CAPÍTULO 73 Otávio

Ela finalmente se acalma depois de um tempo, mas mesmo assim continuo a embalar seu corpo, o cheiro doce do seu perfume contrastando com o calor da sua pele me fascinam. Sinto o alívio lentamente tomando conta dela, mas a dor ainda persiste em mim, em cada batida do meu coração.

Levanto a cabeça e observo seus olhos, que antes estavam cheios de vulnerabilidade, mas agora, com um movimento quase imperceptível, a máscara de indiferença retorna. Ela se afasta lentamente de meus braços, e, em um gesto silencioso, levanta as mãos aos olhos, como se quisesse apagar o que sentiu.

— Preciso de um banheiro. — Sua voz, agora fria e controlada, é como uma parede erguida entre nós.

Aponto para a porta à esquerda, mas ela não diz mais nada. Apenas se afasta, a passos firmes, deixando-me sozinho na sala. Eu me sento no sofá, perto da janela, e olho para fora.

A escuridão da noite é suavemente repelida pelas luzes da cidade, mas, mesmo com o brilho ao longe, sinto como se a escuridão tivesse tomado
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