Uma gargalhada infantil chama minha atenção, olho na direção da garotinha de cabelos vermelhos e corro para abraçá-la.
— Estou com saudades irmã! Por onde esteve? - Falo ainda a abraçando. — Estive por aí, mas logo vamos nos ver Mel, é uma promessa...••••Pulo da cama, totalmente ofegante, olho ao redor, estou novamente no castelo.— Calma Melany, respire! - Diz minha mãe, a obedeço. — Finalmente acordou, fiquei tão preocupada! - Ela me abraça.— Estou bem agora! - Me afasto. — Mas diga-me, vencemos? - A olho esperançosa.— Sim meu amor, os necromantes fora derrotados! - Ela me abraça sorrindo.— Tenho que agradecer a você minha neta, fez um ótimo trabalho! - A voz firme me deixa alerta, olho na direção que veio e vejo meu avô acordado e completamente curado.— Vovô, finalmente! - O abraço apertado. — Tive tanto medo!— Um vampiro milenar não iria morrer assim tão fácil, acr— Silêncio, minha rosaAcalme-se e assista eles voarem para longeCom o brilho da lua sobre suas asasUm dia você se juntará as suas alegres assombraçõesEscutem como eles uivam e cantam Existe mágica dentro de você... - Canto ao acariciar minha barriga, sinto as pequenas meninas mexendo dentro de mim, sorrio. Continuo a caminhar entre as árvores indo para o belo rio depois da floresta. — Tente não se cansar! - Christian diz atrás de mim me ajudando a cada passo que dou. — Não se preocupe, estou bem! - Sorrio para ele que beija minha bochecha e descansa a mão sobre minha barriga, sinto novamente a pequena movimentação das gêmeas. — Alguém esta feliz por sentir você! - Ele sorri. — Elas amam o pai, o que posso fazer? - Sorrio e o beijo. Voltamos a andar, ao chegarmos no rio encontro minhas amigas já a me esperar, todas acompanhadas por seus noivos, ou maridos. Sento-me ao
No meio da floresta corro desesperada, estou fugindo, mas não sei de quem. Ainda sou uma criança que foge no meio da noite com medo da própria morte. — Não vai fugir de mim irmãzinha, nunca irá muito longe! - A voz é doce, infantil, mas gelada e estranhamente ameaçadora. Volto a correr, com mais pressa, preciso fugir, ou ela vai me matar. O pequeno corpo de uma menina de cabelos vermelhos cai sobre mim, me impedindo de fugir ela me segura, seus olhos completamente negros me apavoram, seus caninos longos sujos de sangue me tiram o ar. — Eu avisei! ••••• Acordo gritando, em completo pavor, lágrimas formadas em meus olhos descem molhando meu rosto, estou tremula. Christian me abraça forte me mantendo sentada na cama, sua voz reconfortante é uma tentativa para que me acalme. — Mais um pesadelo? — Sim! — Tenha calma, foi apenas um sonho ruim, demôni
Sussurros, sussurros... Melany... Melany... Me chamava ao longe a voz infantil em risadas doces, minha visão coberta em névoa espessa a vê por trás da densa cortina, cabelos vermelhos como fogo e olhos azuis como gelo, em minha memória a busco mas não lembro, quem seria tal menina que se faz presente em minha frente? — Vamos caçar? Está quase na hora! - Sem pestanejar a sigo, segurando em sua mão fria, tão fria quanto as mãos de um cadáver, por que eram assim? O que minha frágil memória me escondia? Sussurros... Sua risada adocicada reverbera em meus ouvidos e junto a ela danço ao redor da pequena fogueira. Sua voz inicia a melodia por mim tão conhecida, a música que mamãe costumava cantar para mim em noites de tempestade.
O clarear do dia banha minha pele, os raios fortes do dia me tiram do sono profundo incomodando meus olhos, me escondo debaixo de minhas cobertas na esperança de dormir alguns segundos a mais, sentindo o conforto de meu colchão ainda se manter sob mim continuo meu leve cochilo me levando a sonhos tranquilos. — Bom dia pequena princesa, melhor se levantar agora! - Ao sentir meu lençol ser puxado finjo um leve choro, abrindo preguiçosamente meus olhos vejo quem seria o invasor de meus aposentos, olhando nos olhos esmeralda de meu irmão mais velho. — Alexander Conrad Ettore, me deixe dormir apenas mais alguns minutos. - Cubro meu rosto com o travesseiro me escondendo de seus olhos.— Usando meu nome completo? Golpe baixo irmãzinha, sabe que o odeio! - Sinto o colchão afundar com seu peso exagerado, olho seu rosto marcado e examino seus belos olhos, seus dedos traçam carinhos em meu rost
Fechando o zíper da última bagagem ouço o som da porta abrir, Nana com seu perfume doce me acalma com sua presença me arrancando um leve sorriso, seu rosto redondo não demonstrava as marcas do tempo nem da idade, a muitos anos serve a família sendo uma serva de confiança que considero uma terceira avó para mim, que tantas vezes me escondia em sua cozinha esperando suas guloseimas serem preparadas ou apenas seus afagares carinhosos. — Seus irmãos e avó estão esperando. - Noto as pequenas lágrimas formadas no cantos de seus olhos claros, o que me faz sorrir triste. — Ah Nana, por favor não chore, sabe que sempre voltarei não é? — Minha menina. - Suas pequenas mãos acariciam minhas bochechas. — Esse castelo ficará tão silencioso sem você! - A abraço firme, como ela fazia comigo sempre que m
— Está louca? Em sua voz contém dor e desprezo que desencadeia em mim novamente uma raiva adormecida a muitos anos. — Você me segue, tenta me atacar e eu sou a louca? Ora faça-me o favor, diga-me o que quer agora! - Exijo em tom firme, o máximo que posso me controlo. — O que faz aqui? Este território não é seu vampira! - O solto em um empurrão o olhando com indignação. — Que eu saiba a grande guerra acabou a um século atrás, vampiros e lobisomens são livres para transitarem por onde bem entenderem desde que não casem nos territórios. - Continuo em alerta esperando qualquer movimento de ataque, mas o único movimento que faz é para segurar os pulsos ensanguentados. — Você e sua espécie não são bem vindas aqui, Cristina e
Penso por alguns segundos, me lembro como Noah chegou em nossas vidas. Em uma tarde de outono uma nova família se apresentava a corte comporta pelos pais e três filhos dentre eles uma moça sendo o filho mais novo Noah, aristocratas poderosos mas sem ligação sanguínea com nenhuma das três famílias anciãs originais ou das demais famílias conselheiras, mas sentimos de princípio que fariam de tudo para terem um lugar de prestigio na corte, ao mesmo tempo Vivian ainda namorava meu irmão Alex e do dia para noite os dois começaram discussões intermináveis, o relacionamento deles estava passando por um mar de coisas ruins, mas diferente das outras vezes onde Vivian me procurava para conversar ou à Laisa ela era acolhida por Noah que a envenenava contra Alex, não demorou muito e o relacionamento dos dois antes tão forte e duradouro se partir, alguns meses depois Vivian se uniu a Noah em um namoro sem sentido e até hoje estão juntos, muitos dizem que talvez seja por ele ter prejudicado me
Um vento frio irrompe minha janela, com frio me cubro novamente na esperança de afastá-lo e voltar ao meu descanso novamente. "Melany..." Me chama uma voz doce, Cubro meu rosto para evitar ouvir seu chamado, não irei acordar, seja quem for. "Venha comigo..." Novamente sou chamada e sentindo inutilmente a resistência de lutar por um sono que já não sinto me levanto para seguir quem me chama. Vejo um tecido branco passar pela porta do quarto e o sigo, acompanhado dele um perfume de rosas que me desperta os sentindos, qualquer sonolência ainda sentida se esvaiu como água, corro em sua direção e paro olhando ao redor, não estou em minha casa atual, mas sim minha antiga casa, a casa onde meus pais foram mortos. O desespero me toma mas tento me controlar, cheiro o ar mas seu perfume