CAPÍTULO 59 Desirée

Abri os olhos, envolta em uma escuridão quase sufocante. Meu olhar cortou a penumbra do quarto como uma lâmina afiada, enquanto meus lábios se apertavam num movimento involuntário. Senti minha mandíbula cerrar, cada músculo tenso, cada fibra do meu ser consumida por um turbilhão de emoções. Inspirei profundamente e soltei um suspiro pesado, mas isso não aliviou a sensação de que algo dentro de mim estava se partindo. A noite passada emergiu em minha mente como uma ferida aberta que ainda sangrava.

Meus dedos se fecharam em punhos quando me levantei, a raiva correndo em minhas veias como fogo. Acendi a luz do quarto, e ela iluminou a dura realidade ao meu redor. O relógio da cabeceira marcava 5:43 da manhã. Em poucos minutos, eu teria que me vestir, vestir minha máscara e enfrentar mais um dia na empresa. Mais um dia na prisão invisível que eu mesma construí.

Meu olhar recaiu sobre a cama. O lado esquerdo estava amassado, um lembrete silencioso de que Otávio havia dormido aqui. Uma ond
Sigue leyendo en Buenovela
Escanea el código para descargar la APP

Capítulos relacionados

Último capítulo

Escanea el código para leer en la APP