embora a examine para se certificar de que nada aconteceu, enquanto diz repetidamente: — Graças a Deus que você está bem, querida, graças a Deus! — Graças ao Gerônimo, mamãe, ele me salvou do Jarret e do Luciano — diz Cristal, ainda tremendo de medo. — Você sabia disso, mamãe? — pergunta Maximiliano ao ouvir Cristal falar com naturalidade sobre Gerônimo. Ele olha para a mãe com incredulidade. Não consegue acreditar que seja verdade. Ela sabe que são inimigos e que ele é o pior dos Garibaldi! Como pode estar de acordo? E agora começa a entender por que disse que e
A expressão de Stavri se iluminou diante do olhar de seu filho, que estava surpreso com sua atitude. Maximiliano não podia acreditar no que ouvia; sua mãe, sempre tão correta e pacífica, agora falava como se fizesse parte daquele mundo violento que ele conhecia tão bem. Seus olhos se abriram com espanto enquanto observava aquela mulher transformada, tão diferente da doce senhora que sempre conhecera. — Ele é tão bom assim? — perguntou Stavri com admiração, e acrescentou —: Fico feliz em saber, assim ninguém vai mexer com minha filha. Ela estará muito segura ao lado dele, não como aquele Luciano, e muito menos aquele tal Jarret. — Não diga isso, mamãe — pediu Maximiliano, desconcertado —. Por que você acha que nenhuma das famílias das garotas com quem ele andou se metia com Gerônimo? Porque ele a
Quando Cristal entra em seu apartamento, encontra a casa escura e bagunçada, e Gerônimo sentado no sofá, com a arma na mão e a cabeça apoiada nela. Ela corre até ele e o abraça com força. — Céu, meu Céu! — é a única coisa que Gerônimo consegue dizer, enquanto solta a arma, a aperta contra o peito e a beija na cabeça —. Pensei que não ia te ver tão cedo; eu estava morrendo de desespero sem saber o que fazer. — Desculpe, amor, me perdoe — balbucia ela, sem parar de chorar e beijando-o. — Por que você me pede perdão? — pergunta Gerônimo, que a abraça feliz. Parece impossível que ela tenha conseguido voltar para ele. Por isso, ele a segura com todas as suas forças, como se temesse que a tirassem dele novamente. — Não sei, sint
Cristal balança a cabeça, sem ter ideia de que, no mundo da máfia, apontar armas para a esposa de um chefe é uma das ofensas mais graves que existem. As famílias, especialmente as esposas, são território sagrado e intocável. Fazer uma emboscada assim é uma declaração direta de guerra, um insulto que só pode ser lavado com sangue. — É uma sentença de morte — sussurra Cristal, compreendendo finalmente a gravidade da situação.— Isso, querida, foi uma clara provocação. —O Gerónimo diz muito seriamente.—E agora estamos obrigados a responder para demonstrar nossa supremacia.— Não entendo, se eles só apontaram. Vocês também fizeram isso — diz ela, com inocência.— Sei que você não entende, meu anjo — responde ele, apertando-a contra si, sentindo-se culpado por envolvê-la nesta vida. — Os Garibaldi são conhecidos por nossa brutalidade ao vingar ofensas contra os nossos, e que alguém tenha se atrevido a ameaçar a esposa de um de nós significa que haverá represálias devastadoras. Não importa
Ellie olhava para Cecil com raiva e continuava negando a verdade com veemência; estava furiosa porque ela soubesse todas aquelas informações. — Com certeza ela inventou essa esposa porque estava chateado com os pais! — diz, tentando justificar o que Gerônimo fez. — Por que você diz isso? — pergunta Cecil, que cresceu com os dois rapazes e confia neles. — Guido me disse que seu irmão encontrou sua alma gêmea e que ela era muito linda; ele não teria motivos para mentir para mim. — Não é assim, eu te digo, Cecil! — vocifera frustrada Ellie. — Ela será como todas as outras, você vai ver. — Não sei o que te dizer — responde Cecil, recostando-se novamente na cadeira. — É a primeira vez que ouço Gerônimo apresentar uma garota, e não apenas isso, apresentou como sua esposa. As palavras de Cecil pairavam no ar, cheias de uma tensão palpável que nenhuma das duas estava disposta a romper. Ellie cruzou os braços, querendo fulminar com o olhar a jovem, e depois olhou para o chão, tentando ent
Ela a viu se afastar sem olhar para trás. Em seguida, Asiri se vira para olhar para Ellie, que está vermelha de raiva, e a ouve dizer:— Quem ela pensa que é? — resopra, irritada porque nada saiu como planejou —. Acho que, só porque os Garibaldi pagam boas escolas, ela é igual a nós.— Ellie, os Garibaldi não pagam nada para ela — diz Asiri, também se levantando —. Os pais dela, que são bons trabalhadores, fazem isso.— K, k, k — ri Ellie com todas as forças —. Não seja boba, Asiri. Você realmente acha que ela estaria na melhor universidade se eles não pagassem a matrícula?Asiri a olha, realmente irritada, tira o dinheiro para pagar o que consumiu e, enquanto faz isso, diz a Ellie, com seriedade, que ela está muito enganada. Cecil estudou muito e conseguiu uma bolsa. Ela ainda estuda e é a melhor da classe. Os Garibaldi não pagam nada para ela, ela conquistou tudo com seu esforço.— Mas vamos parar de falar dela e nos concentrar no que me trouxe aqui. Então você me fez investigar a v
O Greco observa como Maximiliano leva sua irmã Cristal, que está tremendo. Ele olha em silêncio para Fabricio Garibaldi, que mal o cumprimenta antes de se virar e caminhar em direção ao filho Filipo para depois ir embora. Ele procura com o olhar os homens de Luciano. Como ele se atreveu a apontar uma arma para sua preciosa filha? Quem em sã consciência faria algo assim? Ele pensa enquanto observa ao redor.— Você —aponta para um dos homens, que se aproxima imediatamente—, conte-me o que aconteceu aqui com detalhes.— Bem, senhor —começa a falar o homem—, nós chegamos bem na hora em que Gerônimo Garibaldi disparou contra aquele cara que estava ameaçando sua filha.— Não era Luciano? —pergunta, tentando entender.— Não, senhor. Havia um tal de Jarret, acho que foi assim que o Garibaldi o chamou, que estava apontando par
O Greco se encontra preso em uma mistura de fúria e determinação. As palavras de Anastasío atingem sua consciência, mas a imagem de Luciano ameaçando Agapy domina seus pensamentos e atenua qualquer raio de dúvida. Não há volta atrás. A decisão está tomada e é irrevogável. Enquanto Fabrício Garibaldi chega ao negócio, espera que seu filho Filipo entre. Ele o vê chegar e fechar a porta. — Você pode me explicar agora, Filipo, o que está acontecendo? Por que mobilizou todos os homens? — pergunta imediatamente. — Era necessário, papai. Gerônimo estava em perigo — responde Filipo, sentando-se à sua frente. — Em perigo? Por quê? — Fabrício olha para seu filho, esperando que ele esclareça tudo o que aconteceu —. Filipo, você perc