CAPÍTULO 119 Desirée

Saio do banheiro e vejo Íris em pé no berço, suas mãozinhas delicadas agarradas à grade de madeira. Quando ela me vê, abre um sorriso perfeito, mesmo sem dentes. Ela começa a bater as mãos no berço, em um gesto animado que a faz balançar os cachinhos ruivos, rindo e estendendo os bracinhos para mim.

Minha filha é uma mini versão de mim mesma, mas seus olhos... Ah, os olhos são verdes como os de Otávio. Acho que amava tanto o olhar dele que Íris nasceu com o mesmo brilho.

— Você acordou cedo hoje. — Caminho até ela, enquanto ela balança o corpinho tentando se levantar ainda mais. Assim que a pego no colo, ela pronuncia um “mamãe” doce e meio desajeitado, que faz meu coração derreter. — Vamos, minha pequena, se preparar para começar o dia.

Depois de dar a ela um banho gostoso, onde ela ria ao chutar a água e brincava tentando pegar a espuma, descemos para tomar o café da manhã. Os dias na fazenda têm sido intensos, mas satisfatórios. Eu prefiro a parte administrativa, lidando com planil
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