Um vento frio irrompe minha janela, com frio me cubro novamente na esperança de afastá-lo e voltar ao meu descanso novamente.
"Melany..."Me chama uma voz doce, Cubro meu rosto para evitar ouvir seu chamado, não irei acordar, seja quem for. "Venha comigo..." Novamente sou chamada e sentindo inutilmente a resistência de lutar por um sono que já não sinto me levanto para seguir quem me chama. Vejo um tecido branco passar pela porta do quarto e o sigo, acompanhado dele um perfume de rosas que me desperta os sentindos, qualquer sonolência ainda sentida se esvaiu como água, corro em sua direção e paro olhando ao redor, não estou em minha casa atual, mas sim minha antiga casa, a casa onde meus pais foram mortos. O desespero me toma mas tento me controlar, cheiro o ar mas seu perfumeSinto-me tonta, meu corpo dói, tento levantar minhas mãos e tocar e marca que cresce por meu braço, mas tudo que consigo é aumentar mais ainda a dor assassina que se espalha por mim, a marca brilha e a cada movimento que faço seus padrões aumentam queimando minha pele, em minhas veias corre a magia proibida usada e sinto a dor latente, cada segundo me sinto mais fraca e prestes a desmaiar novamente, mas ouço passos, o medo me paralisa e mal consigo me mexer.Respiro fundo, um cheiro conhecido me vem as narinas e quando ouço seus passos próximos tento me acalmar, guardando minhas últimas forças clamo por ajuda. — Socorro... - Minha voz é um sussurro mas o suficiente para que a audição lupina ouça. — Melany? O que aconteceu? - Christian se abaixa onde estou me segurando, sua preocupação aparente me toca e em seus braços
Silêncio, minha rosaAcalme-se e olhe para a lua está noiteVocê vê as sombras lá?Esse mundo é cheio de sinuosos medosE fantasmas que amam assustar..." Canta a criança de cabelos vermelhos, mãos dadas comigo caminhamos em direção ao rio, cantando juntas vemos o vento bagunçar nossos cabelos. Seu toque permanece gelado.Tão gelado. — Veja Mel, um coelho! - Ela ri baixo. — O que vai fazer? Não me dando chances ela ataca o pequeno animal dilacerando sua pequena garganta. Prendo um grito de pavor ao ver seus olhos completamente negros. Tremo em meu corpo infantil, tamanho o pavor que sentia ao ver seu rosto desfigurado por uma aparência demonía
As olho firme, impacientes se sentam me olhando sem piscar. — Vamos, nos diga o que houve? - Me pergunta Laisa já apressada. As olho e respiro fundo me preparando para começar a contar. — Lembram-se dos documentos que me ajudaram a ter? - Concordam. — Quando desmaiei fui trazida para o castelo, lá atendida por Miguel o perguntei sobre minha bolsa onde guardei os tais papéis, ele me disse que a bolsa foi destruída, tudo o que acharam foram seus retalhos. As duas me olham espantadas, suas cabeças pensam e já tem a resposta, a mesma que a minha. — Esse ataque foi premeditado, eles sabiam da documentação! - Exclama Stephanie. — Sim, ele está envolvido, Noah quis matá-la, temos que preparar um contra-ataque. - Diz Laisa. — Aí que esta o maldito problema, a documentação não me dizia nada muito chamativo ou revelador, seria burrice ele ter feito isso! - A digo e me sento. — Sim, mas talvez ele pensou que descobrimos algo muito
A luz vinda de minha janela incomoda meus olhos e me praguejo por não ter fechado a janela antes de me deitar. Finalmente me dou por vencida e me levanto indo para meu banheiro. Depois de minhas necessidades matinais feitas, desço para acompanhar Vivian e me espanto ao vê-la acompanhada de Noah, o sorriso do homem me embrulha o estômago. — Bom dia! - Falo secamente. — Vejo que já está melhor, que bom que não aconteceu nada sério! - Sua voz me alcança e sinto o deboche presente em sua fala. Olho em seus olhos expelindo minha raiva em meu olhar e tudo que vejo em seus olhos azuis é malícia. — Sim, para o desgosto de alguns, permaneço viva! - Sorrio com escárnio. — Bom, se nos der licença estamos de saída, vamos Noah? - Vivian muda de assunto. — Sim, claro, vamos Vivian. Até Melany, tenha cuidado! - Sua fala me dá asco e percebo o aviso frio escondido em suas palavras. — Claro, agradeço a preocupação, mas aqueles que entra
O vejo exasperado, mas disfarça em seu sorriso fingido, o olho em fúria fria, meu semblante fechado transmite todo o ódio sentido neste momento. — Bem... - Finge uma tosse para concertar seu tom de voz e continua. — Por que está aqui? Seu avô a mandou? Me nego a tentar um acordo com você, meu interesse é conversar pessoalmente com Victor! - Gargalho alto, ironicamente o olho. — Não tem nada a se tratar com meu avô, sua conversa é comigo, maldito! Tive meus meios para conseguir isso e aqui está você, vamos, sente-se! - Em minha voz os punhais já foram lançados, o vejo me olhar desafiante mas me obedece. — Então, pequena princesa, me diga, o que deseja comigo? - Seu olhar malicioso me enoja e reviro meus olhos em desgosto. — Me diga Noah, por que estou tão curiosa? Como soube de minha pesquisa por seu passado e de sua família? Me conte, por que mandou seus fantoches me atacarem? - Ele ri. — Não sei do que está falando! — Não se faça de i
Meu avô anda em círculos em completa fúria, o que de certa forma quase me faz rir, minhas amigas se mantém caladas talvez assustadas com a aura dominante e raivosa de Victor. — Repita tudo que me disse, tem provas da traição de Noah? - Está furioso isso é óbvio e o obedeço de bom grado. — Noah Jarlath me confessou, ele está envolvido em meu acidente, assim como seu irmão Zeidan Jarlath. Zeidan participou do ataque e Noah arquitetou, agia como agente duplo entre nós e seu objetivo era tomar o poder da nossa família, vovô! - Alex se assusta com tudo e vejo seus olhos vermelhos sangue assim como de nosso avô. — Tem provas disso? - Continua e pergunta em falsa calma. — Armei uma emboscada para Noah, nossa conversa foi totalmente gravada, tenho também laudos do meu carro, junto a amostras de DNA! - Stephanie o entrega o gravador junto aos documentos. — E também tenho testemunhas, Laisa Stell, filha de uma família conselheira, Stephanie Grace, agente
Abro meus olhos devagar, a luz do sol ja se fazia presente e iluminava meu quarto, olho para o lado e vejo Vivian acordada, olhando ao redor vejo Stephanie e Laisa deitadas em uma cama improvisada e Katherine junto a Mary ainda dormindo, sorrio comigo mesma e tento me levantar. Vivian sorri para mim e também levanta, as lembranças de ontem ainda frescas em nossa memória o que nos faz rir, nos divertimos tanto depois do que aconteceu, vejo a minha amiga contente e isso me deixa muito feliz. Mary acorda e Katherine em seguida, elas riem e me olham, nos preparamos para o novo dia, deixo as duas tomarem um banho e logo depois vou, Stephanie e laisa foram para o quarto de Vivian, descendo as escadas todas juntas nos preparamos para tomar café, Mary faz careta ao ver as vampiras se servirem de sangue e rio com isso, continuamos a conversar durante um bom tempo até que todas se vão me deixando a sós com Vivian, mas prometeram marcarmos um dia para repetirmos a dose de ontem
Quando volto para casa já era tarde, o sol ja estava se pondo, mas Christian me leva de volta para casa, nos despedimos com um beijo apaixonada e o vejo partir, entro em casa e estou sozinha, meu coração ainda acelerado do momento íntimo trocado com ele, solto um suspiro contente e subo as escadas rapidamente, me jogo sobre meu colchão e descanso minha cabeça em meu travesseiro, a sonolência me acolhe e sem conseguir conter caio em um sono profundo. ••• Fogo... Gritos... São meus, estou encolhida no colo de minha tia Nerine, ela me abraça forte e implora baixinho para que não faça barulho. Sinto medo, tanto medo... Onde está minha mãe? Meu pai? Eu os quero aqui, comigo! Sinto meu corpo dormente, meus ossos doem, meus ouvidos captam um soar estranho seguido de falas em latim, um feitiço... Tonta e influenciada pelo clamor incessante das falas